A prática da compostagem como agente de educação ambiental transformadora no Instituto Federal de Minas Gerais – campus Ibirité

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5789

Palavras-chave:

Educação ambiental crítica; Compostagem; Reciclagem; Sustentabilidade.

Resumo

 

A educação ambiental a partir de práticas coletivas pode resultar em importantes processos de formação de cidadãos conscientes. A gestão de resíduos realizada de forma adequada traz consigo algumas oportunidades de envolvimento dos diversos atores responsáveis pela geração e, consequentemente, pela destinação desses resíduos. Em se tratando de resíduos orgânicos, a compostagem é uma alternativa para a reciclagem que leva em conta seu valor agregado. Este trabalho objetivou analisar os efeitos da prática da compostagem de resíduos orgânicos gerados no Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Ibirité, no processo de conscientização ambiental e na promoção da educação ambiental crítica dos estudantes.  Metodologicamente, tomando como referência as premissas teóricas da Educação Ambiental Crítica, realizou-se a prática da compostagem e posterior avaliação da capacidade desta atividade em gerar conscientização ambiental. Para isso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com estudantes de curso integrado ao ensino médio em dois níveis de envolvimento: alunos diretamente envolvidos com a atividade e alunos que já estiveram envolvidos, mas que, no momento da pesquisa, não mais estivessem. Os resultados mostram que houve uma internalização do senso de responsabilidade socioambiental. Todos os estudantes manifestaram perceber a importância de levar os conceitos aprendidos para outros ambientes, transcendendo os limites da escola. Houve também a transformação da relação dos alunos com os resíduos que identificaram claramente o valor agregado inerente e a importância da reciclagem a partir da compostagem. Assim, conclui-se que a prática se mostrou benéfica e eficiente no que tange à educação ambiental transformadora dos estudantes envolvidos.

Referências

Abrelpe (2018). Panorama dos resíduos sólidos no Brasil, 2017. Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Disponível em: <http://abrelpe.org.br/download-panorama-2017/>. Acesso: 28 de outubro, 2018.

Bove, R., & Lunghi, P. (2006) Electric power generation from landfill gas using traditional and innovative Technologies. Energy Conversion and Management, 47, 1391-1401, 2006.

Brasil (1999). Lei no 9.795 de 27 de abril de 1999, dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental; e dá outras providências., Brasília.

Brasil (2008). Lei no 11.892 de 29 de dezembro de 2008, institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília.

Brasil (2010). Lei no 12.305 de 2 de agosto de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências, Brasília.

Brasil. Ministério do Desenvolvimento Regional. Secretaria Nacional de Saneamento – SNS. (2019). Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento: Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2018. Brasília: SNS/MDR, 2019. 247 p.

Fisgativa, H., Tremier, A., & Dabert, P. (2016). Characterizing the variability of food waste quality: a need for efficient valorization through anaerobic digestion. Waste Management, 50, 264–74.

Hoornweg, D., & Bhada-Tata, P. (2012). What a waste: a global review of solid waste management. Washington, DC: World Bank.

Jacobi, P (2003). Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa. 118, 189-205.

Layrargues, P. P., & Lima, G. F. C. (2011) Mapeando as macro-tendências político-pedagógicas da educação ambiental contemporânea no Brasil, VI Encontro Pesquisa em Educação Ambiental, Ribeirão Preto.

Lima, L. M. Q. (2004). Lixo: Tratamento e Biorremediação. 3ª ed. São Paulo: Hemus.

Loureiro, C. F. B. (2004). Educação ambiental transformadora. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília. 65-84.

Loureiro, C. F. B. (2003). Premissas teóricas para uma educação ambiental transformadora. Revista Ambiente e Educação, Rio Grande, 8, 37-54.

Mariotto, S. C., & Coraiola, M (2009) Educação ambiental na concepção do pensamento sistêmico. Rev. Acad., Ciênc. Agrár. Ambient., 7 (2), 237-243.

Oliveira, D. B., Becker, R. W., Sirtori, C., Passosm C. G. (2020) A construção de conceitos sobre gestão e tratamento de resíduos químicos: uma experiência de formação de estudantes de química. Química Nova, 43(3), 382-390.

Silva, W. R. (2009). Estudo cinético do processo de digestão anaeróbia de resíduos sólidos vegetais. Tese de Doutorado. Universidade Federal da Paraíba. 159.

Downloads

Publicado

20/07/2020

Como Citar

FELICORI, T. de C.; FRANCO, R. A. S. R. A prática da compostagem como agente de educação ambiental transformadora no Instituto Federal de Minas Gerais – campus Ibirité. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e597985789, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5789. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5789. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais