Diferenciação entre Síndrome Hemolítico-Urêmica e Púrpura Trombocitopênica Trombótica: Uma comparação chave dos achados laboratoriais entre 2010 e 2021
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.47900Palavras-chave:
Síndrome hemolítico-urêmica; Trombocitopênica Trombótica Púrpura; Microangiopatias; Biomarcadores.Resumo
Objetivo: Este artigo tem como objetivo analisar e comparar os achados clínicos e laboratoriais relacionados às Microangiopatias Trombóticas (ATMs), especificamente a Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU) e a Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT), para subsidiar decisões diagnósticas e terapêuticas. O estudo também explora marcadores bioquímicos e hematológicos críticos para diferenciar essas doenças. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando artigos do PubMed, Scielo e Google Scholar, com foco em estudos publicados de 2010 a meados de 2021, abrangendo um período de dez anos. A revisão incluiu pesquisas sobre apresentações clínicas, achados laboratoriais e os mecanismos moleculares subjacentes à SHU e PTT. Resultados: A análise revelou sobreposições significativas nas manifestações clínicas, como anemia, trombocitopenia e disfunção renal, mas diferenças distintas em suas fisiopatologias. A SHU está associada à disfunção do sistema complemento e danos mediados pela toxina Shiga, enquanto a PTT está ligada à deficiência enzimática ADAMTS13. Marcadores laboratoriais como lactato desidrogenase, bilirrubina e contagem de plaquetas foram identificadas como cruciais para diferenciar as duas condições. Contribuição única para teoria, política e prática: Ressaltando as distinções clínicas e laboratoriais críticas entre SHU e PTT, este estudo fornece uma estrutura abrangente para obter diagnósticos precisos e desenvolver estratégias de tratamento individualizadas. Aumentar a precisão do diagnóstico é fundamental para mitigar atrasos no tratamento, minimizar complicações e melhorar os resultados dos pacientes. Além disso, esta revisão destaca a necessidade imperativa de padronizar protocolos de diagnóstico para TMAs e defende mais pesquisas para abordar as lacunas de conhecimento existentes neste campo.
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