Importância da cultura fúngica no diagnóstico da dermatofitose em animais de companhia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7014

Palavras-chave:

Dermatozoonose; Dermatófitos; Doença fúngica.

Resumo

Objetivo: este estudo teve como objetivo verificar a importância da cultura fúngica no diagnóstico conclusivo da dermatofitose em cães e gatos, dada a variabilidade dos sinais dermatológicos e sua natureza infectocontagiosa, que pode acometer seres humanos. Método: realizou-se análise documental retrospectiva, no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Jataí, entre 2018 e 2019, dos casos nos quais a dermatozoonose foi listada entre as suspeitas clínicas. Procedeu-se cultura fúngica em laminocultivo com DTM, por meio da deposição em meio de cultura de escamas e pelos quebrados de vários locais suspeitos. Após incubação em temperatura ambiente realizou-se inspeção para detecção da mudança de cor do meio para vermelho e crescimento de colônias, seguido de identificação morfológica de macroconídeos para determinação da espécie. Resultados: dentre os 193 cães atendidos no serviço de dermatologia, 60 (31,1%) tiveram sinais dermatológicos que justificaram a inclusão da dermatofitose entre os diagnósticos diferenciais. Nos 43 felinos, em 17 (39,5%), a dermatofitose foi apontada entre as possíveis suspeitas. Contudo, após cultura fúngica a dermatofitose foi confirmada apenas em 5,7% (11/193) do total de casos atendidos. Em cães representou 2,6% e em gatos 14% das dermatopatias diagnosticadas. Conclusão: a dermatofitose é frequentemente inserida no diagnóstico diferencial de dermatopatias que cursam com lesões alopécicas, descamativas e crostosas. A cultura fúngica é ferramenta fundamental para confirmação da infecção e implementação de medidas terapêuticas assertivas. O M. canis é o dermatófito mais frequente em cães e gatos, o que reforça a necessidade de diagnóstico preciso, em virtude de seu caráter zoonótico.

Biografia do Autor

Alana Flávia Romani, Universidade Federal de Jataí

Professora da Medicina Veterinária da UFJ

Rhuan Paulo de Castro Rodrigues, Universidade Federal de Jataí

Graduado em Medicina Veterinária pela UFJ

Andréia Vitor Couto do Amaral, Universidade Federal de Jataí

Professora da Medicina Veterinária e do Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal da UFJ

Dirceu Guilherme de Souza Ramos, Universidade Federal de Jataí

Professor da Medicina Veterinária e do Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal da UFJ

Priscila Gomes de Oliveira, Universidade Federal de Jataí

Mestre em Biociência Animal pela UFJ

Raphaella Barbosa Meirelles-Bartoli, Universidade Federal de Jataí

Professora da Medicina Veterinária e do Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal da UFJ

Carolina Alvarenga Cruz, Universidade Federal de Jataí

Professora da Medicina Veterinária da UFJ

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Publicado

20/08/2020

Como Citar

ROMANI, A. F.; RODRIGUES, R. P. de C.; AMARAL, A. V. C. do; RAMOS, D. G. de S.; OLIVEIRA, P. G. de; MEIRELLES-BARTOLI, R. B.; CRUZ, C. A. Importância da cultura fúngica no diagnóstico da dermatofitose em animais de companhia. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e312997014, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7014. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7014. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas