Violência sofrida por enfermeiros do atendimento pré-hospitalar em áreas de risco ou conflito urbano
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7787Palavras-chave:
Serviços médicos de emergência; Cuidados de enfermagem; Saúde do trabalhador; Violência com arma de fogo; Tráfico de drogas.Resumo
Objetivo: identificar situações de violência sofridas por enfermeiros do atendimento pré-hospitalar em áreas de risco ou conflito urbano. Método: estudo de natureza qualitativa, a partir de instrumento sobre violência no trabalho formulado pelos pesquisadores e utilização da Janela de Johari para representação dos resultados. A coleta de dados ocorreu em 14 unidades de atendimento pré-hospitalar, com a participação de 67 enfermeiros. Resultados: identificou-se que 80,6% (n=54) dos participantes foram vítimas de ameaça por criminosos, sendo 90,7% (n=49) com presenças de arma de fogo, principalmente fuzis. Dos participantes 76,1% (n=51) relataram que já foram impedidos de realizar atendimentos por criminosos ou por ameaças de violência, em decorrência de trocas de tiro, barricadas e proibição da entrada das equipes de saúde nas comunidades. Os participantes referiram sentir muito medo, estresse, insegurança, angústia e taquicardia durante o trabalho no atendimento pré-hospitalar, recorrendo a crenças religiosas para proteção. Conclusão: o estudo permitiu identificar que os enfermeiros do atendimento pré-hospitalar estão trabalhando em áreas de risco ou conflito urbano sob o poder do narcotráfico, sendo ameaçados com armas de fogo e impedidos de realizarem socorro por ameaças de violência, trocas de tiro, barricadas e proibição por integrantes do tráfico de drogas.
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