Elaboração e caracterização físico-química de cookie adicionado de farinha da vagem de algaroba (Prosopis juliflora)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7488Palavras-chave:
Alimento funcional; Semiárido brasileiro; Glúten.Resumo
A algarobeira (Prosopis juliflora), é uma das espécies mais abundantes no semiárido brasileiro. Suas vagens recebem o nome de algaroba e possuem doce sabor e aroma, devido o elevador teor de sacarose, além disso, são uma fonte rica em fibras que podem ser utilizadas como matéria-prima para a elaboração de uma série de produtos alimentícios e inovações tecnológicas. Diante disso, objetivou-se a elaboração e caracterização físico-química de diferentes formulações de cookies adicionados de farinha da algaroba. Para isso, elaborou-se a farinha da algaroba e em seguida três formulações de cookies, sendo: CC: cookie controle sem farinha da algaroba, C10 e C20, cookie com 10% e 20% da farinha da algaroba, respectivamente. As análises físico-químicas realizadas foram umidade, cinzas, acidez, pH e atividade de água nos cookies elaborados. Os resultados apresentaram teor de umidade de 1,17; 2,51 e 1,94%, teor de cinzas de 1,48; 1,5 e 1,66%, acidez de 0,22; 0,18 e 0,23%, pH de 6,5; 6,7 e 7,4 e atividade de água de 0,1860; 0,2790 e 0,2420 para o CC, C10 e C20, respectivamente. Conclui-se que os cookies apresentaram resultados físico-químicos satisfatórios quando comparados com a legislação brasileira. Também vale ressaltar que a utilização da farinha da algaroba mostra-se promissora na elaboração de cookies.
Referências
Association Of Official Agricultural Chemists - AOAC. (2016). Official methods of analysis of the Association Analytical Chemists. (20a ed.), Gaithersburg: Maryland.
Azevedo, A. V. S., Ribeiro, M. V. S., Fonseca, M. T. S., Gusmão, T. A. S., & de Gusmão, R. P. (2015). Avaliação física, físico-química e sensorial de cookies enriquecidos com farinha de açaí. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 10(4), 35.
Barbosa-Cánovas, G. V., Fernández-Molina, J. J., Alzamora, S. M., Tapia, M. S., López-Malo, A., Chanes, J. W. (2003). Handling and preservation of fruits and vegetables by combined methods for rural areas: technical manual (No. 149). Food & Agriculture Org.
Baptista, A. T. A., Silva, M. O., Bergamasco, R., & Vieira, A. M. S. (2012). Avaliação físico-química e sensorial de biscoitos tipo cookies elaborados com folha de Moringa oleífera. Boletim do Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos, 30(1), 65-74.
Brasil. (2005). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 263 de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos, farinhas e farelos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2005.
Cecchi, H. M. Fundamentos Teóricos e Práticos em análise de alimentos. (2003). (2a ed). Campinas, SP. Editora da Unicamp.
Dias, B. F., Santana, G. S., Pinto, E. G., & Oliveira, C. F. D. (2016). Caracterização fisíco-química e análise microbiológica de cookie de farinha de aveia. Journal of Neotropical Agriculture, 3(3), 10-14.
El-Sayd, N. I., & Makawy, M. M. (2010). Comparison of methods for determination of moisture in food. Research Journal of Agriculture and Biological Sciences, 6(6), 906-911.
Fennema, O. R. (2000). Química de los alimentos. (2a ed.) Zaragoza: Acribia, 19-110.
Garcia-Amoedo, L. H., & Almeida-Muradian, L. B. D. (2002). Comparação de metodologias para a determinação de umidade em geléia real. Química Nova, 25(4), 676-679.
Gusmão, R. P., Gusmão, T. A. S., Moura, H. V., Duarte, M. E. M., & Cavalcanti-Mata, M. E. R. M. (2018). Caracterização tecnológica de cookies produzidos com diferentes concentrações de farinha de algaroba durante armazenamento por 120 dias. Brazilian Journal of Foof Technology, 21, 1-9.
Instituto Adolfo Lutz. (2008). Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz: métodos químicos e físicos para análise de alimentos. (3a ed.) São Paulo: IAL. 1985.
Maciel, L. M. B., Pontes, D. F., & Rodrigues, M. D. C. P. (2008). Effect of the addition of flaxseed meal of biscuits type in processing cracker/Efeito da adicao de farinha de linhaca no processamento de biscoito tipo cracker. Alimentos e Nutricao (Brazilian Journal of Food and Nutrition), 19(4), 385-393.
Madrona, G. S., & de Almeida, A. M. (2008). Elaboração de biscoitos tipo cookie à base de okara e aveia. Revista Tecnológica, 17(1), 61-72.
Moura Neto, G. L. (2016). Preparação e aplicação de revestimento comestível em laranjas cv. Valencia delta à partir de galactomanano de sementes de algaroba (Prosopis juliflora SW). Tese de Doutorado, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil.
Nascimento, A. P. S., Lima, A. K. S., Cavalcanti, C. F., & Gusmão, R. P. (2015). Cinética de secagem de vagens de algaroba (Prosopis juliflora SW). Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 10(5), 115-119.
Ribasi, J. (2000) Influência da algaroba [Prosopis juliflora (SW.) DC.) sobre a disponibilidade e qualidade da forragem de campim-bufél /Cenchrus ciliaris] na região semi-árida brasileira. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Paraná, Paraná, Brasil.
Rosolen, M. D., Bresciani, L., Sprandel, C. L., Spader, M., Klein, Â. L., & Wolmuth, J. O. M. (2018). Biscoitos Tipo Cookies Desenvolvidos a Partir de Farinha de Casca de Laranja. Revista Destaques Acadêmicos, 10(4).
Sarantópoulos, C. I. G. L., Oliveira, L. M., & Canavesi, E. (2001). Requisitos de conservação de alimentos em embalagens flexíveis. 213.
Silva, C. G. M. D., Melo Filho, A. B. D., Pires, E. F., & Stamford, T. L. M. (2007). Caracterização físico-química e microbiológica da farinha de algaroba (Prosopis juliflora (Sw.) DC). Food Science and Technology, 27(4), 733-736.
Silva, J. A. (2000). Tópicos da tecnologia dos alimentos. São Paulo: Varela.
Silva, J. B. D., Bora, P. S., & Queiroga Neto, V. (1997). Caracterização de propriedades funcionais do isolado protéico de sementes de algaroba (Prosopis juliflora (SW) DC). modificado por acetilação. Food Science and Technology, 17(3), 263-269.
Silva, S. A. D., Souza, A. G., Conceição, M. M. D., Alencar, A. L., Prasad, S., & Cavalheiro, J. M. O. (2001). Estudo termogravimétrico e calorimétrico da algaroba. Química Nova, 24(4), 460-464.
Silva, S. R., Pinto, E. G., & Soares, D. (2018). Biscoito Tipo Cookie de Farinha de Amêndoa de Pequi: Avaliação Física e Química. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, 15(27), 1401.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Rayane Moraes de Melo; Maria Wênia Ribeiro Xavier; Ismaelly Liberalino do Nascimento; Edson Douglas Silva Pontes; Joice Cristina da Silva Andrade; Paloma Barbosa do Nascimento; Jaielison Yandro Pereira da Silva; Vanessa Bordin Viera
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.