Descolonização da política curricular monocultural e monorracista da formação de professores na área de ciências da natureza: rumo ao currículo e educação antirracista
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6085Palavras-chave:
Ciências da Natureza; Negros; Ciência Política Curricular; Ensino; Cidadania.Resumo
Neste artigo objetiva-se propor o processo de emergência da inclusão de pensadores negros nas bibliografias indicadas aos cursos de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, almejando a atual descolonização da hegemonia da biblioteca colonial, pautada pela supervalorização do conhecimento produzido por intelectuais europeus e seus descendentes cristalizado nas bibliografias e textos acadêmicos, caracterizando o racismo epistêmico, monocultural e monorracista da atual política curricular da formação de professores do Brasil. Busca-se no decorrer da pesquisa apresentar subsídios teóricos e intelectuais negros e sua afrodescendência da história bem como sua referida área de conhecimento. O Marco teórico- metodológico da pesquisa ancora-se dentro da abordagem qualitativa e dentro dos procedimentos da pesquisa bibliográfica. Destaca-se como importante resultado o quantitativo de pensadores negros em Ciências da natureza. Verifica-se a ausência de pensadores negros nas bibliografias e textos acadêmicos e constata-se o desconhecimento dos futuros professores entrevistados de intelectuais negros. Conclui-se a emergência da inclusão de pensadores negros no processo da formação inicial, visando à descolonização racista da atual política curricular da formação docente no Brasil e o trabalho apontou caminhos ao listar inúmeros intelectuais negros na história da ciência, bem como o respectivo legado.
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