Comunicação interatrial e hipertensão pulmonar em paciente hematológica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i2.48155Palavras-chave:
Cardiopatias Congênitas; Comunicação Interatrial; Hipertensão Pulmonar; Cardiotoxicidade; Anemia Falciforme; Leucemia Mieloide de Fase Crônica.Resumo
A Comunicação Interatrial (CIA) é uma má formação congênita classificada em quatro tipos: ostium secundum, ostium primum, seio venoso e seio coronário, sendo o primeiro o mais prevalente e o foco desta investigação. O diagnóstico desta condição é de fundamental importância devido às suas potenciais complicações, que podem ser agravadas quando associadas a outras comorbidades como anemia falciforme e leucemia mieloide crônica (LMC) que merecem consideração especial, principalmente se o tratamento envolver agentes cardiotóxicos. O objetivo deste estudo descritivo é salientar a complexidade da abordagem clínica das cardiopatias congênitas e das doenças hematológicas por meio de um relato de caso acompanhado de uma revisão literária pertinente. Baseando-se na análise de um caso singular, utilizando dados obtidos do prontuário eletrônico, o relato destaca uma paciente do sexo feminino, 57 anos, de etnia branca, casada e com ocupação doméstica, que busca assistência médica devido à sintomatologia de dispneia pós-exercício e fadiga persistente. A paciente estava em tratamento de segunda linha para leucemia mieloide crônica (LMC), fazendo uso de Dasatinibe há 5 meses. Um ecocardiograma transtorácico foi realizado, revelando a presença de CIA e consequente hipertensão pulmonar (HP), que pode ter sido exacerbada pelo uso do agente quimioterápico, considerando que a HP é um efeito adverso conhecido da medicação conforme descrito na literatura. A conclusão deste estudo reforça a importância de uma abordagem abrangente, interdisciplinar e personalizada para um diagnóstico precoce, a fim de otimizar a terapêutica de maneira precisa e garantir a qualidade de vida do paciente.
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