Interferência do tempo de transporte entre a granja de produção e o frigorífico sobre a incidência de injúrias corporais e escore de lesões em carcaças de suínos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4897

Palavras-chave:

Bem-estar; Contusões; Escoriações; Qualidade de carcaça

Resumo

O manejo pré-abate de suínos, compreendido entre o embarque, transporte, desembarque e tempo de descanso no frigorífico pode comprometer o bem-estar, evidenciado pelo aumento da incidência de injúrias corporais, lesões na pele e comprometimento na qualidade das carcaças e da carne. O objetivo deste estudo foi avaliar se o tempo de transporte de suínos da granja de produção ao frigorífico influencia as injúrias corporais e o escorre de lesões nas carcaças. Foram considerados transportes com duração de 2 horas, 8 horas e 14 horas. Como injúrias corporais foram consideradas as contusões, hematomas, marcas de mordida e escoriações. A incidência de injúrias foi elevada nas regiões do dorso (76,53%), membro traseiros (44,34%) e pescoço (38,97%) dos animais, mas o tempo de transporte não influenciou (P > 0,05) a incidência de injúrias corporais, embora tenha ocorrido uma redução de 16,28% na presença de injurias na região do membro traseiro no menor tempo de viagem (P = 0,0873). As escoriações no dorso foram mais elevadas (P < 0,031) nos transportes com duração de 8 horas, enquanto o escore de lesões mais severas aumentou (P = 0,077) em média 77,06 % no transporte mais longo em relação aos transportes de 2 ou 8 horas. A influência do tempo de transporte sobre a ausência ou severidade da lesão na carcaça foi evidenciada pelo teste de Fisher (P < 0,0001), permitindo inferir que viagens mais longas contribuem para o aumento de carcaças com pior escore de lesões.

Biografia do Autor

Caroline de Aquino Soares, Universidade Estadual Paulista

Graduada em Tecnologia de Alimentos - pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Especialista em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos. Mestre em Ciência e Tecnologia Animal da UNESP- Universidade Estadual Paulista, campus de Ilha Solteira/SP . Possui experiência na área Ciência e Tecnologia de Alimentos com ênfase em Ciência e Tecnologia de produtos de origem animal e análise sensorial.

Rosemeire da Silva Filardi, Universidade Estadual Paulista

Graduada (1992), mestre (1995) e doutora (1999) em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho-Unesp, Jaboticabal.  Desde de 2008 atua professora assitente doutora no Departamento de Biologia e Zootecnia da Faculdade de Engenharia - Unesp, Ilha Solteira. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em exigências nutricionais dos animais e nutrição e alimentação animal, atuando principalmente nos seguintes temas: avicultura, suinocultura, avaliação de alimentos. 

Glaucia Amorin Faria, Universidade Estadual Paulista

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal da Bahia (2002), mestrado em Ciências Agrárias pela Universidade Federal da Bahia (2004), Mestrado em Estatística e Experimentação pela Universidade Federal de Lavras; Doutorado em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2008). Atualmente é docente do Departamento de Matemática da Faculdade de Engenharia – Unesp, campus de Ilha Solteira. Tem experiência nas áreas Melhoramento Vegetal, Recursos Genéticos, Biotecnologia, Estatística e Experimentação Agropecuária.

Sanderley Simões da Cruz, Instituto Federal do Pará

Doutor em Agronomia, (FEIS/UNESP, 2016); Mestre em Ciência Animal (UFPA, 2008); Especialista em Educação do Campo, Agroecologia e Questões Pedagógicas (IFPA, 2012); Zootecnista (UFRA, 2005). Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA, Campus Marabá Rural. Com experiência na área de Produção Animal, atuando principalmente com Manejo de Bovinos de Corte e Leite, Nutrição Animal, Criação de Médios Animais, Manejo de Pastagem e Sistema de Integração Lavoura-Pecuária

Antonio Carlos de Laurentiz, Universidade Estadual Paulista

Possui graduação em Zootecnia pela Faculdade de Ciências Agrarias e Veterinárias de Jaboticabal (1995), mestrado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005). Atualmente é docente da Faculdade de Engenharia - UNESP - Ilha Solteira, atuando principalmente nos seguintes temas: avicultura, aditivos, frangos de corte, alimentos alternativos, nutrição animal.

Maria José Dornelas dos Santos, Universidade Estadual Paulista

Possui graduação em Nutrição pela Universidade Federal de Mato Grosso (1985), mestrado em Ciência e Tecnologia Animal pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2018). Tem experiência na área de alimentação institucional, dietoterapia, docência em nutrição e assessoria empresarial.

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Publicado

20/06/2020

Como Citar

SOARES, C. de A.; FILARDI, R. da S.; FARIA, G. A.; CRUZ, S. S. da; LAURENTIZ, A. C. de; SANTOS, M. J. D. dos. Interferência do tempo de transporte entre a granja de produção e o frigorífico sobre a incidência de injúrias corporais e escore de lesões em carcaças de suínos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e977974897, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4897. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4897. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

v. 9 n. 7

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas

Licença

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