Unidades de Conservação no Brasil: um enfoque para a Região dos Cocais, no Leste Maranhense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7473

Palavras-chave:

Unidades de Conservação; Região dos Cocais; Gestão ambiental.

Resumo

Diagnósticos das dificuldades encontradas para a criação de Unidades de Conservação (UC) nos estados e municípios ou até mesmo em regiões são extremamente importantes. Assim, neste trabalho fez-se um levantamento do panorama das UC’s do Brasil e no Estado do Maranhão com destaque para a Região dos Cocais. Os procedimentos metodológicos, na primeira fase consistiram no estudo da legislação e nos processos relativos à criação de UC’s e a segunda realizou-se um levantamento no Cadastro Nacional de Unidades Conservação (CNUC). Verificou-se que o Brasil, até o ano de 2019, possui 2.376 UC’s em diferentes categorias distribuídas em todo território nacional, com 1004 criadas pela esfera Federal, 1004 pelos Estados e apenas 368 pelos Municípios. Das 2.376 UC’s apenas 430 (18,1%) apresentam plano de manejo e 1.946 (81,9%) não apresentaram. O Maranhão possui 40 unidades de conservação das quais somente cinco apresentam plano de manejo e destas nenhuma se encontra na Região dos Cocais. Cabe destacar que na Região dos Cocais encontram-se quatro Unidades de Conservação: uma no âmbito Federal (Reserva Particular de Patrimônio Natural: Fazenda Pantanal), uma no âmbito Estadual (Área de Proteção Ambiental: Morro Garapenses) e duas na esfera municipal: Área de Proteção Ambiental Trizidela e Área de Proteção Ambiental Sucupira. Ressalta-se que os planos de manejo são de fundamental importância para a proteção das UC’s, seja na esfera nacional, estadual e municipal. No que tange a Região dos Cocais o Plano de Manejo se torna urgente, principalmente, tendo em vista que a mancha fitogeográfica apresenta valor cultural, social e econômica para a comunidade local.

Biografia do Autor

Beatriz Bacelar Barbosa, Universidade Estadual do Maranhão

Bióloga pelo Instituto Federal de Educação, Ciência  e  Tecnologia  do  Maranhão, Campus Timon-Maranhão, IFMA, Especialista em Ciências Ambientais e Conservação da Natureza pela Faculdade do Médio Parnaíba. FAMEP-PI, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ambiente e Saúde –PPGBAS pelo CESC/UEMA.

Cristiano Jackson da Costa Coelho, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão

Professor do Instituto Federal de  Educação,  Ciência  e  Tecnologia  do  Maranhão. Bacharel   em Ciências Aquáticas na  UFMA.  Licenciado em Informática no  IFMA. Mestre em Sustentabilidade de Ecossistemas na UFMA. Doutor em Biotecnologia pelo RENORBIO ponto focal na UFPI.

Lorran André Moraes, Universidade Federal do Piauí

Doutorando em Desenvolvimento e Meio Ambiente -UFPI. Mestre em Biodiversdiade, Saúde e Meio Ambiente -UEMA. Bi-graduado em Ciências Biologicas UFPI/UESPI.

Leilson Alves dos Santos, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorado em Geografia (em andamento) pelo Instituto de Geociências - UFMG. Graduado em Geografia (Licenciatura) pela Universidade Federal do Piaui. Mestre em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais IGC/UFMG. Especialista em Gestão Ambiental (UESPI). Foi professor substituto na Universidade Estadual do Maranhão lotado no Departamento de História e Geografia e professor tutor no curso de Geografia, modalidade à distância, na Universidade Federal do Piauí

Referências

Alho, C. J. R. (2012). Importância da biodiversidade para a saúde humana: uma perspectiva ecológica. Estudos avançados. 26(74), 151-165.

Araújo, R. C. S., Lima, G. S., Sousa, P. O., Carvalho, J. A. R., &. Rocha, T. L. (2019a). Entomofauna da Área de Proteção Ambiental Morros Garapenses: Conhecimento e Educação Ambiental. Revista Brasileira de Meio Ambiente, 7(2), 50-60.

Araújo, R. C. S., Sousa, P. O., Lima, G. S., Carvalho, J. A. R., &. Rocha, T. L. (2019b). A utilização da APA Morros Garapenses como ferramenta didática no curso de Ciências Biológicas. Revista Brasileira de Meio Ambiente, 7(2), 40-49.

Barroso, G. C. R., Brito, M. V., Souza, S. R. C., & Mendes, L. L. (2019). Percepção ambiental da comunidade Arain sobre a Área de Proteção Ambiental Morros Garapenses, Coelho Neto, Maranhão, Brasil. Anais... In: VI CONEDU – Congresso Nacional de Educação, Campina Grande: Realize Editora. Recuperado de: <https://www.editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/61952>.

