Aprendizagem autorregulada com o uso de portfólio: análises sobre percepções discentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5483

Palavras-chave:

Metodologia ativa; Aprendizagem autorregulada; Portfólio.

Resumo

Este artigo investiga as percepções de discentes de mestrado e doutorado em Administração quanto ao uso do portfólio como ferramenta de aprendizagem autorregulada. O modelo de Pintrich (2000), o qual compreende as áreas cognitiva, motivacional, comportamental e de contexto, foi a base teórica para compreender essas percepções, particularmente quanto à fase reação e reflexão. Na coleta de dados, foi utilizada observação participante e documentos, obtidos das autoavaliações dos discentes. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo e de clusters. Os resultados mostraram que a metodologia empregada potencializou a aprendizagem, tornando os discentes mais ativos e autocríticos. Foram identificados quatro clusters que retrataram as percepções de aprendizado e de adaptabilidade dos discentes à proposta metodológica da autorregulação: adotantes imediatos, maioria adaptativa, cautelosos e resistentes. Foi possível visualizar os eixos positivos e negativos relacionados com a adaptabilidade ao uso do portfólio. O estudo corrobora a ideia de viabilidade e eficácia da ferramenta de portfólio como metodologia alternativa ao modelo tradicional de ensino e de avaliação da aprendizagem.

Biografia do Autor

Marlene Medeiros, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

Graduação, mestrado e doutorado em Administração e professora de Logísitica do IFRN

Aline Soares Dantas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Engenheira de Produção, Mestre em Engenharia de Produção e doutoranda em Administração

Guilherme Smaniotto Tres, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Engenheiro de Telecomunicações, mestrado em Administração e doutorando em Administração

Anatália Saraiva Martins Ramos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutora em Engenharia de Produção e Professora titular da UFRN

Marcus Vinicius Dantas de Assunção, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

Engenheiro de Produção, Mestre em administração, Doutor em Ciência e Engenharia de Petróleo e professor de Logística do IFRN

Referências

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. SP: Edições, v.70.

Berrett, D. (2015). New graduates test the promise of competency-based education. Chronicle of Higher Education. Retrieved from http://chronicle.com/ article/New-Graduates-Test-the-Promise/230315.

Boruchovitch, E.(2014). Autorregulação da aprendizagem: Contribuições da psicologia educacional para a formação de professores. Psicologia Escolar e Educacional, 18(3), 401–409, 2014.

Brook, J., Upitis, R. (2015). Can an online tool support contemporary independent music teaching and learning? Music Education Research, 17(1), 34–47.

Cárdenas-Robledo, L. A., & Peña-Ayala, A. (2019). A holistic self-regulated learning model: A proposal and application in ubiquitous-learning. Expert Systems with Applications, 123, 299-314.

Cotta, R. M. M., Costa, G. D., Mendonça, E. T. (2013). Portfólio reflexivo: uma proposta de ensino e aprendizagem orientada por competências. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 18(6), 847-1856.

Flick, U.(2009). Introdução à pesquisa qualitativa. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed.

Frison, L. M. B., Veiga Simão, A. M. (2011). Abordagem (auto) biográfica – narrativas de formação e de autorregulação da aprendizagem reveladas em portfólios reflexivos. Educação, 34(2),198-206.

Gibbs, G., Costa, R. C. (2009). Análise de dados qualitativos. Artmed.

Kapucu, N., & Koliba, C. (2017). Using Competency-based Portfolios as a Pedagogical Tool and Assessment Strategy in MPA Programs. Journal of Public Affairs Education, 23(4), 993-1016.

Klenowski, V. (2005) Desarrollo de portafolios para el aprendizaje y la evaluación. Procesos y principios. Madrid: Narcea, 2005.

Losenno, K. M., Muis, K. R., Munzar, B., Denton, C. A., & Perry, N. E. (2020). The Dynamic Roles of Cognitive Reappraisal and Self-Regulated Learning During Mathematics Problem Solving: A Mixed Methods Investigation. Contemporary Educational Psychology, 101869.

McGuire, L. E., & Lay, K. A. (2019). Reflective Pedagogy for Social Work Education: Integrating Classroom and Field for Competency-Based Education. Journal of Social Work Education, 1-14.

