Associação entre o ambiente obesogênico e a ocorrência de sobrepeso/obesidade em adolescentes escolares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6984

Palavras-chave:

Obesidade; Adolescente; Ambiente.

Resumo

Avaliar a associação entre o ambiente obesogênico e a ocorrência de sobrepeso/obesidade entre adolescentes. Estudo caso-controle realizado entre julho e outubro de 2018, com adolescentes (10 a 16 anos) matriculados em escolas públicas. Foram definidos como “casos” aqueles que tinham sobrepeso ou obesidade, como “controles” os eutróficos, pareados por sexo, idade e turma. Foram avaliadas características demográficas e relativas ao ambiente obesogênico (por meio de formulário), além do estado nutricional dos cuidadores e adolescentes (através de antropometria). Aplicou-se o teste do qui-quadrado de Pearson, com ajustes de Fisher, quando necessário. Utilizou-se SPSS 22.0 e intervalo de confiança de 95%. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 84019518.3.0000.5187). O estado nutricional dos cuidadores esteve associado ao dos adolescentes (p<0,01). Com relação às características do entorno do domicílio, observou-se que, à exceção da presença de trânsito intenso, a maioria referiu condições adequadas para a prática de exercícios, entretanto, não houve associação estatisticamente significante com o estado nutricional dos adolescentes, assim como com comportamentos sedentários e hábitos alimentares considerados inadequados. Registrou-se um elevado percentual de adolescentes que não praticam atividade física fora da escola (66%), que passam pelo menos duas horas diárias diante de telas (86%) e que gastam menos de duas horas em atividades que fazem correr (80%). Todos relataram comer fora de casa pelo menos cinco vezes na semana. Para a população estudada, características do ambiente obesogênico não se mostraram associadas ao estado nutricional.

Biografia do Autor

Pollyanna Jorge Canuto, Universidade Estadual da Paraíba

Mestrado em Saúde Pública

Carla Campos Muniz Medeiros, Universidade Estadual da Paraíba

Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente.

Rodrigo Pinheiro de Toledo Vianna, Universidade Federal da Paraíba

Doutor em Saúde Coletiva, Pós Doutorado em Saúde Pública

Ricardo Alves Olinda, Universidade Estadual da Paraíba

Doutor em Estatística e Experimentação Agronômica. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Universidade Estadual da Paraíba- UEPB

Poliana de Araújo Palmeira, Universidade Federal de Campina Grande

Unidade Acadêmica de Saúde, Doutora em Ciências Nutricionais

Danielle Franklin de Carvalho, Universidade Estadual da Paraíba

Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente. Programa de Pós-graduação em Saúde Pública, Universidade Estadual da Paraíba

Referências

ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. (2016). Diretrizes brasileiras de obesidade 2016. 4° ed. São Paulo, SP.

Antunes, N.J. Obesidade infantil: vivências familiares relativas ao processo de aconselhamento nutricional. [Dissertação]. São Paulo: USP, 2018.

Bento, D. F. M. C. R. (2017). A Importância do Ambiente Obesogênico na População de Alta Vulnerabilidade Social em Campinas/SP. 158 f. Tese (Doutorado) - Curso de Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

Bezerra, I.C., Cavalcante, J.B., Moreira, T.M.V., Mota, C.C., Sicheiri, R. (2016). Alimentação fora de casa e excesso de peso: uma análise dos mecanismos explicativos. Revista Brasileira em promoção da Saúde. 29. 455-461. 10.5020/18061230. p455.

BRASIL. (2018). Ministério da Saúde (MS). VIGITEL Brasil 2018: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: MS.

Di Cesare, M., Soric, M., Bovet, P., Miranda, J.J., Bhutta, Z., Stevens, G.A., Laxmaaih, A., Kengne, A.P., Bentham J. (2019). A carga epidemiológica da obesidade na infância: uma epidemia mundial que requer ação urgente. BMC Med. 25 de novembro; 17 (1): 212. doi: 10.1186 / s12916-019-1449-8. PMID: 31760948; PMCID: PMC6876113.

Fisberg, M., Maximino, P., Kain, J., Kovalkys, I. (2016). Ambiente obesogênico - oportunidades de intervenção. J. Pediatr. (Rio J.) , Porto Alegre, v. 92, n. 3, supl. 1, p. 30-39. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S002175572016000400030&lng=en&nrm=iso>. acesso em 22 de abril de 2020. https://doi.org/10.1016/j.jped.2016.02.007 .

IBGE-INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. (2016). Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar: 2015. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Libório, M.F.R.A. (2010). Ambientes Obesogênicos: Casa, Área de Residência e Escola. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Dissertação de Mestrado.

Lucena, J.M.S. (2015). Prevalência de tempo excessivo de tela e fatores associados em adolescentes. Rev. paul. pediatr., São Paulo , v. 33, n. 4, p. 407-414. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822015000400007&lng=en&nrm=iso>. access on 23 Apr. 2020. https://doi.org/10.1016/j.rpped.2015.04.001.

Malta, D.C.; Santos, M.A.S.; Andrade, S.S.C.D.A.; Oliveira, T.P.; Stopa, S.R.; Oliveira, M.M.D. (2016). Tendência temporal dos indicadores de excesso de peso em adultos nas capitais brasileiras, 2006-2013. Ciência & Saúde Coletiva. 21:1061-9.

Nogueira, L.R. (2018). Excesso de peso, consumo de frutas e hortaliças por adolescentes e ambiente alimentar local em São Paulo. [Dissertação]. São Paulo: USP.

Oliveira, M.M., Andrade, S.S.C.A., Campos, M.O., Malta, D.C. (2015). Fatores associados à procura de serviços de saúde entre escolares brasileiros: uma análise da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), 2012. Cad Saude Publica;31(8):1603-14.

Pereira, M., Nogueira, H., Padez, C. (2018). Association between childhood obesity and environmental characteristics: Testing a multidimensional environment index using census data. Appl Geogr. 92:104-111.

Pitt, E., Gallegos, D., Comans, T., Cameron, C., Thorton, L. (2017). Exploring the influence of local food environments on food behaviours: a systematic review of qualitative literature. Public Health Nutrition. v.20, p.2393-2405. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28587691/ Acesso em: 28 de maio de 2020.

Rodrigues, H.C.A. (2016). Influência da prática educativa parental na alimentação e do ambiente obesogênico no excesso de peso na infância. [Dissertação]. Recife: UFPE.

Scherer, D. A., More, C. L., Coradini, O. A. (2017) Obesidade, família e transgeracionalidade: uma revisão integrativa da literatura. Nova perspect. sist., São Paulo, v. 26, n. 58, p. 17-37. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-78412017000200003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 11 mar. 2020.

WHO. World Health Organization. (2007). The WHO Child Growth Standards 2006, 2007. Disponível em: <http://www.who.int/childgrowth/en/. Acesso em 01 de novembro de 2018.

WHO. World Health Organization. (2016). Draft implementation plan for the recommendations of the commission on ending childhood obesity. Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2020.

WHO. World Health Organization. (2018). Physical activity 2015 [Internet]. [Fact sheet nº 385]. Available from: http://www.who.int/mediacentre/ factsheets/fs385/en/

Downloads

Publicado

16/08/2020

Como Citar

CANUTO, P. J.; MEDEIROS, C. C. M.; VIANNA, R. P. de T.; OLINDA, R. A.; PALMEIRA, P. de A.; CARVALHO, D. F. de . Associação entre o ambiente obesogênico e a ocorrência de sobrepeso/obesidade em adolescentes escolares. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e229996984, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.6984. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6984. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde