A visita familiar como processo proximal no desenvolvimento de crianças em acolhimento institucional
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8245Palavras-chave:
Visita familiar; Processo proximal; Criança institucionalizada.Resumo
Descreveu-se aspectos das interações sociais observadas durante a visita familiar, analisando-os a partir do conceito de processo proximal do Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano. Participaram cinco crianças de instituições de acolhimento e seus familiares. Realizaram-se entrevistas e observação das interações. Verificou-se que os processos proximais de competência parecem estar relacionados à forma como as crianças mantiveram-se engajadas na construção e manutenção do vínculo com seus familiares durante a visita, traduzidos pela intenção de permanecerem juntos, realizando atividades e estabelecendo contato afetuoso. Os processos proximais disfuncionais foram identificados a partir de comportamentos como choro, manifestações intensas de sofrimento da criança ao término da visita, dificuldades no relacionamento com seus familiares e na sua adaptação à instituição. Conclui-se que as interações que se sucedem no tempo no contexto da visita familiar, quando favorecem o fortalecimento dos vínculos afetivos e promovem o bem estar na criança, podem se constituir como um processo proximal.
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