Experimentação no ensino de Química na Educação Básica: uma análise através de anais de congresso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7045Palavras-chave:
Aprendizagem; Experimentação; Ensino; Investigação; Metodologia ativa.Resumo
Este artigo teve como objetivo descrever uma análise qualitativa exploratória do papel e da tipologia da experimentação no ensino de Química na educação básica a partir dos anais das reuniões anuais da Sociedade Química do Brasil entre 2011 a 2019. Os referencias teóricos e metodológicos aplicados para caracterização dos experimentos foram baseados nas observações de Araújo & Abib e Oliveira. A presente pesquisa mostrou que a maioria dos experimentos aplicados em sala de aula são de natureza demonstrativa e/ou verificativa tornando o professor com o papel principal do processo de ensino – aprendizagem, e apenas 6% dos trabalhos analisados foram classificados como investigativos com foco em aprendizagem significativa aplicando o experimento como uma metodologia ativa na qual torna o aluno o sujeito ativo, e central, do processo ensino-aprendizagem. Tais observações concluem que há uma urgente necessidade de fomento para formação de professores aptos para desenvolver experimentos eficientes via metodologias ativas.
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