Revalidação de conteúdo de instrumento de tempo de tela na infância

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i2.47916

Palavras-chave:

Criança; Tempo de Tela; Estudos de Validação; Fonoaudiologia.

Resumo

Objetivo: Realizar a revalidação de conteúdo do instrumento “Tempo de Uso de Tela na Infância” (TUT). Metodologia: O instrumento TUT continha 24 questões (nove na primeira parte e 15 na segunda parte) e foi avaliado por cinco juízes com experiência em desenvolvimento infantil e elaboração de instrumentos estruturados. A partir de um roteiro de avaliação, diferentes quesitos relacionados a clareza, coesão, itens de preenchimento, formas de resposta, adequação ao público-alvo e aspecto estético foram analisados. O cálculo do Índice de Validade de Conteúdo (IVC) foi utilizado para avaliar a concordância entre os juízes e os dados foram analisados quantitativamente (frequência absoluta e porcentagem simples) e qualitativamente (análise de conteúdo). Resultados: Dentre os juízes, a maioria eram fonoaudiólogos (80%), graduados entre 2003 e 2020, com titulação de mestre (60%) e doutor (40%), sendo que todos (100%) tinham experiência em atendimento clínico infantil. Os resultados indicaram valores de IVC de 1.0 (100%) em todos os quesitos avaliados. Foram propostas inclusões de novas questões (seis ao total) e nas formas de resposta (inclusão da opção “às vezes”), acatadas pelos autores. Após a validação, o instrumento atual possui 30 questões (nove na primeira parte e 21 na segunda parte). Conclusão: O TUT apresentou resultados positivos em sua revalidação de conteúdo, indicando ser um instrumento válido para a verificação do tempo de uso de tela na infância, podendo ser utilizado por profissionais que atuam na área do desenvolvimento infantil.

Referências

Alexandre, D. S., Alpes, M. F., Reis, A. C. M. B., & Mandrá, P. P. (2020). Validação de cartilha sobre marcos do desenvolvimento na infância. Revista CEFAC, 22(2), 1–14.

Anderson, D. R., & Hanson, K. G. (2013). Screen media and parent-child interactions. In Young children and families in the information age: Applications of technology in early childhood (Vol. 1, pp. 25–42).

Ashton, M., & Beattie, L. (2019). The impact of digital technology on child health. Journal of Paediatrics and Child Health, 55(7), 732–737.

Bispo, L. R. A., Alpes, M. F., & Mandrá, P. P. (2021). Content validation of an instrument to verify the screentime in childhood. Research, Society and Development, 10 (17), 1-10.

Canadian Paediatric Society. (2017). Screen time and young children: Promoting health and development in a digital world. Pediatrics & Child Health, 22(8), 461–468.

Chassiakos, Y. L., Radesky, J., Christakis, D., Moreno, M. A., & Cross, C. (2016). Children and adolescents and digital media. Pediatrics, 138(5), 1-13.

Cristia, A., & Seidl, A. (2016). Parental reports on touchscreen use in early childhood. Frontiers in Psychology, 7, 1-8.

Covolo, L., Ceretti, E., Monasta, L., Lupato, V., & Contu, P. (2021). Screen time exposure in children up to 36 months: A cross-sectional study in a cohort of Italian infants and toddlers. Italian Journal of Pediatrics, 47(1), 1–7.

Duchesne, L., Barr, R., & Meilleur, A. (2019). Using screen media to support language development in early childhood. Journal of Children and Media, 13(1), 1–16.

Dumuid, D. (2020). Screen time, physical activity, and sleep: Clustering of health-related behaviours among Australian children. PLOS ONE, 15(4), 1-14.

Gomes, M. I. F., Lousada, M. L., & Figueiredo, D. M. P. de. (2024). Utilização de dispositivos digitais, funcionamento familiar e desenvolvimento da linguagem em crianças de idade pré-escolar: Um estudo transversal. Codas, 36(3), 01-25.

Goncalves, W., Byrne, R., Viana, R. B., & Trost, S. G. (2019). Children’s screen time exposure and its associations with family and demographic factors. Journal of Paediatrics and Child Health, 55(1), 89–94.

Nobre, F. S., Alves, A. S., & Medeiros, D. C. (2019). Exposição às telas em crianças de 24 a 42 meses. Jornal Brasileiro de Pediatria, 95(5), 545–550.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM.

Providello, C. F., Ferreira, M. C. de F., & Hage, S. R. de V. (2023). Use of handheld screens and language development - Parents' perception and the construction of a guidance booklet. Revista CEFAC, 25(4), 1-19.

Radesky, J. S., & Christakis, D. A. (2016). Increased screen time: Implications for early childhood development and behavior. Journal of Developmental & Behavioral Pediatrics, 37(5), 473–479.

Rideout, V. J., & Robb, M. B. (2020). The Common Sense Census: Media use by kids age zero to eight. Common Sense Media.

Royal College of Pediatrics and Child Health. (2019). The health impacts of screen time: A guide for clinicians and parents. RCPCH.

Rubio, D. M., Berg-Weger, M., Tebb, S. S., Lee, E. S., & Rauch, S. (2008). Objectifying content validity: Conducting a content validity study in social work research. Social Work Research, 32(2), 94–104.

Shah, R. R., Fahey, N. M., Soni, A. V., Phatak, A. G., & Nimbalkar, S. M. (2019). Screen time usage among preschool children in rural India. Journal of Tropical Pediatrics, 65(3), 302–308.

Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental para a tecnologia. (2ed.). Ed. Érica.

Staples, A. D., Bates, J. E., & Pettit, G. S. (2021). Screen time and social-emotional functioning during early childhood. Developmental Psychology, 57(3), 442–452.

Straker, L., Zabatiero, J., Danby, S., Thorpe, K., & Edwards, S. (2018). Conflicting guidelines on screen time for children. Journal of Pediatrics, 202, 6–8.

Downloads

Publicado

27/02/2025

Como Citar

ALPES, M. F.; BISPO, L. R. A.; PIRES, B. de A. P.; CAMARGO, I. C. S. .; GOMES, N. de A.; MANDRÁ, P. P. Revalidação de conteúdo de instrumento de tempo de tela na infância. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 2, p. e13314247916, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i2.47916. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/47916. Acesso em: 2 abr. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde