Tumor plantar do retropé como diagnóstico diferencial da fasceite plantar: Um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i5.48802Palavras-chave:
Fascite plantar; Retropé; Tumor benigno; Diagnóstico diferencial; Tratamento cirúrgico.Resumo
A fascite plantar é uma queixa ortopédica comum, especialmente entre atletas, pessoas obesas e indivíduos com mais de 40 anos. Apesar de sua prevalência, é crucial explorar outras causas potenciais de sintomas semelhantes. O retropé, particularmente o osso calcâneo, é um local raro para tumores, ocorrendo principalmente tumores do tipo benigno. A escassez de estudos sobre tumores nesta região complica o diagnóstico e pode levar a um manejo clínico inadequado. Este estudo apresenta um caso que ilustra o desafio de diagnosticar um tumor plantar no retropé e outros possíveis diagnósticos diferenciais. Os sintomas de ambas as patologias são semelhantes, com dor ao esforço físico na região subcalcânea, sendo necessário, para fins de exclusão, exames de imagem e análise de marcadores reumatológicos. O tratamento para fascite plantar consiste em uma terapêutica conservadora, baseada no uso de anti-inflamatórios e fisioterapia. Para o tumor na região do retropé, tais medidas não são eficazes, com característica de persistência da dor. Neste caso, deve-se optar pelo tratamento cirúrgico, no qual é discutido no artigo os métodos de retirada cirúrgica do tumor.
Referências
American Academy of Orthopaedic Surgeons. (n.d.). Plantar fasciitis and bone spurs. OrthoInfo. https://orthoinfo.aaos.org/en/diseases--conditions/plantar-fasciitis-and-bone-spurs
Baxter, D. E., & Thigpen, C. M. (1984). Heel pain—operative results. Foot & Ankle, 5(1), 16–25.
Bavarian, B. (n.d.). A guide to the differential diagnosis of heel pain. HMP Global Learning Network. https://www.hmpgloballearningnetwork.com/site/podiatry/a-guide-to-the-differential-diagnosis-of-heel-pain
Berlin, S. (1995). Statistical analysis of 307,601 tumors and other lesions of the foot. Journal of the American Podiatric Medical Association, 85(11), 699–703.
Crawford, F., & Thomson, C. (2003). Interventions for treating plantar heel pain. Cochrane Database of Systematic Reviews, 2003(3), CD000416.
Ferreira, R. C. (2014). Talalgia: Plantar fasciitis. Revista Brasileira de Ortopedia (English Edition), 49(3), 213–217. https://doi.org/10.1016/j.rboe.2014.03.012
Gill, L. H., & Kiebzak, G. M. (1996). Outcome of nonsurgical treatment for plantar fasciitis. Foot & Ankle International, 17(9), 527–532. (Erratum published 1996, Foot & Ankle International, 17(11), 722)
Goff, J. D., & Crawford, R. (2011). Diagnosis and treatment of plantar fasciitis. American Family Physician, 84(6), 676–682.
Hsiao, M. Y., Hung, C. Y., Chang, K. V., Chien, K. L., Tu, Y. K., & Wang, T. G. (2015). Comparative effectiveness of autologous blood-derived products, shock-wave therapy and corticosteroids for treatment of plantar fasciitis: A network meta-analysis. Rheumatology, 54(9), 1735–1743.
Karthik, K., & Aarthi, S. (2011). Intraosseous lipoma of the calcaneus mimicking plantar fasciitis. Foot and Ankle Surgery, 17(1), e25–e27.
Kumar, R., Anjana, & Kundan, M. (2016). Retrocalcaneal bursitis due to rare calcaneal osteochondroma in adult male: Excision and outcome. Journal of Orthopaedic Case Reports, 6(1), 16–19.
Li, J., & Wang, Z. (2014). Surgical treatment of malignant tumors of the calcaneus. Journal of the American Podiatric Medical Association, 104(1), 71–76.
Oommen, A. T., Madhuri, V., & Walter, N. M. (2009). Review of foot tumors seen in a university tumor institute. Indian Journal of Cancer, 46(3), 234–236.
Rhee, J. H., Lewis, R. B., & Murphey, M. D. (2008). Primary osseous tumors of the foot and ankle. Magnetic Resonance Imaging Clinics of North America, 16(1), 71–91.
Theodorou, D. J., Theodorou, S. J., Kakitsubata, Y., Lektrakul, N., Gold, G. E., Roger, B., & Resnick, D. (2000). Plantar fasciitis and fascial rupture: MR imaging findings in 26 patients supplemented with anatomic data in cadavers. Radiographics, 20(Suppl. 1), 181–197. https://doi.org/10.1148/radiographics.20.suppl_1.g00oc01s181
Toassi, R. F. C. & Petry, P. C. (2021). Metodologia científica aplicada à área da Saúde. 2ed. Editora da UFRGS.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Ed.UAB/NTE/UFSM. Estrela, C. (2018)
Tu, P. (2018). Heel pain: Diagnosis and management. American Family Physician, 97(2), 86–93. https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2018/0115/p86.html
Welck, M. J., Hayes, T., Pastides, P., Khan, W., & Rudge, B. (2017). Stress fractures of the foot and ankle. Injury, 48(8), 1722–1726.
Wolgin, M., Cook, C., Graham, C., & Mauldin, D. (1994). Conservative treatment of plantar heel pain: Long-term follow-up. Foot & Ankle International, 15(3), 97–102.
Wright, D. G., & Rennels, D. C. (1964). A study of the elastic properties of plantar fascia. The Journal of Bone and Joint Surgery (American Volume), 46, 482–492.
Yan, L., Zong, J., Chu, J., Wang, W., Li, M., Wang, X., Song, M., & Wang, S. (2018). Primary tumours of the calcaneus (Review). Oncology Letters. https://doi.org/10.3892/ol.2018.8487
Young, P. S., Bell, S. W., MacDuff, E. M., & Mahendra, A. (2013). Primary osseous tumors of the hindfoot: Why the delay in diagnosis and should we be concerned? Clinical Orthopaedics and Related Research, 471, 871–877.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Carolina Oliveira do Espirito Santo; Eli Ávila Souza Junior

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.