Dieta ofertada a recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva neonatal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.7846Palavras-chave:
Aleitamento materno; Nutrição enteral; Transtornos da nutrição do lactente.Resumo
O objetivo do presente estudo foi verificar o perfil da dieta ofertada a RNs internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Trata-se de um estudo longitudinal, quantitativo com análise descritiva dos dados, desenvolvido com RNs internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal localizada no Rio Grande do Norte-Brasil. Os RNs foram acompanhados a partir de uma ficha nutricional que contemplava as suas características gerais e antropométricas, bem como informações sobre a dieta ofertada durante o período de internação hospitalar. Foram incluídos no estudo 76 RNs. Entre as principais causas de internamento estavam afecções respiratórias e prematuridade. No dia da admissão, a via enteral foi a mais utilizada para administrar a alimentação aos RNs (63,1%), sendo ofertado o leite humano pasteurizado ou ordenhado da própria mãe (57,9%), e não houve adequação da ingestão energética pela dieta. Posteriormente, ao longo da permanência hospitalar, estima-se que houve adequação do aporte energético ofertado a 72,4% dos RNs. Nesse momento, a via de administração mais prevalente foi a oral (43,7%), sendo o leite materno o alimento predominante (85,5%). Já no momento da alta hospitalar, a maioria dos RNs estava em aleitamento materno exclusivo ao seio (65,8%). A evolução dietética visou o alcance do aleitamento materno exclusivo ao seio pelos RNs, favorecendo a via oral e o aporte energético-nutricional necessário à recuperação dos pacientes até a alta. Sugere-se a realização de estudos que quantifiquem a ingestão energética através da amamentação exclusiva ao seio para uma predição ajustada da ingestão energético-nutricional pelos RNs.
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