Relação da fragilidade com escores prognósticos e provas funcionais no paciente idoso com doença pulmonar obstrutiva crônica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i5.48743

Palavras-chave:

Fragilidade; Mortalidade; Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional; DPOC.

Resumo

Introdução: O envelhecimento da população tem levantado preocupações sobre as condições de saúde dos idosos e a relação com sua capacidade funcional. O presente estudo objetiva apresentar uma avaliação entre a relação da fragilidade com escores prognósticos e provas funcionais no paciente idoso com doença pulmonar obstrutiva crônica. O impacto da fragilidade sobre o controle clínico e funcional do DPOC vem sendo investigado e já existem recomendações para abordagem precoce desses pacientes. Metodologia: As análises comparativas entre os foram realizadas através do Teste T não pareado, Teste de Mann-Whitney, Teste de Qui-quadrado e Qui-quadrado via simulação de Monte Carlo, e o Teste Exato de Fisher. Análises de correlação entre o Indicador de Fragilidade (IVCF) e as demais variáveis foram realizadas através do Coeficiente de Correlação de Pearson. Optou-se por um nível de confiança de 80% (IC80%), correspondendo a um erro α de 0,20. Essa escolha foi motivada pelas limitações da equipe reduzida e do curto prazo disponível para a coleta de dados. Resultados: Segundo os dados obtidos, o aumento do IVCF (maior fragilidade) foi correlacionado ao menor desempenho no TC6min (r=-0,35; p=0,041), menor VEF1 (r=-0,38; p=0,026) e redução na capacidade pulmonar total (CVF) (r=-0,35; p=0,039). O IVCF também apresentou correlações positivas entre a presença de fragilidade e sintomas moderados a grave, com maior escore CAT (r=0,59; p=0,000) e na piora do prognóstico com maiores números no índice de BODE (r=0,35; p=0,038). Conclusão: Pacientes frágeis triados pelo IVCF possuem quadro clínico e funcional piores que os pacientes não frágeis.

Referências

Antoniu, S. A., Boiculese, L. V., & Prunoiu, V. (2021). Frailty, a dimension of impaired functional status in advanced COPD: Utility and clinical applicability. Medicina, 57(5), 474. https://doi.org/10.3390/medicina57050474

Celli, B. R., Cote, C. G., Marin, J. M., Casanova, C., Montes de Oca, M., Mendez, R. A., Pinto Plata, V., & Cabral, H. J. (2004). The body-mass index, airflow obstruction, dyspnea, and exercise capacity index in chronic obstructive pulmonary disease. New England Journal of Medicine, 350(10), 1005–1012. https://doi.org/10.1056/NEJMoa021322

Cochran, W. G. (1967). Sampling techniques (3rd ed.). John Wiley & Sons.

Dlima, S., & Hall, A. (2024). Frailty: A global health challenge in need of local action. BMJ Global Health, 9(8), e015173. https://doi.org/10.1136/bmjgh-2024-015173

Dutta, S., Goel, N., & Kumar, R. (2023). Assessment of frailty and its predictors in chronic obstructive pulmonary disease. Lung India, 41(1), 17–24. https://doi.org/10.4103/lungindia.lungindia_286_23

Global Initiative for Chronic Obstructive Pulmonary Disease (GOLD). (2025). Global strategy for the diagnosis, management and prevention of chronic obstructive pulmonary disease – update 2025. https://goldcopd.org/2025-gold-report/

Hanlon, P., et al. (2022). Frailty in COPD: An analysis of prevalence and clinical impact using UK Biobank. BMJ Open Respiratory Research, 9(1), e001314. https://doi.org/10.1136/bmjresp-2021-001314

CATestOnline.org. (2024). Clinical practice. https://www.catestonline.org/hcp-homepage/clinical-practice.html

Hoogendijk, E. O., Afilalo, J., Ensrud, K. E., Kowal, P., Onder, G., & Fried, L. P. (2019). Frailty: Implications for clinical practice and public health. The Lancet, 394(10206), 1365–1375. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(19)31786-6

