Olimpíada Brasileira de Astronomia do Ensino Médio: entre textos e contextos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7092

Palavras-chave:

Ensino de astronomia; OBA; Documentos Curriculares Nacionais.

Resumo

O estudo da astronomia no ensino médio é abordado tanto por orientações curriculares nacionais, quanto por pesquisadores da área de ensino de ciências. Os parâmetros e orientações curriculares (PCNEM, PCN+ e OCEM), por exemplo, pontuam que o ensino da astronomia nas escolas deve ser realizado de forma contextualizada e em diálogo com o cotidiano do aluno. A Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) se apresenta como uma importante contribuição, despertando e motivando os alunos para o ensino de temas científicos. Esta pesquisa analisou como tem ocorrido o alinhamento entre as provas da OBA do ensino médio e as indicações propostas pelos documentos oficiais citados. A partir de uma abordagem de natureza qualitativa, de caráter exploratório, adotamos a Análise de Conteúdo como forma de analisar as provas da OBA do ensino médio. Os resultados revelaram alguns pontos de convergência entre as orientações dos documentos oficiais e as questões da prova. A presença de ações do cotidiano tem sido mais constante em suas últimas edições, envolvendo conceitos que permeiam distintas áreas de conhecimentos. Este fato promove questões mais atrativas para os alunos, afastando-se da mecanização do ensino, sendo um contributo para o professor abordar a astronomia com seus alunos.

Biografia do Autor

Antônio Carlos Leite, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

É licenciado em Física pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e bacharel em Física pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Não formal e Ensino de Ciências (GENFEC). Atualmente é professor da Educação Básica da rede Estadual de Educação de Minas Gerais. Tem desenvolvido pesquisas na área de Divulgação Científica, Educação Não Formal e Astronomia.

Pedro Donizete Colombo Junior, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Docente no Unversidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), atuando junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e ao curso de Licenciatura em Física. Doutor em Ensino de Física pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Ensino de Ciências e Física pelo mesmo programa de Pós-Graduação. É líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Não Formal e Ensino de Ciências (GENFEC). Desenvolve pesquisas nas áreas de Educação, Educação Não Formal e espaços extraescolares, Ensino de Ciências e Divulgação Científica. Dedica-se também a pesquisas na área de formação inicial e continuada de professores.

Referências

Aroca, S. C. (2009). Ensino de física solar em um espaço não formal de educação. Tese (Doutorado em Ciências). Instituto de Física de São Carlos. Universidade de São Paulo, São Carlos, Brasil. Recuperado de https://is.gd/G84H3O

Aroca, S. C., Schiel D., & Silva, C. C. (2008). Fun and interdisciplinary daytime astrophysical activities. Physics Education, 43(6), 613-619. DOI: https://doi.org/10.1088/0031-9120/43/6/008

Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. 3ª reimpressão da 1ª edição. São Paulo: Edições 70.

Barroso, M. C S., Pereira, R. F., Santos Filho, A. P. A., Silva, E. V. A., Santos, J. P. G., & Holanda, F. H. O. (2020). Base Nacional Comum Curricular e as transformações na área das ciências da natureza e tecnologias. Research, Society and Development, 9(2), 1-14. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i2.1985

Brasil. (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio (PCNEM). Parte III - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC. Recuperado de https://bit.ly/2otBuh7

Brasil. (2002). Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+). Ciências da Natureza e Matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC. Recuperado de https://bit.ly/2ouSEej

Brasil. (2006). Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Brasil. Recuperado de https://bit.ly/2NoIyUI

Brasil. (2018). Base Nacional Comum Curricular: Ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Brasil. Recuperado de https://bit.ly/2z6FHwp

Bretones, P. S. (2006). A Astronomia na formação continuada de professores e o papel da racionalidade prática para o tema da observação do céu. Tese (Doutorado em Ciências). Instituto de Geociências. Universidade de Campinas, Campinas, Brasil. Recuperado de https://bit.ly/3eFEnPX

Campagnolo, J. C. N. (2011). O caráter incentivador das olimpíadas de conhecimento: uma análise sobre a visão dos alunos da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica sobre a olimpíada. Monografia (Licenciatura em Física). Universidade estadual de Maringá, Maringá, Brasil. Recuperado de https://bit.ly/32grXrB

Canalle, J. B. G. (2014). Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). In O. T. Matsuura, História da Astronomia no Brasil, Recife: CEPE (v. II, cap. 14, 419 – 449). Recuperado de https://bit.ly/36lCnJv

Canalle, J. B. G., Reis, E., Neto, Nascimento, J. O., Klafke, J. C., Caraviello, T. P., Rojas, G. A., Pessoa, J. B., Filho, & Diaz, M. (2017). Relatório da XIX Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, 1-37. Recuperado de https://bit.ly/2qTSTQL

Canalle, J. B. G., Neto, E. R., Rojas, G. A., Nascimento, J. O., Pessoa Filho, J. B., Klafke, J. C., & Caraviello, T, P. (2019). Relatório da XXII Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, 1-93. Recuperado de https://is.gd/IRotfp