Costa, F. W. D. (2016). Áreas protegidas e legislação ambiental: uma abordagem sobre a gestão de unidades de conservação no Maranhão. Anais... In: XVIII Encontro Nacional de geógrafos, São Luiz -MA. Recuperado de: http://www.eng2016.agb.org.br/resources/anais/7/1467164001_ARQUIVO_AREASPROTEGIDASELEGISLACAOAMBIENTALumaabordagemsobreagestaodeUnidadesdeConservacaonoMaranhao.pdf.

Bertzky, B., Corrigan, C., Kemsey, J., Kenney, s., Ravilious, C., Besançon, C., & Burgess, N. (2012). Protected Planet Report 2012: Tracking progress towards global targets for protected areas. ed. IUCN. IUCN and UNEP-WCMC, Cambridge, UK.

Bilar, A. B. C., & Pimentel, R. M. M. (2020). Participação da comunidade na gestão e em ações de proteção da biodiversidade vegetal em áreas protegidas. Desenvolvimento e meio ambiente. 53, 151-166.

Brasil, Decreto Nº 5.758, de 13 de abril de 2006. Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas – PNAP. Recuperado de: http://www.mma.gov.br/estruturas/205/_arquivos/planonacionaareasprotegidas_205.pdf.

Brasil, Lei No 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm.

Brasil, Ministério do Desenvolvimento Agrário-MDA. (2010). Plano Territorial de Desenvolvimento rural sustentável- Território do Cocais. São Luís – MA. Recuperado de: http://sit.mda.gov.br/download/ptdrs/ptdrs_qua_territorio034.pdf.

Brasil, Ministério do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos e da Amazônia legal. (1999). Portaria nº 21 de 23 de fevereiro de 1999. Recuperado de: http://sistemas.icmbio.gov.br/simrppn/publico/detalhe/287/.

Brasil. Ministério do Meio Ambiente. (2019). Roteiro para criação de unidades de conservação municipais [recurso eletrônico] / Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade, Departamento de Áreas protegidas - Brasília, DF: MMA.

Coelho, H. A., & Rezende, E. N. (2016). A efetiva implantação das unidades de conversação ambiental por meio da desapropriação. Revista do Direito Público, Londrina, 11(2), 165-195.

Correia, F. P. (2011). Estado do maranhão e sua política de proteção ambiental. In: V Jornada Internacional de Políticas Públicas. São Luís. Anais. São Luís: UFMA. Recuperado de: http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2011/CdVjornada.

De Groot, R. S., Wilson, M. A., & Boumans, R. M. J. (2002). A typology for the classification, description and valuation of ecosystem functions, goods and services. Ecological Economics, 41(3), 393-408.

Derani, C. (2001). Direito ambiental econômico. 2ª ed. rev. São Paulo: Max Limonad. A estrutura do sistema nacional de unidades de conservação – lei nº 9.985/2000. In: Direito ambiental das áreas protegidas – o regime jurídico das unidades de conservação. Coord. Antônio Herman Benjamin. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Drummond, B., Pereira, P. A., & Fernandes, A. S. (2017). O olhar para o potencial turístico como elemento agregador em estudos de criação de Unidade de Conservação. Caderno Virtual de Turismo. Rio de Janeiro, 17(1), 16-29.

Prefeitura Municipal de Codó, PMC. (2018). Em noite de festa em Codó, autoridades inauguram Parque Ambiental da Trizidela». 11 de setembro de 2018. Recuperado de: http://www.codo.ma.gov.br/portal/em-noite-de-festa-em-codo-autoridades-inauguram-parque-ambiental-da-trizidela/.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA. (2016). Conservação da biodiversidade do estado do Maranhão: cenário atual em dados geoespaciais. Luciana Spinelli-Araújo... [et al.]. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente.

Esteves, A. O., & Souza, M. P. (2014). Avaliação Ambiental Estratégica e as Áreas de Proteção Ambiental. Engenharia Sanitária Ambiental, edição especial.

Ferreira, J., Aragão, L. E. O. C., Barlow, J., Barreto, P., Berenguer, E., Bustamante, M., Gardner, T. A., Lees, A. C., Lima, A., Louzada, J., Pardini, R., Parry, L., Peres, C.A., Pompeu, P. S., Tabarelli, M., & Zuanon, J. (2014). Brazil's environmental leadership at risk. Science 346, 706-707.

Ferrera, A. J. A. (2008). Políticas territoriais e a reorganização do espaço maranhense. Tese (Doutorado em Geografia) – Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo.

Fonseca, M, Lamas, I., & kasecker, T. O. (2010). Papel das unidades de conservação. Scientific American Brasil. 39(1), 18-23.

Guimarães, E. (2020). Benefícios das Unidades de Conservação municipais para a sociedade. SOS Mata Atlântica. Recuperado de: https://www.sosma.org.br/artigo/beneficios-das-unidades-de-conservacao-municipais-para-sociedade/.

Instituto Brasileiro de geografia e estatística - IBGE. (2010). Dados da População Estimada e Área da Unidade Territorial e mapas. 2010. Recuperado de: http://www.ibge.gov.br/cidadesat.

Lima, P. C. A. de., & Franco, J. L. A. (2014). As RPPNS como estratégia para a conservação da biodiversidade: o caso da chapada dos veadeiros. Sociedade & Natureza, Uberlândia, 26(1), 113-125.

Lopes, M. da S. (2018). Análise da criação APA Municipal Sucupira no município de Timon-MA. Trabalho de Conclusão do Curso (Graduação em Ciências Biológicas). Instituto Federal do Maranhão, Campus Timon.

Machado, F. C.; Matos, A. A., & Carvalho Neta, R. N. F. (2015). Área de Proteção Ambiental dos Morros Garapenses: participação popular e gestão ambiental. In: CARVALHO NETA, R. N. F (org.) Áreas de proteção ambiental no Maranhão: situação atual e estratégias de manejo. São Luís: UEMA.

Maranhão. (2008). Decreto n. 25.087 de 31 de dezembro de 2008. Cria a Área de Proteção Ambiental dos Morros Garapeneses, com limite que especifica e dá outras providências. Diário oficial do Estado do Maranhão, 31 de dezembro de 2008.

Maranhão. (2017). Decreto n. 4.113, de 27 de março de 2017: altera o Decreto n. 4.091, de 16 de agosto de 2016 de criação da Área de Proteção Ambiental Trizidela. Diário Oficial do Estado do Maranhão, 04 de abril de 2017.

Maranhão. (2017). Decreto n. 077, de 09 de novembro de 2017. Cria Área de Proteção Ambiental Sucupira. Diário oficial do Estado do Maranhão, 09 de novembro de 2017.

Maranhão. (2018). Regiões de desenvolvimento do estado do maranhão proposta avançada. Instituto maranhense de estudos socioeconômicos e cartográficos – IMESC. Diretoria de estudos ambientais e cartográficos – DEAC.

Oliveira, J. C. C., & Barbosa, J. H. C. (2010). Roteiro para criação de unidades de conservação municipais. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente.

Pereira, D. E. S. (2015). O dever de participação na proteção em matéria ambiental na legislação brasileira. Revista Eletrônica Direito e Política, Itajaí, v.10, n.1, 2015. Recuperado de: em: www.univali.br/direitoepolitica.

Piedade, F. O. (2013). Legislação ambiental e a gestão de unidades de conservação. Revista Direito Ambiental e sociedade, 3(2), 175-189.

Ptdrs. (2020). Plano territorial de desenvolvimento rural sustentável: Território Cocais. Programa de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais (PRONAT), Ministério de Desenvolvimento Agrário por meio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial. São Luís/MA.

Santos, A. P. S., Morais, L. C. F., & Araújo, R. R. (2017). Risco e vulnerabilidade da biodiversidade maranhense relacionados ao clima. XVII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada. I Congresso Nacional de Geografia Física. Anais... Campinas, São Paulo.

Scalco, R. F., & Souza, D. E. de. (2018). Área de Proteção Ambiental Estadual das Águas Vertentes: instrumentos de gestão e potencial turístico. Caderno Virtual de Turismo. 18(3), 22-43.

Soares-Filho, B., Moutinho, P., Nepstad, D., Anderson, A., Rodrigues, H., Garcia, R., Dietzsch, L., Merry, F., Bowman, M., Hissa, L., & Silvestrini, R., Maretti, C. (2010). Role of Brazilian Amazon protected areas in climate change mitigation. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 107, 10821-10826.

Woodley, S., Mackinnon, K., Mccann, S., Pither, R., Prior, K., Salafsky, N., Lindenmayer, D., 2015. Managing protected areas for biological diversity and ecosystem functions. In Protected Area Governance and Management. eds G.L. Worboys, M. Lockwood, A. Kothari, S. Feary, I. Pulsford. ANU Press, Canberra.

Downloads

Publicado

30/08/2020

Como Citar

BARBOSA, B. B.; COELHO, C. J. da C. .; MORAES, L. A. .; SANTOS, L. A. dos . Unidades de Conservação no Brasil: um enfoque para a Região dos Cocais, no Leste Maranhense. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e568997473, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7473. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7473. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas