Saúde mental de universitários autistas com diagnóstico tardio: Impacto na permanência estudantil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.47798Palavras-chave:
Educação Especial; Educação Superior; Transtorno do Espectro Autista; Educação Inclusiva; Ensino.Resumo
O objetivo do presente estudo foi analisar a saúde mental de universitários autistas, sem Deficiência Intelectual (DI), com diagnóstico tardio e seu impacto na permanência estudantil. Participaram sete pessoas autistas, matriculadas em universidade pública, cinco do sexo feminino e duas do sexo masculino. Foram aplicadas avaliações específicas e entrevistas semiestruturadas em três períodos distintos. As análises temáticas foram: impacto do diagnóstico tardio; experiências de capacitismo em contextos familiares, educativos e de trabalho; questões de gênero; saúde mental; dificuldades sociais, sensoriais e de adaptação; direitos; pertencimento ao ambiente universitário; rendimento acadêmico. Identificou-se diferença significativa nas avaliações de ansiedade e de preocupação, bem como entre as duas primeiras de depressão. Discute-se que a variável do diagnóstico tardio, em pessoas autistas sem DI, resulta na ausência de intervenções na infância e adolescência que tendem a agravar os quadros de saúde mental na vida adulta, sobretudo em relação à vida independente e inserção social.
Referências
Aldazábal Contreras, A. (2020). Teleasistencia psicológica para estudiantes universitarios con Trastorno del Espectro Autista con ansiedad, depresión y episodios psicóticos en tiempos de COVID-19. Revista de Investigaciones de la Universidad Le Cordon Bleu, 7(1), 55–70.
Alves, H. C. O. O. (2024). O diagnóstico do transtorno do espectro autista na fase adulta: Uma scoping review. Id online Revista de Psicologia, 18(71), 1–18.
Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo (Edição revista e atualizada). Editora Edições 70.
Bolsoni-Silva, A. T., Loureiro, S. R., Rosa, C. F., & Antunes de Oliveira, M. C. F. (2010). Caracterização das habilidades sociais de universitários. Contextos Clínicos, 3(1), jan./jun.
Campos, L. F. L. (2004). Métodos e técnicas de pesquisa em psicologia (3ª ed.). Editora Alínea.
Fogaça, F. F. S., Tatmatsu, D. I. B., Comodo, C. N., Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2019). Desenvolvimento de habilidades sociais na adolescência como ápice comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 21(2), 217–231.
Fogaça, F. F. S., Oliveira, A. L., Godoy Dolcinotti, M. M. C., & Bento, D. W. (2022a). Online workshop as a telehealth modality: An experience with college students with academic performance anxiety. Research, Society and Development, 11(12), e137111233085. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.33085
Fogaça, F. F. S., Souza Neto, M. M., Oliveira, A. L., & Bolsoni-Silva, A. T. (2022b). Anxiety and social skills indicators of college students during COVID-19 pandemic. Research, Society and Development, 11(14), e292111436137. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36137
Freire, M. G., & Cardoso, H. S. P. (2022). Diagnóstico do autismo em meninas: Revisão sistemática. Revista Psicopedagógica, 39(120), 435–444.
Gois, T., Andrade Cordeiro, A. A., Pernambuco, L., & Queiroga, B. (2023). Instrumento de rastreamento para identificação de transtorno do espectro autista na educação infantil (IRTEA Educ.): Evidências de validade baseada no conteúdo. SciELO Preprints. Disponível em: https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/download/3500/6388/6686.
Lima, C. A., Soares, A. B., & Souza, M. S. (2019). Treinamento de habilidades sociais para universitários em situações consideradas difíceis no contexto acadêmico. Psicologia Clínica, 31(1), 95–121.
Nalin, L. M., Matos, B. A., Vieira, G. G., & Orsolin, P. C. (2022). Impacts of late diagnosis of autism spectrum disorder in adults. Research, Society and Development, 11(16), e382111638175. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.38175.
Olivati, A. G., & Leite, L. P. (2017). Trajetória acadêmica de um pós-graduando com Transtorno do Espectro Autista. Psicologia em Estudo, 22(4), 609–621.
Oliveira, M. S., & Silva, M. C. L. (2021). O aprofundamento do capacitismo na pandemia: Velhas facetas do capital. RTPS – Revista Trabalho, Política e Sociedade, 6(10), 259–272.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Editora UAB/NTE/UFSM.
Ribeiro, S. H., Paula, C. S., Bordini, D., Mari, J. J., & Caetano, S. C. (2017). Barriers to early identification of autism in Brazil. Brazilian Journal of Psychiatry, 39(4), 352–354.
Rocha, P. A. R., Gomes, A. C. P., Souza, A. J. A., Penha, I. S., Santos, J. P. O. B., Lemes, L. A., & Macedo, L. R. (2024). O impacto da camuflagem social no diagnóstico tardio do transtorno do espectro autista. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(6), e16579.
Santos, E. L., & Lima, W. S. (2024). Acesso ao diagnóstico e tratamento de crianças com TEA pelo SUS: Desafios e experiências na perspectiva dos pais em Jaru, Rondônia. Revista Acadêmica da Lusofonia, 1(4), 1–29.
Santos, G. C. M., Santos, P. P. B., Principe, G. A. M. S., Valim, R., & Almeida, V. E. (2023). Barreiras atitudinais: Discutindo inclusão no cotidiano escolar através do combate ao capacitismo. Revista Educação Especial, 36(1), e46/1–28.
Turini, A., & Bolsoni-Silva, A. T. (2019). Social skills and their role in autism diagnosis processes. Psico-USF, 24(3), 453–469.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Ana Karoline dos Santos Liroa; Priscila Benitez; Ana Paula Silva Cantarelli Branco; Elaine Maria Bessa Rebello Guerreiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.