Caracterização físico-química do extrato in natura e farinha da batata doce roxa (Ipomea batatas Lam.)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5758

Palavras-chave:

Tecnologia de alimentos; Alimento funcional; Nutrição; Alimentos orgânicos.

Resumo

O presente estudo tem por objetivo determinar as características físico-químicas do extrato in natura e farinha da batata doce roxa ao longo de 30 dias. As amostras foram divididas em EI (Extrato in natura), F0 (Farinha dia zero) e F30 (Farinha dia 30). Para elaboração do EI as batatas passaram por protocolos de higienização e foram submetidas a trituração no multiprocessador, já as amostras F0 e F30 seguiram o mesmo processo de higienização e foram submetidas ao processo de secagem à 60ºC por 24 horas. Foram analisadas quanto aos parâmetros físico-químicos: Teor de umidade, cinzas, lipídeos, Sólidos Solúveis Totais (ºBrix), pH e acidez. Quanto as análises físico-químicas obtiveram-se, Teor de água da EI (70,4%) foi maior em relação às amostras F0 (9,72%) e F30 (10,76%). As cinzas EI (0,036%), F0 (0,099%) e F30 (0,157%). Os lipídeos EI 0,95, F0 0,31 e F30 0,29, caracterizando-as com baixo teor lipídico. Os SST (ºBrix) EI 3,46ºBrix, F0 9,1ºBrix e F30 5,16ºBrix. Os valores de pH EI 6,62, F0 6,5 e F30 6,2. Acidez EI 0,30%, F0 1,01% e F30 0,95%. As análises realizadas obtiveram resultados satisfatórios com êxito no desenvolvimento e análise do produto. De acordo com os resultados é possível observar que as amostras F0 e F30 são uma alternativa a serem utilizadas em produtos alimentícios como, bolos, pães, biscoitos, e outros, a fim de melhorar a qualidade nutricional e testar novas tecnologias alimentares.

Referências

Almeida, M. M. B., et al. (2003). Determinação de umidade, fibras, lipídios, cinzas e sílica em plantas medicinais, Boletim Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos, Curitiba, 21 (2), 343-350.

Amaro, G. B., et al. (2017). Desempenho de cultivares de batata doce na região do alto Parnaíba/MG. Horticultura Brasileira, Recife, 35 (2), 286-291.

Barreira, T. F., et al. (2015). Diversidade e equitabilidade de plantas alimentícias não convencionais na zona rural de Viçosa, Minas Gerais, Brasil, Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Paulínia, 17 (4), 964-74.

Borguini, R. G., Da Silva Torres, E. A. F. (2006). Alimentos orgânicos: qualidade nutritiva e segurança do alimento, Segurança alimentar e Nutricional, 13 (2), 64-75.

Brasil. Ministério da Saúde. (2014). Guia alimentar para a população brasileira. Brasília-DF: Ministério da Saúde, 2a ed. 158p.

Câmara, G. B., et al. (2019). Caracterização físico-química, toxicológica e nutricional das folhas da Moringa oleifera Lam secas e in natura. Research, Society and Development, Itabira, 8 (11), 1-17.

Castro, D. S., Oliveira, T. K. B., Lemos, D. M., Rocha, A. P. T., & Almeida, R. D. (2017). Effect of temperature on the physicochemical composition and bioactive compounds of taro flour obtained in a spouted bed, Brazilian Journal of Food Technology, Campinas, 20, 1-5.

Cristo, T. W., Lima, L. F., Silva, V. C., Candido, C. J., Santos, E. F., & Novello, D. (2018). Aproveitamento da casca de batata doce na produção de panetone: caracterização físico-química e aceitabilidade sensorial entre crianças. Conexão CI, 13(2), 21-28.

Do Nascimento, K. D. O., Rocha, D. G. C. M., da Silva, E. B., & Júnior, J. L. B. (2013). Caracterização química e informação nutricional de fécula de batata-doce, Ipomoea batatas L., orgânica e biofortificada, Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 8(1), 19.

Dos Santos, J. R. M. P., Albert, A.L.M., & Leandro, K.C. (2019). Importância de uma regulamentação específica com as definições e classificações dos produtos comercializados como suplementos alimentares, alimentos funcionais e nutracêuticos, Revista de Direito Sanitário, 19 (3), 54-67.

Dos Santos, J., & Pagani, A. A. C. (2017). Estudo da estabilidade físico-química de duas variedades de batata-doce (ipomea batatas l.) após o processo de secagem e durante o armazenamento, In: 8th International Symposium on Technological Innovation.

Folch, J., Lees, M., Stanley, S. A. (1957). Simple method for the isolation and purification of total lipids from animal tissues, The journal of biological chemistry, [S. L.], 226 (1), 497-509.

Gava, A. J., Da Silva, C. A. B., & Frias, J. R. G. (2009). Tecnologia de alimentos. Ed. NBL. 511.

Goldmeyer, B., et al. (2014). Características físico-químicas e propriedades funcionais tecnológicas do bagaço de mirtilo fermentado e suas farinhas, Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, 36 (4), p.980-987.

Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. In: Zenebon, O., Pascuet, N. S., & Tiglea, P. (Coords.). 4ª ed. 100.

Instituto Kairós. (2017). Guia prático sobre Panc: plantas alimentícias não convencionais. Reiter, A. S.; Nascimento, V. (Coords.). 1ª Ed., São Paulo, 44.

Jaime, C. E. F., Santos Camargo, V. C., Azevedo, N. C., & Enes, C. C. (2020). Obtenção de farinha de batata-doce biofortificada / Obtenção de farinha de batata-doce biofortificada. Revista Brasileira de Desenvolvimento , 6 (3), 10958-10979.

Leite, J. F. (2019). Desenvolvimento de macarrão misto de farinha de casca da batata doce (Ipomoea Batatas L.) e farinha de trigo (Triticum Durum).

Lima, A. R. N., Câmara, G. B., de Oliveira, T. K. B., Alencar, W. D., Vasconcelos, S. H., da Cunha Soares, T., & da Silva Cavalcanti, M. (2019). Caracterização Físico-Química e Microbiológica de Biscoitos Confeccionados com Farinha de Resíduos de Frutas, Research, Society and Development, 8(11), 14.

Muniz, C. E. S. (2017). Elaboração de barras de cereais utilizando resíduos agroindustriais de goiaba e caju enriquecidos proteicamente por via microbiana. 71f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) – Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande.

Sánchez, C., Santos, M., & Vasilenko, P. (2019). Batata-doce b5ranca, roxa ou alaranjada? Avaliação qualitativa e nutricional. Vida Rural, 1847, 30-32.

Silva, R. G. V. (2010). Caracterização físico-químico da farinha de batata-doce para produtos de panificação .71f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Alimentos) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga.

Tozatti, P., et al. (2013). Utilização de resíduo de laranja na elaboração de biscoitos tipo cracker, Revista Ciências Exatas e Naturais, Paraná, 15 (1), 135-150.

Vizzotto, M., et al. (2018). Composição mineral em genótipos de batata-doce de polpas coloridas e adequação de consumo para grupos de risco, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, 21, 1-8.

Downloads

Publicado

21/07/2020

Como Citar

RIBEIRO, F. da S.; OLIVEIRA, T. K. B. de; CÂMARA, G. B.; CASSIANO, V. A.; ALVES, K. da S. B.; SILVA, I. S. dos S. Caracterização físico-química do extrato in natura e farinha da batata doce roxa (Ipomea batatas Lam.). Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e622985758, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5758. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5758. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas