Juventude rural e escolarização: da negação de direitos às possibilidades de resistência na Chapada do Apodi-Ceará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5537Palavras-chave:
Juventude rural; Escolarização de jovens; Educação do campo; Ensino.Resumo
A juventude rural é o foco deste estudo, com recorte espacial aos jovens de comunidades localizadas na Chapada do Apodi, especialmente dos municípios de Limoeiro do Norte e Quixeré. A pesquisa teve como objetivos analisar os desafios da escolarização da juventude da Chapada do Apodi, nos aspectos do acesso e permanência, bem como discutir as possibilidades de resistência que se constroem na Chapada do Apodi. O estudo foi dividido em dois momentos: o primeiro discute as categorias território, educação do campo e juventudes rurais, articulando-as ao contexto em foco. O segundo momento trata da pesquisa de campo, em que foram entrevistados jovens oriundos da Chapada do Apodi, matriculados ou não no ensino médio. A pesquisa possibilitou conhecer suas trajetórias de escolarização, marcadas ora pela descontinuidade, ora pela permanência na escola, permitindo refletir que o contexto nega este direito a vários sujeitos. No entanto, paulatinamente, constroem-se experiências de resistência na Chapada, as quais impulsionam o redesenhar deste cenário. Por fim, consideramos a Escola Família Agrícola Jaguaribana Zé Maria do Tomé, voltada à formação da juventude rural da região, como experiência que ilustra a práxis político-educativa que nasce da resistência dos sujeitos, movimentos e coletivos sociais.
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