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2025). Censo Demográfico 2022. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/22827-censo-demografico2022.html

IVCF20. (2024). Geriatria e Gerontologia. https://www.ivcf20.org/

Kennedy, C., et al. (2018). Frailty and clinical outcomes in chronic obstructive pulmonary disease. Annals of the American Thoracic Society, 16, 217–224. https://doi.org/10.1513/AnnalsATS.201806-399OC

Maddocks, M., et al. (2023). Rehabilitation for people with respiratory disease and frailty: An official American Thoracic Society workshop report. Annals of the American Thoracic Society, 20(6), 767–780. https://doi.org/10.1513/AnnalsATS.202302-138WS

Moraes, E. N., et al. (2016). Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): Reconhecimento rápido do idoso frágil. Revista de Saúde Pública, 50, 81. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006963

Naval, E., et al. (2021). Frailty assessment in a stable COPD cohort: Is there a COPD-frail phenotype? COPD: Journal of Chronic Obstructive Pulmonary Disease, 18(5), 525–532. https://doi.org/10.1080/15412555.2021.1959619

Organização das Nações Unidas (ONU). (2024). World population prospects 2024: Summary of results. https://desapublications.un.org/publications/world-population-prospects-2024-summary-results

Organização Mundial da Saúde (OMS). (2024). Chronic obstructive pulmonary disease (COPD). https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/chronic-obstructive-pulmonary-disease-(copd)

Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Ed. UFSM.

Pereira, M. G. (2005). Epidemiologia: Teoria e prática (pp. 337–357). Guanabara Koogan.

Scarlata, S., et al. (2021). Association between frailty index, lung function, and major clinical determinants in chronic obstructive pulmonary disease. Aging Clinical and Experimental Research, 33(8), 2165–2173. https://doi.org/10.1007/s40520-020-01742-7

Scheaffer, R. L., Mendenhall, W., & Ott, L. (1990). Elementary survey sampling. Duxbury Press.

Shitsuka et al. (2014). Matemática fundamental para a tecnologia. São Paulo: Ed. Érica.

Tarazona-Santabalbina, F. J., et al. (2023). Is frailty diagnosis important in patients with COPD? A narrative review of the literature. International Journal of Environmental Research and Public Health, 20(3), 1678. https://doi.org/10.3390/ijerph20031678

Verduri, A., et al. (2024). Impact of frailty on symptom burden in chronic obstructive pulmonary disease. Journal of Clinical Medicine, 13(4), 984. https://doi.org/10.3390/jcm13040984

Vieira, S. (2021). Introdução à bioestatística. Ed.GEM/Guanabara Koogan.

Xue, Q.-L., Bandeen-Roche, K., Tian, J., & Fried, L. P. (2021). Progression of physical frailty and the risk of all‐cause mortality: Is there a point of no return? Journal of the American Geriatrics Society, 69(4), 908–915. https://doi.org/10.1111/jgs.17009

Wang, L., Zhang, X., & Liu, X. (2023). Prevalence and clinical impact of frailty in COPD: A systematic review and meta-analysis. BMC Pulmonary Medicine, 23(1), 1–12. https://doi.org/10.1186/s12890-023-02444-1

Yee, N., et al. (2020). Frailty in chronic obstructive pulmonary disease and risk of exacerbations and hospitalizations. International Journal of Chronic Obstructive Pulmonary Disease, 15, 1967–1976. https://doi.org/10.2147/COPD.S254230

Downloads

Publicado

22/05/2025

Como Citar

REIS, A. M. da C.; OLIVEIRA, F. B. de; GARIB, J. R.; GOUVÊA, N. B. de; BOLONETTI, P. de M. Relação da fragilidade com escores prognósticos e provas funcionais no paciente idoso com doença pulmonar obstrutiva crônica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 5, p. e7714548743, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i5.48743. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/48743. Acesso em: 13 jun. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde