Duas décadas do curso de Engenharia Ambiental na visão dos egressos da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5064Palavras-chave:
Ensino de Engenharia; Mercado de trabalho; Projeto pedagógico.Resumo
A Engenharia Ambiental, uma modalidade relativamente nova de engenharia, ainda anseia por maiores debates sobre a formação e atuação profissional. As pesquisas com egressos podem subsidiar a discussão e proposições sobre o ensino da engenharia. Esse estudo apresenta uma pesquisa exploratória e quali-quantitativa com egressos da Engenharia Ambiental da EM/UFOP quanto às suas percepções sobre o curso, o mercado de trabalho e a relação entre os conteúdos recebidos na graduação e a realidade profissional. O questionário online aplicado (método survey) identificou a necessidade da ampliação da articulação entre os conteúdos teóricos e as situações reais de trabalho – o que corrobora para as atuais tendências de ensino em engenharia voltado para um currículo baseado em projetos e outras metodologias ativas. A articulação entre o conteúdo teórico e prático também esteve presente nos motivos para aumento ou diminuição da motivação do estudante durante o curso, nas sugestões para inserção de disciplinas, e nos conselhos direcionados aos graduandos. As atividades extracurriculares destacam-se como instrumento para manutenção da motivação do aluno e para facilitar sua inserção no mercado de trabalho. Os egressos se inserem no mercado de forma relativamente rápida, com 50% deles começando a trabalhar na área de formação em menos de 6 meses depois de graduados. No entanto, a maior parcela (63%) recebe menos do que o piso salarial do engenheiro. As médias salariais são maiores entre os egressos com maior experiência. Os resultados contribuem para discussões sobre ensino da Engenharia Ambiental, no intuito de promover a formação de profissionais mais bem preparados e seguros para o enfrentamento profissional.
Referências
Anderson, W. C. (2002). A history of environmental engineering in the United States. In Environmental and Water Resources History Sessions at ASCE Civil Engineering Conference and Exposition 2002, Estados Unidos, 3-7 de novembro de 2002 (pp. 1-12). Washington, D.C.: ASCE.
Andrade, C. F., Silva, A. C. B., Procópio, J. P. S., & Lopez, E. Q. (2015). Avaliação da formação acadêmica e da atuação no mercado de trabalho de engenheiros ambientais de Minas Gerais. In Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Brasil, 4-8 outubro de 2015 (pp. 1- 13). Rio de Janeiro, RJ: ABES.
Arantes, M. T., Rodrigues, L. F., & Silva, A. L. (2019). A graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Ouro Preto: Uma perspectiva dos discentes e dos docentes. Revista Mundi Engenharia, Tecnologia e Gestão, 4, (1),127-1 – 127-19.
Brandelise, M. Â. T. (2012). Avaliação dos cursos de graduação na perspectiva dos egressos: um indicador de avaliação institucional. In Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, Brasil, 29 julho a 1 de agosto de 2012 (pp. 1- 11). Caxias do Sul, RS: UCS.
Caetano, S. (2002). Contribuição à avaliação do curso de graduação da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp em face dos saberes da prática profissional de seus egressos. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, 7, (2), 1-19.
Chaudhy, F. H. (2013). Prefácio In CALIJURI, M. C, & CUNHA, D. G. F. (2013). Engenharia Ambiental: Conceitos, Tecnologia e Gestão. Rio de Janeiro: Elsevier.
Cruvinel, K. A., Marçal, D. R., & Lima, Y. C. R. (2014). Evolução da Engenharia Ambiental no Brasil. In V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, Brasil, 24-27 de novembro de 2014 (pp. 1- 4). Belo Horizonte, MG: IBEAS.
Gambardella, A. M. D., Ferreira, C. F., & Frutuoso, M. F. P. (2000). Situação profissional de egressos de um curso de Nutrição. Revista Nutrição, 13, (01), 037-040.
Gil, A. C. (1999) Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.
Hora, K. E. R., Mesquita, G. G. M., & Gomes, R. B. (2018). Análise das reprovações discentes no curso de engenharia ambiental e sanitária da Universidade Federal de Goiás (EECA/UFG). Revista Eletrônica de Engenharia Civil, (14),66-82.
Junior, A. E., Faria, A. F. D., & Suzuki, J. A. (2011). Projeto Pedagógico de curso: um instrumento de gestão. INGEPRO-Inovação, Gestão e Produção, 3(4), 013-023.
Junior, N. V., Esteves, O. A., Junior, L. G. V., Gomes, A. P., Boito, D. Brum, E., Júnior, L. S. L., Friori, S., Fernandes, V. M. C., Pravia, Z. M. C., Sousa, P. F. B., Assis, E. G, & Ferlin, E. P. (2017). Desafios da engenharia. In XLV Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, Brasil, 26-29 de setembro de 2017. Joinville, SC: ABENGE.
Lima, L. A., & Andriola, W. B. (2018). Acompanhamento de egressos: subsídios para a avaliação de Instituições de Ensino Superior (IES). Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, 23, (01), 04-125.
Lima, M. S. (2015). Determinantes do egresso de Gestão Ambiental da faculdade UnB de Planaltina. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Gestão Ambiental). Universidade Federal de Brasília, Brasil.
Miguel, P. A. C. (2011). Metodologia de pesquisa em engenharia de produção e gestão de operações. 2ª ed. São Paulo: Elsevier-Campus.
Ministério da Educação (2020). Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior Cadastro e-MEC. Acessado em 19 de janeiro, 2020. Disponível em http://emec.mec.gov.br/
Morgado, R. P., Geroto, C. G., & Ramalho, A. C. G. (2011). Avaliação do curso e situação profissional e acadêmica dos egressos da Gestão Ambiental da ESALQ/USP. Revista do Programa de Pós Graduação em Educação Ambiental, 27 (1), 69-83
Nguyen, D. Q., & Pudlowski, Z. J. (2011). An overview of environmental engineering education in the past decade: a global perspective. In 2nd WIETE Annual Conference on Engineering and Technology Education.
Prado Filho, J. F., Vieira, N. D. B., Albiéri, E. R. P., & Paz, K. (2012). Inserção do engenheiro ambiental da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) no mercado de trabalho. In Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Brasil, 5-8 de novembro de 2012 (pp. 1- 11). Belo Horizonte, MG: ABES, ABESP e APRH.
Prado Filho, J. F. (2013). Curso de Engenharia Ambiental da Escola de Minas. In: Paulo Lemos (org.). A História da Escola de Minas (1876-2013). 2ª ed., Ouro Preto: Editora Graphar.
Ujang, Z., Henze, M., Curtis, T., Schertenleib, R., & Beal, L. L. (2004). Environmental engineering education for developing countries: framework for the future. Water Science and Technology, 49, (08), p. 1-10
Weiner, R., & Matthews, R. (2003). Environmental Engineering. 4ª ed. Burlington: Elsevier Science.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.