Análise clínica e epidemiológica dos casos de úlcera gástrica e duodenal no Brasil entre 2017 e 2024
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i5.48771Palavras-chave:
Epidemiologia; Úlcera gástrica; Úlcera duodenal.Resumo
Introdução: As úlceras gástrica e duodenal são condições prevalentes que afetam a mucosa do estômago e do duodeno, respectivamente, e estão associadas a um significativo impacto na saúde pública, por isso, esse artigo objetiva trazer uma análise quantitativa e temporal sobre as características epidemiológicas das úlceras gástricas e duodenais no período de Janeiro de 2017 a Setembro de 2024. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico realizado tendo como embasamento os dados do departamento de informação de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde). As variáveis utilizadas foram: internações hospitalares, óbitos, faixa etária, cor/raça, sexo, gastos hospitalares e macrorregião de saúde. Resultados: 86.505 internações ocorreram por úlcera e no período analisado o maior número de hospitalizações foi em 2013. A região Sudeste foi a mais notificada quanto a quantidade de internadas e a que mais indivíduos faleceram por suas complicações. A maior faixa-etária acometida foi entre 60 e 69 anos. O sexo masculino foi o gênero mais afetado por essa patologia. Em relação à etnia, mais pacientes pardos são internados. Além disso, a região Sudeste obteve a maior média de dias de internação. Conclusão: Entender essas tendências é fundamental para a formulação de políticas de saúde pública eficazes e para a melhor alocação dos recursos no tratamento dessas doenças. Além disso, a análise epidemiológica pode direcionar ações preventivas, como campanhas educativas sobre o uso adequado de AINEs e a necessidade de erradicar o H. pylori.
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