Tecnologias digitais: uso do Physics Education Technology Project (PhET) no ensino de eletrodinâmica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6846

Palavras-chave:

Circuitos elétricos; Simuladores; Eletrodinâmica; Ensino de Física; Lei de ohm; Ensino.

Resumo

A reprodução de experimentos científicos em laboratório é frequentemente difícil, devido ao número de alunos por turma, insuficiência de equipamentos ou à incompatibilidade do tempo necessário à realização dos experimentos. Por outro lado, o medo de manusear circuitos elétricos é sem dúvida uma das causas do baixo rendimento dos alunos em eletricidade. Diante dessa perspectiva, propusemos o desenvolvimento de roteiros experimentais de Eletrodinâmica utilizando os simuladores virtuais do PhET (Physics Education Technology Project), da Universidade do Colorado (EUA) como metodologia de ensino. O objetivo da atividade foi utilizar a simulação como ferramenta facilitadora da aprendizagem sobre o funcionamento de um circuito elétrico. A proposta foi aplicada a alunos do 3º ano do Curso Técnico de Mineração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá e envolveu a interação em um ambiente virtual, tendo como suporte conceitos decorrentes da perspectiva de Vygotsky. Para a construção e análise de dados trabalhou-se com levantamento bibliográfico, coleta de dados por meio de testes, roteiro de entrevista e observação in loco. Os resultados obtidos indicaram boa aceitação da proposta, na medida em que o uso da tecnologia teve um sentido transformador na prática pedagógica, ou seja, que o PhET não foi usado simplesmente para reproduzir o modelo tradicional de ensino, mas para criar situações de aprendizado sobre Eletrodinâmica. A atividade contribuiu para fortalecer uma visão construtivista do processo de aprendizagem, destacando o forte envolvimento dos alunos na construção do conhecimento ao integrar ideias prévias às ferramentas de aprendizagem.

Biografia do Autor

Argemiro Midonês Bastos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá

Graduado em Física pela Universidade Federal do Pará, com especialização em Metodologia do Ensino de Física pela Faculdade Internacional de Curitiba, mestrado em Biodiversidade Tropical pela Universidade Federal do Amapá, doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia pela Universidade Federal do Amapá, e atualmente cursando pós-doutorado na Universidade Federal do Amapá. Ministro aulas de Educação Básica, Técnica e Tecnológica no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá. Atuo como docente permanente no Programa de Pós-Graduação do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica. Possuo experiência em Educação e Ensino, com ênfase em Ferramentas de Ensino de Física, Educação Ambiental e Formação de Professores, e em Biodiversidade, com ênfase em Modelagem Ambiental. Sou líder do Grupo de Pesquisa em Modelagem Aplicada para Ensino de Ciências (GMAEC), que possui as seguintes linhas de pesquisa: Formação de professores, Modelagem aplicada no ensino e Tecnologias aplicadas no ensino. Sou pesquisador nos Grupos de Pesquisa: 1) Grupo de Pesquisa em Educação Química e Ambiental (GPEQA), Linha de Pesquisa: Formação Inicial e Continuada de Professores de Química; e 2) Modelagem e Simulação de Sistemas Ambientais; Linhas de pesquisa: Modelagem de Sistemas Ambientais, Recursos Hídricos e Saneamento e Gestão Ambiental.

Referências

Adams, W. K., Reid, S., LeMaster, R., McKagan, S. B., Perkins, K. K., Dubson, M., & Wieman, C. E. (2008). A study of educational simulations, part I: Engagement and learning. Journal of Interactive Learning Research. 19, 397-419.

Arantes, A. R., Miranda, M. S., & Studart, N. (2010). Objetos de Aprendizagem no Ensino de Física: Usando Simulações do PhET. Revista Física na Escola, 11(1), 27-31.

Fiolhais, C., & Trindade, J. (2003). Física no Computador: o Computador como uma Ferramenta no Ensino e na Aprendizagem das Ciências Física. Revista Brasileira de Ensino de Física, 25(3), 259-72.

Laburú, C. E.; Gouveia, A. A., & Barros, M. A. (2009). Estudo de circuitos elétricos por meio de desenhos dos alunos: uma estratégia pedagógica para explicitar as dificuldades conceituais. São Carlos SP. Cad. Bras. Ens. Fís., 26(1), 24-47.

Monteiro, I. C. C., & Gaspar, A. (2007). Um estudo sobre as emoções no contexto das interações sociais em sala de aula. Investigações em Ensino de Ciências. V12(1), 71-84.

Oliveira, M. M. de. (2011). Como fazer projetos, relatórios, monografias, dissertações e teses. (5a ed.), Rio de Janeiro: Elsevier.

Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstream/ handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Pinto, D. M. R., & Pires, M. A. L. M. (2019). O ensino da matemática e sua função na formação do indivíduo e de sua cidadania na educação. REMATEC: Revista de Matemática, Ensino e Cultura,14(32), 118-30.

Schuhmacher, E., Tavares, A., Silva, M. R. da, Silva, H. dos S., Dalfovo, O., Lavall, I. T., & Ricardo, A. de A. (2004). Física Experimental Auxiliada por Laboratório Virtual. IX Encontro de Pesquisa em Ensino de Física. Jaboticatubas; 1. Recuperado de http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvi/sys/resumos/T0192-1.pdf.

Sorj, B., & Guedes, L. E. (2005). Exclusão digital: problemas conceituais, evidências empíricas e políticas públicas. Novos estudos: CEBRAP. São Paulo, 72.

Rosa, C. W. (2003). Concepções teórico-metodológicas no laboratório didático de Física na Universidade de Passo Fundo. Ensaio, 5, 2, 13-27.

Downloads

Publicado

16/08/2020

Como Citar

BASTOS, A. M. Tecnologias digitais: uso do Physics Education Technology Project (PhET) no ensino de eletrodinâmica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e205996846, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.6846. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6846. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra