Regeneração da periderme de dano dos tubérculos de batata como resultado da temperatura de cura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6700Palavras-chave:
Felogênio; Súber; Feloderme; Número de células.Resumo
Reconhece-se que os danos mecânicos são uma das principais causas de perdas pós-colheita dos tubérculos de batata e a cura é um processo indispensável para aumentar a resistência à escoriação. Além disso, é necessário o uso de temperaturas de cura mais baixas para manter a qualidade e prolongar a durabilidade dos tubérculos. No entanto, podem não permitir a regeneração adequada da periderme de dano, além desse efeito ser variável entre os genótipos. O presente estudo avalia os resultados histológicos na periderme decorrente do dano mecânico através de uma simulação de escoriação, uma vez que é o mais comum durante as etapas de colheita e pós-colheita. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar o efeito da redução da temperatura de cura no número de camadas e na espessura da periderme de dano de tubérculos de batata da cv. Innovator. A análise histométrica do súber, do felogênio, da feloderme e da periderme total dos tubérculos foi realizada no software Image-Pro Plus (MediaCybernetics), após 15 dias de cura. O número de camadas e a espessura de cada camada estrutural da periderme foram determinados a partir de seis medições para cada repetição. Após a cura, não houve formação do súber e da feloderme nos tubérculos a 8 °C sob o tratamento de escoriação, enquanto todos os componentes da periderme foram formados a 14 e 20 °C. A 8 e 14 °C, o felogênio diferenciou-se da mesma forma em tubérculos conduzidos nos tratamentos de controle e danos mecânicos, enquanto a 20 °C a espessura não diferiu em nenhum componente da periderme. O felogênio a 14 e 20 °C não diferiu no número de camadas e espessura. O aspecto visual das lesões dos tubérculos a 14 e 20 °C enfatizou a regeneração. Conclui-se que a redução da temperatura de cura para 8 °C proporcionou uma regeneração celular mais lenta. No entanto, é possível realizar o procedimento de cura a 14 °C, sem comprometer a formação do periderme de dano. A cultivar Innovator possui rápida regeneração celular em temperaturas de cura mais altas, portanto, recomenda-se que os tubérculos desta cultivar sejam curados a 14 ou 20 °C. O estudo avalia o dano mecânico por meio de uma simulação do dano por escoriação. Entretanto, para uma melhor compreensão da formação da periderme do dano, é interessante que outros estudos avaliem diferentes tipos de dano, como impacto, compreensão e abrasão, a fim de avaliar a capacidade de regeneração de acordo com o dano dessa cultivar.
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