Crescimento e trocas gasosas em milheto sob diferentes doses e fontes de nitrogênio
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4988Palavras-chave:
Adubação; Forragem; Fotossíntese; Pennisetum glaucum L.Resumo
Objetivou-se avaliar o crescimento, a produção de matéria seca (PMS) e as trocas gasosas do milheto, em função de diferentes doses e fontes de nitrogênio. O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 x 2, sendo cinco doses de nitrogênio (40; 60; 80; 100 e 120 kg ha-¹ de N) e duas fontes de N (ureia e sulfato de amônio). As avaliações foram realizadas aos 60 e 85 dias após a semeadura (DAS). As variáveis área foliar (AF), altura de plantas (AP) e PMS aos 60 e 85 DAS e o diâmetro do colmo (DC aos 85 DAS) foram influenciadas pela interação fontes e doses de N. O DC aos 60 DAS sofreu influência somente das doses. A condutância estomática –(gs) e o teor de clorofila foram influenciados pela interação fontes e doses, enquanto que a taxa de assimilação de CO2 (A) e transpiração (E) foram influenciadas somente pela dose. A adubação nitrogenada, em ambas as fontes, influenciou o crescimento e a PMS do milheto, nos períodos distintos de desenvolvimento (60 e 85 DAS). A ureia mostrou melhor resposta para as trocas gasosas em relação ao sulfato de amônio, com exceção para a condutância estomática. Assim, até 60 dias após a semeadura, com a finalidade de pastejo, recomenda-se entre 60 e 80 kg ha-1 de N, usando como fonte a ureia. Para a produção de silagem, dos 60 aos 85 dias após a semeadura, recomenda-se adubação entre 80 e 100 kg ha-1 de N na forma de ureia.Referências
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