Fungitoxidade e composição química do óleo essencial de alecrim (Rosmarinus officinalis) sobre o Aspergillus flavus
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5628Palavras-chave:
Fungo; Planta aromática; Controle.Resumo
Os fungos estão entre os principais responsáveis por danos e perdas em diversos alimentos. Possuem a capacidade de produzir metabólitos secundários quando submetidos a condições ideais, conhecidos como micotoxinas, substâncias altamente tóxicas que podem contaminar os produtos destinados à alimentação tanto humana como animal causando danos para a saúde. O controle destes fungos tem sido feito por meio de substâncias sintéticas, que são prejudiciais ao homem e ao meio ambiente. Desta forma faz-se necessária a busca por métodos alternativos do controle desses microrganismos. Neste contexto, os óleos essenciais mostram-se como possível opção. O objetivo deste estudo foi identificar os principais componentes e avaliar a eficácia do óleo essencial de alecrim (Rosmarinus officinalis) para controle do fungo Aspergillus flavus. Inicialmente verificou-se o efeito dos óleos essenciais sobre o crescimento micelial do fungo em testes in vitro nas doses de: 0,8; 1,6; 3,2; 6,4; 12,8; 15; 17,5; 20; 22,5 e 25 µL/mL, sendo esta a dose de maior controle fúngico. Baseando-se nos resultados dos testes in vitro, foi realizada a microdiluição seriada em microplacas para encontrar concentração mínima inibitória, a qual foi de 25 µL/mL Os resultados demonstraram que o óleo essencial apresentou potencial fungicida sobre o A. flavus. Os principais componentes do óleo essencial, identificados por cromatografia gasosa, em ordem de concentração, foram: 1,8-cineol, cânfora e o β-pineno.
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