Estado atual das exportações de lagostas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5804Palavras-chave:
Pescado; Exportações brasileiras; Crustáceo; Comércio exterior.Resumo
O presente estudo objetiva trazer informações atualizadas sobre a exportação de lagostas no Brasil, mapeando produtos, quantidades, origens e destinos das exportações desse crustáceo, desde a sua industrialização até o país onde será consumido. A lagosta é o principal produto da pauta de exportações de pescado no Brasil, representando 30% do total enviado ao exterior. A partir da análise de dados quantitativos e estatística exploratória, em 2019 as exportações de produtos de lagostas atingiram 6.054 toneladas e 92,46 milhões de dólares. As caudas congeladas são predominantes, com 4.625 t. (76,40%) e 64,2 milhões de dólares (69,47%). As lagostas inteiras congeladas aparecem como o segundo produto mais exportado em 2019, com 1.273 t. (21,04%) e 24,6 milhões de dólares (26,59%). Apesar de incipiente, merece destaque a evolução crescente no volume de exportação de lagostas vivas/frescas de 2016 até 2019, quando atingiu o maior valor na série histórica, com 155 t. (2,56%) e 3,65 milhões de dólares (3,94%). O estado do Ceará é tradicionalmente e, historicamente, o maior exportador de lagostas do Brasil, com 3.881 t. (64,11% do total exportado no país) em 2019. O principal destino da lagosta brasileira continua sendo os Estados Unidos, que importou 67,10% de toda a lagosta brasileira, com um volume negociado de mais de 4 mil toneladas. A China aparece como o segundo maior destino das exportações de lagostas brasileiras, com 880 t., seguida da Austrália, com 466 toneladas.
Referências
Aragão, J. A. N. (2010). Pesca de Lagostas no Brasil: Monitorar para Ordenar. Boletim Técnico Científico do Cepene, 18(1), 49-60.
Aragão, J. A. N., & Cintra, I. H. A. (2018). Avaliação do estoque de lagosta vermelha Panulirus argus na costa brasileira. Arquivos de Ciências do Mar, 51(2), 7-26.
Brasil. (2008). Plano de Gestão para o Uso Sustentável de Lagostas no Brasil: Panulirus argus (Latreille, 1804) e Panulirus laevicauda (Latreille, 1817) / José Dias Neto, Organizador. Brasília: Ibama.
Brasil. (2008). Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Instrução Normativa 206, de 14 de novembro de 2008. Diário Oficial da União (D.O.U.) 17-11-2008 – Seção 1 – Página: 134.
Brasil. (2013). Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC (Sistema AliceWeb). Acesso em 16 de abril 2013, em http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/.
Brasil. (2020). COMEX STAT - Portal para acesso gratuito às estatísticas de comércio exterior do Brasil. Acesso em 25 de maio, em http://comexstat.mdic.gov.br/pt/home.
Giraldes, B. W., Smyth, D. M. (2016). Recognizing Panulirus meripurpuratus sp. nov. (Decapoda: Palinuridae) in Brazil—Systematic and biogeographic overview of Panulirus species in the Atlantic Ocean. Zootaxa, 4107(3), 353–366.
Ivo, C. T. C. (2000). Caracterização Populacional da Lagosta Panulirus laevicauda (Latreille), Capturada nas Regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Arquivos de Ciências do Mar, 33(1-2), 85-92.
Pereira A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Santos, W. (2019). Análise da Balança Comercial de Pescado 2019 – Parte 2 (item exportação). Acesso em 26 de maio, em http://seafoodbrasil.com.br/analise-da-balanca-comercial-de-pescado-2019-parte-2.
Santos, F. J. S., Silva, K. C. A., Bentes, B., Pereira, M. E. G. S., Klautau, A. G. C. M., & Cintra, I. H. A. (2019). A pesca de Lagostas na Plataforma Continental Amazônica. Arquivos de Ciências do Mar, 52(2), 61-76.
Santos, F. J. S., Silva, B. B., Pereira, M. E. G. S., Silva, K. C. A., Cintra, I. H. A., Santos, M. A. S., & Souza, C. C. F. (2020). Socioeconomics and Environmental Perception of Lobstermens Professionals in Continental Shelf Amazon. Research, Society and Development, 9(8), 1-15.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.