Medidas de erros durante jogos de dardos virtual e real em pacientes com Acidente Vascular Cerebral: implicações para reabilitação neurológica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7653Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral; Fisioterapia; Terapia de exposição à realidade virtual.Resumo
Objetivo: Realizar uma análise comparativa de medidas de erros após o treino com jogos de dardos virtual e real. Metodologia: Participaram do estudo 15 pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC) (10 homens) e 12 indivíduos saudáveis (7 homens). O jogo virtual utilizado foi o Kinect Sports do Xbox 360 Kinect®. Os participantes realizaram 15 tentativas em cada jogo. Foram calculados os erros absoluto (EA), constante (EC) e variável (EV). Os dados foram analisados pela ANOVA. Resultados: Quanto ao EA observou-se diferença significativa entre os pacientes e saudáveis no jogo virtual (p=0,003) e no jogo real (p= 0,0001). Também houve diferença do EA entre os jogos virtual e real para os pacientes (p= 0,0001). No EC não foi encontrada diferença significativa entre pacientes e saudáveis no jogo virtual (p=0,355) e no jogo real (p= 0,544). Também não houve diferença do EC entre os jogos virtual e real para os pacientes (p= 0,452). Pela análise do EV não foi verificada diferença significativa entre pacientes e saudáveis no jogo virtual (p=0,406), mas houve no jogo real (p= 0,0001). Não houve diferença significativa do EV entre os jogos virtual e real para os pacientes (p= 0,579). Conclusão: Os resultados encontrados indicaram que os pacientes tiveram menor precisão, maior consistência de erros e menor variabilidade do desempenho. O jogo virtual proporcionou melhores resultados para os pacientes em comparação ao jogo real, o que pode ser de significativa importância para o planejamento da reabilitação motora dos pacientes com AVC.
Referências
Briggs, R. & O'Neill, D. (2016). Chronic Stroke Disease. Br J Hosp Med (Lond), 77(5), C66-9.
Costa, H., Fernandes, A., Oliveira, D., Brasileiro, J., Ribeiro, T., Vieira, E. & Campos, T. (2019). Intergame Analysis of Upper Limb Biomechanics of Stroke Patients in Real And Virtual Environment. In Mediterranean Conference on Medical and Biological Engineering and Computing. Springer, Cham, 610-17.
Elliott, D, Hansen, S., Grierson, L. E., Lyons, J., Bennett, S. J. & Hayes, S. J. (2010). Goal-Directed Aiming: Two Components but Multiple Processes. Psychological Bulletin, 136(6), 1023-44.
Godinho, M., Mendes, R., Melo, F., Matos, R., Barreiros, J. (2011). Controlo Motor e Aprendizagem: Trabalhos Práticos. 3. ed. Cruz Quebrada: Faculdade de Motricidade Humana Serviço de Edições.
Howard, M. C. (2017). A Meta-Analysis and Systematic Literature Review of Virtual Reality Rehabilitation Programs. Comput Hum Behav, 70, 317-27.
Lee, K. B., Lim, S. H., Kim, K. H., Kim, K. J., Kim, Y. R., Chang, W. N., Yeom J. W., Kim, Y. D. & Hwang, B. Y. (2015). Six-Month Functional Recovery of Stroke Patients: A Multi-Time-Point Study. Int J Rehabil Res, 38(2),173-80.
Lyden, P. (2017). Using the National Institutes of Health Stroke Scale: A Cautionary Tale. Stroke, 48(2), 513-19.
Maki, T., Quagliato, E. M. A. B., Cacho, E. W. A., Paz, L. P. S., Nascimento, N. H., Inoue, M. M. E. A. & Viana, M. A. (2006). Estudo de Confiabilidade da Aplicação da Escala de Fugl-Meyer no Brasil. Rev Bras Fisioter, 10(2), 177-83.
Massetti, T., da Silva. T. D., Crocetta, T. B., Guarnieri, R., de Freitas, B. L., Bianchi Lopes, P., Watson, S., Tonks, J. & de Mello Monteiro, C. B. (2018). The Clinical Utility of Virtual Reality in Neurorehabilitation: A Systematic Review. Cent Nerv Syst Dis, 27(10),1179573518813541.
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em:
Pieruccini-Faria, F., Martens, K. A. E., Silveira, C. R., Jones, J. A. & Almeida, Q. J. (2014). Interactions Between Cognitive and Sensory Load while Planning and Controlling Complex Gait Adaptations in Parkinson’s Disease. BMC Neurology, 14, 250.
Ramos-Lima, M. J. M., Brasileiro, I. C., Lima, T. L. & Braga-Neto, P. (2018). Quality of Life after Stroke: Impact of Clinical and Sociodemographic Factors. Clinics (Sao Paulo), 8(73), e418.
Saposnik, G. & Levin, M. (2011). Virtual Reality in Stroke Rehabilitation: A Meta-Analysis and Implications for Clinicians. Stroke, 42, 1380-86.
Sardi, M. D., Schuster, R. C. & Alvarenga, L. F. C. (2012). Efeitos da Realidade Virtual em Hemiparéticos Crônicos Pós Acidente Vascular Encefálico. RBCS, 10(32), 29-35.
Schmidt, R. A. & Lee, T. D. (2016). Aprendizagem E Performance Motora: Dos Princípios À Aplicação. 5. ed. Porto Alegre: Artmed.
Soares, B.R., Souza, B. M., da Silva, K. C. C., Figueredo, R. C., Gonçalves, D. C. & Chaves, T. V. P. (2020). A Realidade Virtual na Reabilitação do Paciente com Sequelas de Acidente Vascular Encefálico: Uma Revisão Bibliográfica. RSD, 9(8), e734986253.
Southerland, A. M. (2017). Clinical Evaluation of the Patient with Acute Stroke. Continuum (Minneap Minn), 23(1, Cerebrovascular Disease), 40-61.
Subramanian, S. K., Baniña, M. C., Sambasivan, K., Haentjens, K., Finestone, H. M., Sveistrup, H. & Levin, M. F. (2020). Motor-Equivalent Intersegmental Coordination is Impaired in Chronic Stroke. Neurorehabil Neural Repair, 34, 210-21.
Subramanian, S. K., Lourenco, C. B., Chilingaryan, G., Sveistrup, H. & Levin, M. F. (2013). Arm Motor Recovery Using a Virtual Reality Intervention in Chronic Stroke: Randomized Control Trial. Neurorehabil Neural Repair, 27, 13-23.
World Health Organization. (2019). Health topics - Stroke, Cerebrovascular accident. Disponível em: <http://www.who.int/topics/ cerebrovascular_accident/en/>. Acesso em: 14 maio 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Sayara Cristina Batista da Cruz; Lorenna Raquel Dantas de Macedo Borges; Jacilda Oliveira dos Passos; Débora Carvalho de Oliveira; Aline Braga Galvão Silveira Fernandes; Tania Fernandes Campos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.