Cultura do descuidado e vulnerabilidade a desastres: marcas do acidente radioativo com o césio-137 em Goiânia (Brasil)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.6072

Palavras-chave:

Desastres; Vulnerabilidade a Desastres; Segurança; Césio; Documentários Cinematográficos.

Resumo

Este estudo tem por objetivo analisar as práticas e representações relacionadas ao enfrentamento do desastre radioativo que ocorreu no município de Goiânia (Brasil), por meio da análise do filme documentário “Césio 137 – o brilho da morte”. A pesquisa foi estruturada sob a perspectiva do domínio da cultura visual e de estudos sobre sociologia dos desastres e gestão de risco de desastres, sendo desenvolvida através de análise fílmica e com apoio de análise conteúdo temático-categorial. Assim, o filme foi tratado em profundidade em relação aos aspectos sociológicos e conteudísticos, destacando-se elementos simbólicos que retratassem as práticas e representações de cidadãos radioacidentados. Os resultados da pesquisa foram estruturados em função das operações de descrição, de decomposição e de crítica e análise do conteúdo fílmico. Os relatos contidos no filme foram codificados, segmentados em unidades de registro e organizados em duas categorias empíricas: cultura do descuidado e vulnerabilidade a desastres radioativos. Concluiu-se que a estrutura fílmica conduz à leitura da representação do despreparo setorial e técnico para lidar com situações de desastres. Esse aspecto põe em evidência a necessidade de práticas de gestão e governança, que efetivamente articulem a sustentabilidade e segurança com os fenômenos do cuidado com a vida, em casos de riscos radioativos. Ademais, o estudo ressalta a potencialidade de filmes documentários para a análise dos fenômenos de emergências e desastres em saúde pública, especialmente de grupos mais vulneráveis a tais situações.

Biografia do Autor

Alexandre Barbosa de Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Enfermeiro. Pós-doutor em Enfermagem. Professor Associado da Escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Líder do Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão de Saúde em Emergências e Desastres - GEPESED (UFRJ).

Margarida Maria Rocha Bernardes, Escola Superior de Guerra

Bióloga e enfermeira. Pós-doutora em Enfermagem.

Angélica Ribeiro Pinto de Oliveira, ARPO Produções

Fotógrafa e enfermeira. Especialista em Terapia Intensiva.

Roberto Braz da Silva Cardoso, Exército Brasileiro

Enfermeiro. Mestre em Enfermagem.

Diego Freitas de Araújo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Enfermeiro. Doutorando em Enfermagem.

Fernando Rocha Porto, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Historiador e enfermeiro. Pós-doutor em Enfermagem.

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Publicado

24/09/2020

Como Citar

OLIVEIRA, A. B. de; BERNARDES, M. M. R.; OLIVEIRA, A. R. P. de; CARDOSO, R. B. da S.; ARAÚJO, D. F. de; PORTO, F. R. Cultura do descuidado e vulnerabilidade a desastres: marcas do acidente radioativo com o césio-137 em Goiânia (Brasil). Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e2389106072, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.6072. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6072. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde