Estresse térmico agudo altera epicárdio, vasos epicárdicos, aspectos morfológicos, morfométricos e quantitativos do plexo cardíaco de frangos de granja
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6993Palavras-chave:
Neurônios cardíacos; sistema nervoso cardíaco intrínseco; vasos do coração; gordura cardíaca; hipertermiaResumo
O aprimoramento genético de aves tem sido usado com o objetivo de maximizar a produção de carne de frango. Assim, técnicas de manejo têm se destacado, pois melhoram a rentabilidade e reduzem os custos de produção, uma vez que otimizam o ganho de peso das aves e aceleram o abate. Todavia, o acelerado ganho de peso pode tornar os animais suscetíveis a transtornos metabólicos em decorrência da falta de adaptação do aparelho cardiorrespiratório cujo funcionamento se relaciona à temperatura ambiente e à inervação cardíaca. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência do estresse térmico agudo sobre o coração de frangos de granja, avaliando o epicárdio, os vasos epicárdicos e os aspectos quantitativos, morfológicos, morfométricos e histopatológicos do plexo cardíaco. Para tanto, foram utilizados 14 animais machos divididos em dois grupos (n=7): animais mantidos em ambiente de conforto térmico (18oC) e animais em ambiente de estresse térmico (mantidos a 32o C nas 12 horas prévias ao abate). Os resultados mostraram que o estresse térmico diminuiu a área dos adipócitos, a área e o comprimento dos gânglios cardíacos, aumentou o colágeno total dos adipócitos e diminuiu o colágeno total dos vasos e gânglios do coração. Pode-se concluir que de fato o estresse térmico agudo interferiu nos parâmetros avaliados, pois várias alterações histopatológicas foram identificadas tais como a presença de infiltrados linfocitários nos adipócitos do tecido epicárdico, edema, congestão vascular, infiltração de fibrina nos gânglios do plexo cardíaco e ganglionite.
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