Miles, M.B.; Huberman, A.M.; Saldaña, J. (2014) Qualitative Data Analysis: A Methods Sourcebook. Arizona State university.3rd Edition.

Morán, J. (2015). Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção mídias contemporâneas. Convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens, 2(1), 15-33.

Oliveira Leal, N., Ferreira, P. E. B., Macedo, M. A. B., & de Souza, S. R. G. (2019). Use of active methodologies in brazilian high school: current reality. Arquivos do MUDI, 23(3), 432-442.

Paiva, M. O. A.; Lourenço, A. A. (2012). A influência da mestria escolar aprendizagem autorregulada. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 12(2), 501–520.

Pintrich, P. R.(2000) The role of goal orientation in self-regulated learning. In: Boekaerts, M.;

Pintrich, P. R.; Zeidner, M. (eds.) Handbook of self-regulation. (p. 452-502). New York:Academic Press,.

Polydoro, S. A. J.; Azzi, R. G.(2009). Autorregulação da aprendizagem na perspectiva da teoria sociocognitiva: introduzindo modelos de investigação e intervenção. Psicologia da Educação, 29(2),75-94.

Polydoro, S., Pelissoni, A., do Carmo, M., Emilio, E., Dantas, M., & Rosário, P. (2015). Promoção da autorregulação da aprendizagem na universidade: percepção do impacto de uma disciplina eletiva. Revista de Educação PUC-Campinas, 20(3), 201-213.

Powell, D. D., Saint-Germain, M., Sundstrom, L-M. (2014). Using a capstone case study to assess student learning on NASPAA competencies. Journal of Public Affairs Education, 20(2), 151–162.

Pranke, A.; Frison, L. M. B. (2015). Potencialização da Aprendizagem Autorregulada de Bolsistas do PIBID/UFPE do curso de Licenciatura em Matemática através de Oficinas Pedagógicas. Boletim de Educação Matemática, 29(51), 223-240.

Rangel, J. N. M. (2003) O portfólio e a avaliação no ensino superior. Estudos em avaliação educacional, 28, 145-160, 2003.

Rosário, P. (2004). Estudar o Estudar: as (des) venturas do Testas. Porto: Porto Editora.

Rosário, P.; Núñez, J. C.; González-Pienda, J. (2006). Comprometer-se com o estudar na Universidade: cartas do Gervásio ao seu umbigo. Coimbra: Edições Almedina, S.A, 2006.

Saldaña, J.(2013). The Coding Manual for Qualitative Researchers. London: Sage. 2013.

Testa, M. G.; Luciano, E. M. (2010). A influência da autorregulação dos recursos de aprendizagem na efetividade dos cursos desenvolvidos em ambientes virtuais de aprendizagem na internet. Revista Eletrônica de Administração (REAd), 16(2), 176-208, maio/ago.

Torres, S.C.G. (2008). Portfólio como instrumento de aprendizagem e suas implicações para a prática pedagógica reflexiva. Revista Diálogo Educação, 8(24), 549-561. mai/ago

Veiga-Simão, A. M. D., Frison, L. M. B., & Machado, R. F. (2015). Escrita de resumos e estratégias de autorregulação da aprendizagem. Cadernos de pesquisa, 45(155), 30-55.

Villas Boas, B. M. F. (2012). Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. 8.ed. Campinas, SP: Papirus.

Williams, D. G., Plein, L. C., & Lilly, R. (1998). Professional and career development: The MPA portfolio approach. Journal of Public Affairs Education, 4(4), 277–285.

Zellers, M., Mudrey, R. R. (2007). Electronic Portfolios and Meta Cognition: A Phenomenological Examination of the Implementation of E-portfolios from the Instructors’ Perspective. International Journal of Instructional Media, 34, 419–430.

Zimmerman, B. J. (2000). Attaining self-regulation: A social cognitive perspective. In: M. Boekaerts; P. Pintrich; M. Zeidne. (Eds.). Handbook of self-regulation ( p. 13-39). New York: Academic Press.

Downloads

Publicado

06/07/2020

Como Citar

MEDEIROS, M.; DANTAS, A. S.; TRES, G. S.; RAMOS, A. S. M.; ASSUNÇÃO, M. V. D. de. Aprendizagem autorregulada com o uso de portfólio: análises sobre percepções discentes. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e311985483, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5483. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5483. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais