Alunos com altas habilidades / superdotação: uma revisão bibliográfica introdutória ao papel da escola no desenvolvimento de talentos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5507Palavras-chave:
Altas habilidades; Superdotados; Atendimento escolar; Revisão bibliográfica.Resumo
O atendimento ao aluno portador de necessidades especiais de aprendizagem exige a compreensão do indivíduo como um ser único, imerso em um ambiente físico e social, com características e necessidades diferenciadas. Neste sentido, estudos que visam a compreensão e a elaboração de estratégias para o atendimento das necessidades especiais, dentre estas as altas habilidades ou superdotação, tornam-se iminentes. Assim, o presente trabalho objetivou, por meio de revisões bibliográficas em periódicos científicos, obras e documentos legais que orientam a educação especial no país, a compreensão das altas habilidades/superdotação sob o olhar empírico e científico, convergindo no apontamento de fatores essenciais que tornam a escola espaço relevante no acolhimento do aluno portador dessa necessidade especial de aprendizagem. Dentre os resultados, pode-se perceber que, sob um olhar empírico, diferentes representações acerca das altas habilidades estão associadas à ideia de gênios, o que converge no surgimento de concepções ingênuas ou equivocadas. Em caráter científico, os habilidosos se caracterizam como pessoas que apresentam notável desempenho, talento ou aptidões superiores em uma ou várias áreas. Tomar a educação como uma aliada ao processo de compreensão, identificação e atendimento é essencial para que esse grupo possa desenvolver seus talentos, de forma livre e coerente, com vistas à construção de uma sociedade compreensivamente plural. A principal contribuição deste trabalho é proporcionar meios para uma reflexão introdutória acerca do atendimento ao aluno com altas habilidades no contexto escolar.
Referências
Alencar, E. M. L. S. (2001). Criatividade e educação de superdotados. Petrópolis: Vozes.
Alencar, E. M. L. S. (2007). Indivíduos com altas habilidades/superdotação: clarificando conceitos, desfazendo ideias errôneas. In Fleith, D. S. (Org.). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação (Cap. 1, pp. 13-24). Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.
Alencar, E. M. L. S. & Fleith, D. S. (2001). Superdotados: Determinantes, educação e ajustamento. 2. ed. São Paulo: EPU.
Arantes, D. R. B. (2008). Qual é a situação atual da Legislação Brasileira? In Cupertino, C. M. B. (Org.), Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos. São Paulo: Secretaria da Educação, CENP/CAPE, FDE.
Azevedo, S. M. L. & Mettrau, M. B. (2010). Altas Habilidades/Superdotação: Mitos e Dilemas Docentes na Indicação para o Atendimento. Psicologia: Ciência e Profissão, 30(1), 32-45. Recuperado de https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932010000100004&script=sci_arttext
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. (1994). Política Nacional da Educação Especial. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. (2001). Diretrizes Nacionais da Educação Especial para a Educação Básica. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. (2007). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: Orientação a professores. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. (2006). Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com altas habilidades/superdotação. 2a. ed. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.
Faveri, F. B. M. de & Heinzle, M. R. S. (2019). Altas Habilidades/Superdotação: políticas visíveis na educação dos invisíveis. Revista Educação Especial, 32, 1-23. Recuperado de https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/39198/pdf
Fernandes, T. L. G. (2015). Teoria triádica da superdotação: habilidades superiores, criatividade e motivação. In Sales, J. A. M. et al. (Orgs.), Didática e a prática de ensino na relação com a sociedade (pp. 3860-3868). Fortaleza: EdUECE.
Gil, A. C. (2016). Como elaborar projetos de pesquisa. 5a. ed. São Paulo: Atlas.
Guenther, Z. C. (2011). Metodologia Cedet: caminhos para desenvolver potencial e talento. Revista Polyphonía, 22(1), 83-107. Recuperado de https://www.revistas.ufg.br/sv/article/view/21211/12439
Hegel, G. W. F. (2000). Fenomenologia do Espírito. Tradução: Paulo Meneses. 5a. ed., v. 1, Petrópolis: Vozes.
Landau, E. (2002). A coragem de ser superdotado. São Paulo: Arte e Ciência.
Ourofino, V. T. A. T. & Guimarães, T. G. (2007). Características intelectuais, emocionais e sociais do aluno com altas habilidades/superdotação. In Fleith, D. (Org.). A Construção de Práticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades/Superdotação (Cap. 3, pp. 41-52). Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.
Pérez, S. G. P. B. (2003). Mitos e Crenças sobre as Pessoas com Altas Habilidades: alguns aspectos que dificultam o seu atendimento. Revista Educação Especial, 22, 1-10. Recuperado de https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/5004/3033
Renzulli, J. S. (2000). The identification and development of giftedness as a paradigm for school reform. Journal of Science Education and Technology, 9(2), 95-114. Recuperado de https://link.springer.com/article/10.1023/A:1009429218821
Renzulli, J. S. (2014). Modelo de enriquecimento para toda a escola: um plano abrangente para o desenvolvimento. Revista Educação Especial, 27(50), 539- 562. Recuperado de https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/14676/pdf
Virgolim, A. M. R. (1997). O indivíduo superdotado: História, concepção e identificação. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 13 (1), 173-183.
Virgolim, A. M. R. (2007). Altas habilidade/superdotação: encorajando potenciais. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
