Exigência em proteína bruta do híbrido jundiara (Pseudoplatystoma fasciatum x Leiarius marmoratus)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6866Palavras-chave:
Carnívoros; Conteúdo proteico; Necessidade nutricional; Pintado amazônico.Resumo
Objetivou-se determinar a exigência de proteína bruta para juvenis de jundiara, híbrido de Pseudoplatystoma fasciatum X Leiarius marmoratus. Foram utilizados 240 juvenis do híbrido, peso médio inicial de 8,4 ± 1,41 g, distribuídos em 15 tanques de fibra de vidro (170 L), em sistema fechado de recirculação de água e aeração constante, com densidade de 16 peixes por tanque. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e três repetições. Os tratamentos consistiram de dietas com 32, 34, 36, 38 e 40% de proteína bruta. Após 70 dias de experimento foram mensurados o peso final dos peixes e o consumo de ração. Dois exemplares de cada unidade experimental foram coletados para a avaliação da composição química da carcaça, eficiência nutricional e avaliação dos parâmetros sanguíneos. O aumento dos teores de proteína bruta promoveu o efeito significativo linear crescente para ganho de peso médio, consumo médio de ração e taxa de crescimento específico, e decrescente para conversão alimentar. Também foram evidenciadas diferenças significativas na composição química da carcaça, eficiência nutricional, proteína plasmática total, glicose, colesterol, triglicerídeos e atividade enzimática da lipase. Com isso, a elevação nos teores de proteína bruta de até 40% nas dietas para o jundiara promove melhoria no desempenho produtivo dos juvenis de jundiara.
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