Nutrição inovadora: carne de rã-touro liofilizada e pulverizada para utilização como suplemento alimentar
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.7849Palavras-chave:
Alimento funcional; Carne de rã-touro; Suplemento proteico; Inovação tecnológica; Nutrição humana.Resumo
Os alimentos funcionais têm despertado interesse dos consumidores, que buscam, além da sua função básica de nutrir, benefícios adicionais à saúde. O alto valor biológico da carne de rã-touro, o baixo teor de gorduras e a biodisponibilidade de cálcio, indicam sua utilização como um alimento funcional. Visando a praticidade e a viabilidade de conservação, principalmente em situações estratégicas, o presente trabalho teve por objetivo desenvolver uma técnica para obter um suplemento alimentar com carne de rã-touro em pó, por meio de moagem, liofilização e pulverização. Os resultados nutricionais, microbiológicos e físico-químicos realizados demonstraram que esta tecnologia é viável para a realização do desenvolvimento sustentável e econômico, uma vez que manteve a integridade celular, apresentando semelhança com a composição da carne de rã-touro in natura, além de ampliar sua utilização no tempo, por pelo menos oito meses, para consumo humano, conforme controle de qualidade realizado, gerando um produto inovador para futuras utilizações industriais. Como alimento funcional estará disponível em formas mais conserváveis, como encapsulamentos e embalagens à seco. Portanto, foi elaborado um produto com a promessa de ser um excelente suplemento, podendo suprir carência nutricional pela qualidade de sua proteína, além de ser uma base proteica de fácil transporte e consumo, com segurança do alimento.
Referências
AOAC. (2005). Official methods of analysis of the Association Analytical Chemists. 18.ed. Gaithersburg, Maryland.
Brasil. (2005). Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa. (2005). Regulamento técnico sobre a ingestão diária recomendada (IDR) de proteína, vitaminas e minerais (Resolução RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005). Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
Brasil. (2001). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 12 de 2 de janeiro de 2001. Disponível em: . Brasília: 2001. Acesso em: 12 de agosto de 2020.
Brasil. (2010). Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA). Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação Adequada no Brasil. Braília. Ministério da Saúde.
Brasil. (2004). RESOLUÇÃO-RDC N° 216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 16 de setembro de 2004.
Celestino, S. M. C. (2010). Princípios de Secagem de Alimentos. Embrapa Cerrados, Planaltina. 2010.
Chapaval, L.et al. (2009). Cultura, crescimento e identificação de bactérias do gênero staphylococcus aureus em leite de cabra. Circula técnica 41, on line, Sobral: Embrapa caprinos e ovinos, 5 p.
Feix, R. D.; Abdallah, P. R.; Figueiredo, M.R.C. (2006). Resultado econômico da criação de rã em regiões de clima temperado, Brasil. Informações econômicas, São Paulo, vol 36, n. 3. P: 70-80.
Fidelis, I. M. G. (2004). Qualidade proteica e biodisponibilidade de ferro e cálcio em carne de rã-touro (Rana catesbeiana, Shaw 1802). 2004. 107f. [dissertação de mestrado]. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa.
Fragoso, S. P. (2012). Avaliação de características físico-químicas da carne de rã-touro (Lithobates catesbeianus) liofilizada de pigmentação normal e albina. 2012.89f. (Dissertação de Mestrado). Bananeiras. Universidade Federal da Paraíba.
Gonçalves, A. A. & Otta, M. C. M. (2008). Aproveitamento da carne da carcaça de rã-touro gigante no desenvolvimento de hambúrguer. Revista Brasileira de. Engenharia de Pesca. v. 3, n. 2. p: 8-15.
Goodman, D.; Sorj, B.; Wilkinson, J. (2008) Da lavoura às biotecnologias: agricultura e indústria no sistema internacional [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais,. 204 p.
Hoffmann, R. (2004). Determinantes da Insegurança Alimentar no Brasil: Análise dos Dados da PNAD de 2004. Revista de Nutrição, v. 15. n.1 p:49-61.
Ide, L. K. (2017) Ampliação da utilização da carcaça de rã-touro com introdução na culinária asiática. 104p. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Local). Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro, 2017.
Larsen, T. et al. (2000). Whole small fish as a rich calcium source. British Journal of Nutrition, v.3, p.191-196.
Nascimento, R.; Mello, S. C. R. P.; Seixas Filho, J. T. (2017). Manual prático para criação de rãs com reuso de água: girinagem e metamorfose. Rio de Janeiro: SUAM, 82 p.
Noll, I. B. & Lindau, C.F. (1987). Aspectos da composição em nutrientes da carne de rã–touro gigante (Rana catesbeiana). Porto Alegre. Cadernos de Farmácia, v.3, n.1/2, p.29-36.
Oliveira, T. C. (2007). Potencial alergênico da carne de rã submetida a diferentes. processamentos. 2007. 91f. [Dissertação de Mestrado] Universidade Federal de Viçosa.
Seixas Filho, J. T.; Pereira, M. M.; Mello, S. C. R. P. (2017). Manual de Ranicultura para o Produtor. Rio de Janeiro: Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj). 155 p.
Terroni, H. C. et al. (2013) Liofilização. Revista Científica UNILAGO. 2013. Disponível em: http://www.unilago.edu.br/revista/edicaoanterior/Sumario/2013/downloads/2013/LIOFILIZA%C3%87%C3%83O.pdf. Acesso em: 05 agosto de 2020.
Veit, J. C. et al. (2012). A. Desenvolvimento e caracterização de bolos de chocolate e de cenoura com filé de Tilápia do Nilo (Oreochromis Niloticus). Araraquara, Alimento e Nutrição, v. 23, n. 3, p. 427-433.
Vidal, A.M. et al., A ingestão de alimentos funcionais e sua contribuição para a diminuição da incidência de doenças. Aracaju. Cadernos de Graduação. v. 1, n.15, p. 43-52.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Renata Sacramento Lopes; José Teixeira de Seixas Filho; Sílvia Conceição Reis Pereira Mello; Eliane Rodrigues; Lucas Rangel Luquez
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.