Avaliação como examinação na percepção dos professores de ciências da natureza
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6845Palavras-chave:
Avaliação; Examinação; Ensino; Aprendizagem; Formação e prática docente.Resumo
Neste artigo apresentamos resultados da pesquisa empírica que visava estudar a compreensão dos professores de ciências da natureza no ensino fundamental sobre avaliação, para responder à seguinte questão: quais as percepções dos professores de ciência da natureza sobre avaliação e examinação? Utilizamos a entrevista semiestruturada como técnica de coleta de dados aplicada a seis professores da rede estadual matogrossense que atuam nas Escolas de Ensino Fundamental, na região urbana de Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil. A análise de dados foi feita por meio da categorização durante o processo de análise crítico-reflexiva dos dados da pesquisa empírica. Os dados da pesquisa nos permitiram constatar que dos seis professores participantes, cinco percebe e pratica a avaliação como examinação, não estabelecem distinção entre ambos conceitos e práticas. Isto é, a percepção predominante é de considerar a examinação como avaliação que se deve a dois fatores dominantes: a examinação é a ação predominante nas universidades e escolas, sob a máscara de “avaliação” (pseudoavaliação) e; a ausência de estudo da avaliação durante a formação docente. Como a examinação é a prática determinante durante a formação, ela é, automaticamente, transferida para as práticas escolares na educação básica. O que remete à necessidade de revisão curricular e política profunda dos programas e cursos de formação e práticas docentes.
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