Melhoramento de farinha espelta por adição de transglutaminase e sua influência na qualidade de pães de fermentação natural
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5244Palavras-chave:
Farinha espelta; Fermentação natural; Pão artesanal; Transglutaminase.Resumo
O presente trabalho teve por objetivo avaliar a qualidade da farinha espelta em concentrações diferentes de Transglutaminase (TGase) para a produção de pães de fermentação natural. A farinha espelta é conhecida como um grão ancestral que apesar de suas qualidades nutricionais não tem uma boa qualidade proteica para a produção de pães de longa fermentação. Utilizaram-se testes reológicos laboratoriais de panificação e análise do volume e massa do pão nos diferentes tempos de fermentação (2 – 4 – 6 horas) com diferentes concentrações de TGase (0, 1000, 3000 e 5000 ppm). Design no estudo: os testes foram feitos com 3 repetições. Os dados foram coletados sobre o volume e a massa do pão assado além das avaliações reológicas da massa através de testes de alveografia, extensografia e alveografia. A massa e o volume dos pães assados foram analisadas através o teste ANOVA-two way, incluindo as interações entre as variáveis preditoras e as análises reológicas foram analisadas através o teste de aditividade de Tukey e Análise de Variância. Na avaliação da massa e volume do pão, constatou-se que na farinha espelta a melhor concentração foi de 3000 no tempo de fermentação de 4 horas. Em todas as concentrações de TGase percebeu-se aumento da força da farinha espelta e aumento da elasticidade contudo, não refletiu na melhoria no equilibrio entre a tenacidade e extensibilidade da massa, entretanto concluindo efeitos significativos nas características da farinha espelta em todas as concentrações de TGase.
Referências
Aplevicz, K. S. (2014). Fermentação natural em pães: ciência ou modismo. Aditivos & Ingredientes, 105(1), 36-8.
AACC. (2014). Approved methods of analysis, 11th ed. Guidelines for measurement of volume by rapeseed displacement. American Association of Cereal Chemists. AACC International: St. Paul, MN, U.S.A. http://dx.doi:10.1094/AACCIntMethod-10-05.01.
AACC. (2011). AACC 54-20.02: Rheological Behavior of Flour by Farinograph: Constant Flour Weight Procedure. American Association of Cereal Chemists. Minnesota. http://dx.doi-org.ez27.periodicos.capes.gov.br/10.1094/AACCIntMethod-54-21.02.
Duarte Filho, A. (2002). Avaliação da capacidade tecnológica da pequena e média empresa de panificação em Curitiba. (Mestrado em Administração). Departamento de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
Gálová, Z., Michalik, I., Knoblochova, H., & Gregova, E. (2002). Variation in HMW glutenin subunits of different species of wheat. Rostlinna Vyroba, 48(2), 15-19.
Gutkoski, L. C., et al. (2005) Efeito de ingredientes na qualidade da massa de pão de forma congelada não fermentada durante o armazenamento. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, 25(3),460-467.
Frakolaki, G., Giannou, V., Topakas, E., & Tzia, C. (2018). Caracterização química e potencial de panificação de espelta versus farinha de trigo. Journal of Cereal Science, 79, 50-56. doi: 10.1016 / j.jcs.2017.08.023
Lacko-Bartosová, M., & Korczyk-Szabó, J. (2012). Technological Properties of Spelt–Amaranth Composite Flours. Research Journal of Agricultural Science, 44(1), 90-93.
Larré, C., et al. (1998). Hydrated gluten modified by a transglutaminase . Nahrung , 42,155 – 157. https://doi.org/10.1002/(SICI)1521-3803(199808)42:03/04%3C155::AID-FOOD155%3E3.0.CO;2-Z
Losche, I. K.(1995). Enzymes in baking. The World of Ingredients May–June 22–25.
Matuda, T. G. (2008) Bread dough freezing study: experimental determination of thermophysical properties and baking performance. (Master in Chemical Engineering). Polytechnic School, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.
Poutanen, K. (1997). Enzumes: An important tool in improvement of the quality of cereal foods. Trends food SCI technology, N8, p 300- 306. https://doi.org/10.1016/S0924-2244(97)01063-7
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Pruska-Kedzior, A., Kedzior, Z., & Klockiewicz-Kaminska, E. (2008) Comparação das propriedades viscoelásticas do glúten do trigo espelta e comum. Eur Food Res Technol 227, 199-207 . https://doi.org/10.1007/s00217-007-0710-0
Schober, T. J., Clarke, C. I., & Kuhn, M. (2002). Caracterização das propriedades funcionais de proteínas de glúten em cultivares de espelta utilizando medidas de fatores reológicos e de qualidade. Cereal Chemistry , 79 (3), 408-417.
Suas M.(2012) Panificação e viennoiserie: abordagem profissional. São Paulo: Cengage Leaning.
Zieliński, H., Ceglińska, A., & Michalska, A. (2008). Bioactive compounds in spelt bread. European Food Research and Technology, 226(3), 537.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Patricia Regina Amante
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.