Ensaio Ensaio: uma reflexão sobre as consequências da modernidade, o movimento do sujeito das massas, a sociedade em rede e a engenharia do caos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7635Palavras-chave:
Sociedade moderna; Movimentos políticos; Exploração das massas; Engenheiros do caos.Resumo
Este ensaio analisa os vínculos que relacionam os movimentos políticos recentes, vivenciados em várias partes do globo, com os quais veem-se identificados políticos populistas e movimentos intitulados de Direita ou Extrema Direita, que se fortaleceram ao longo dos últimos 20 anos, relacionando-os com as consequências da modernidade e com o surgimento do movimento denominado de “engenharia do caos”. O problema é investigar quais os vínculos desses movimentos, destacados na obra de Da Empoli (2019) - “Os Engenheiros do Caos”, com as consequências da modernidade e o sujeito das massas? E subsidiariamente, como objetivo, encontrar um fio condutor com o qual se possa correlacionar as consequências da modernidade com o movimento da engenharia do caos, os movimentos das massas e a utilização das Fake News como artefato político. A pesquisa tem natureza descritiva partindo de dados secundários. Como resultado constata-se que o advento da modernidade, incorporou um sujeito das massas (desencaixado e líquido) como categoria de análise, estabelecido em uma sociedade interligada em rede e com um novo momento de participação do sujeito, agora acolhido pelas massas. Esse sentimento, de acolhimento e participação, passou a ser explorado pelo que Da Empoli (2019) denominou de “engenheiros do caos”, tornando-se um agente poderoso capaz de espalhar Fake News e despertar o furor das massas, contra o Estado e as instituições democráticas.
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