O processo de envelhecimento na formação do mundo ocidental: uma análise dos entrelaçamentos culturais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7638Palavras-chave:
Envelhecimento; Cultura; Ocidente.Resumo
A formação cultural de cada época é matéria-prima importante para a compreensão social, embora a origem remota das fontes seja permeada pela imprecisão pragmática. Neste texto, com revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, buscamos compreender o processo de envelhecimento, por meio do exame de algumas das principais obras da chamada “Idade Antiga”, que abrange a Antiguidade Greco-Romana, a tradição hebraica e, finalmente, o entrecruzamento dessas duas vertentes na Idade Média, a partir de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Como processo, a velhice pode ser examinada do ponto de vista racional e transcendente. O foco da investigação encontra-se nas principais obras de cada período com ênfase na percepção da velhice pelos autores – livros de Platão, Aristóteles, Cícero e Sêneca na Antiguidade Greco-Romana; a Bíblia na tradição judaico-cristã; as obras de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino na Idade Média. Evidentemente, não se busca esgotar as possibilidades de abordagem histórica da temática, pois cada período possui outras nuances e subdivisões temporais. No entanto, é possível fomentar reflexões sobre o modo de vida do idoso, com elementos particulares desde a formação do Ocidente, situando-o em perspectiva que considere a pluralidade de assimilações e o idoso como sujeito ativo nos entrelaçamentos culturais.
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