Carvalho, T. F. G., & Pacca, J. L. A. (2013). A importância da observação do céu no cotidiano escolar: o ponto de vista do professor. In XX Simpósio Nacional de Ensino de Física, São Paulo, SP, Brasil, 1-8. Recuperado de https://is.gd/rNh7a6

Colombo Junior, P. D. (2014). Inovações curriculares em ensino de física moderna: investigando uma parceria entre professores e centro de ciências. Tese (Doutorado em Ensino de Física). Instituto de Física e Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, SP, Brasil. Recuperado de https://is.gd/0POKgT

Diniz, L. G., Pedrosa, E. E. P., & Nunes, M. M. (2019). Uma análise OBA com foco na Mecânica. XII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil, 1-7. Recuperado de https://bit.ly/2CPHLu5

Erthal, J. P. C. & Vieira, A. S. (2019). Vinte anos de oba: uma análise da Evolução do exame ao longo dos anos. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, 27, 35-54. DOI: https://doi.org/10.37156/RELEA/2019.27.035

Fontanella, D. & Meglhioratti, F. A. (2016). Educação em Astronomia: contribuições de um curso de formação de professores em um espaço não formal de aprendizagem. Revista Eletrônica de Educação, 10(1), 234-248. DOI: http://dx.doi.org/10.14244/198271991314

Godoy, A. S. (1995). Pesquisa qualitativa: tipos e fundamentos. Revista de Administração de Empresas, 35(3), 20-29. Recuperado de https://bit.ly/2NdrNg8

Gonzatti, S. E. M., Maman, A. S., Borragini, E. F., Kerber, J. C., & Haetinger, W. (2013). Ensino de astronomia: cenários da prática docente no ensino fundamental. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, 16, 27-43. DOI: https://doi.org/10.37156/RELEA/2013.16.027

Kantor, C. A. (2001). A ciência do céu: uma proposta para o ensino médio. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências). Instituto de Física e Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil. Recuperado de https://is.gd/nbRfzc

Langhi, R., & Nardi, R. (2012). Educação em Astronomia: repensando a formação de professores. São Paulo: Escrituras Editora.

Leite, C., Bretones, P. S., Langhi, R., & Bisch, S. M. (2014). Astronomia na educação básica. O ensino de astronomia no Brasil colonial, os programas do Colégio Pedro II, os Parâmetros Curriculares Nacionais e a formação de professores. In O. T. Matsuura, História da Astronomia no Brasil. Recife: CEPE, (v. I, cap. 15, 543-586). Recuperado de https://bit.ly/2Wsy4sL

Marrone Júnior, J., & Trevisan, R. H. (2009). Um perfil da pesquisa em ensino de astronomia no brasil a partir da análise de periódicos de ensino de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 26(3), 547-574. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-7941.2009v26n3p547

Menezes, L. S. L. (2018). A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e sua contribuição para o ensino de astronomia nos anos iniciais do ensino fundamental nas escolas da rede pública de São Bernardo do Campo. Dissertação (Mestrado em Ensino e História das Ciências e Matemática). Universidade Federal do ABC, São Paulo, Brasil. Recuperado de https://bit.ly/2ZDPm84

Oliveira, E., Ens, R. T., Andrade, D. B. S. F., & Musis, C. R. (2003). Análise de conteúdo e pesquisa na área da educação. Revista Diálogo Educacional, 4(9), 11-27. DOI: http://dx.doi.org/10.7213/rde.v4i9.6479

Pereira, N. V.; Oliveira, T. I., Boghi, C., Schimiguel, J., & Shitsuka, D. M. (2017). História da física: uma proposta de ensino a partir da evolução de suas ideias. Research, Society and Development, 4(4), 251-269. DOI: http://dx.doi.org/10.17648/rsd-v4i4.93

Poffo, R. I. M., Voelzke, M. R., & Macêdo, J. A. (2019). Avaliação da aprendizagem de conceitos astronômicos no ensino fundamental. Research, Society and Development, 8(12), 1-20. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v8i12.1527

Rocha, J. F. V., et al. (2003). Olimpíada Brasileira de Astronomia. Caderno Catarinense de Ensino de Física, 20(2), 257 - 270. Recuperado de https://bit.ly/2ZGy3mW

Zárate, J. D. B., Canalle, J. B. G., & Silva, J. M. N. (2009). Análise e classificação das questões das dez primeiras Olimpíadas Brasileiras de Astronomia e Astronáutica. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 26(3), 609 - 624. Recuperado de https://bit.ly/3eNjfHG

Downloads

Publicado

16/08/2020

Como Citar

LEITE, A. C.; COLOMBO JUNIOR, P. D. Olimpíada Brasileira de Astronomia do Ensino Médio: entre textos e contextos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e237997092, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7092. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7092. Acesso em: 29 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais