Evidências científicas acerca dos efeitos do exercício físico na densidade mineral óssea de idosos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.8276

Palavras-chave:

Envelhecimento; Atividade Física; Osteoporose.

Resumo

Introdução: O exercício físico é indicado como medida profilática no tratamento da osteoporose, diminuindo a perda da massa óssea, bem como, em alguns casos proporcionando sua remodelação. Objetivo: Analisar, através de uma revisão sistemática, as evidências científicas acerca dos efeitos do exercício físico na densidade mineral óssea de idosos. Método: Trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura, realizada nas bases de dados SciELO,  BVS, PubMed, Web of Science através dos descritores controlados, Idoso, Exercício e Densidade Mineral Óssea, bem como suas traduções para o espanhol e inglês, de acordo com os DeCS e Mesh, publicados entre os anos de 2014 a 2019. Resultados: Levando-se em consideração o Protocolo de Exercícios, os testes mais aplicados foram, Raios X de Dupla Energia (DXA) com 66,66% seguindo pelos cálculos do índice de massa corporal (IMC) com 22,22%, além dos testes de caminhada, Clinical Falls Instrumento de avaliação de riscos (QuickScreen), Timed Up and Go (TUG),  Teste de Alcance Funcional (FRT),  1 repetição máxima (RM), vibração vertical plataforma Fitvibe Excel Pro, todos com 11,12%. Vale a pena ressaltar que houve relação significativa entre o exercício físico e o incremento da DMO, nos estudos selecionados. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos nessa revisão, podemos concluir que o exercício físico atua de forma significativa na profilaxia e tratamento da osteoporose.

Referências

Alves, J. E. D. (2019). Envelhecimento populacional no Brasil e no mundo. Revista Longeviver.

Andreoli, A.., Monteleone, M., Van Loan, M., Promenzio, L.; Tarantino, U., & De Lorenzo, A.. (2001). Effects of different sports on bone density and muscle mass in highly trained athletes. Medicine and science in sports and exercise, 33(4), 507-511.

Barker, K., & Eickmeyer, S. (2020). Therapeutic exercise. Medical Clinics, 104(2), 189-198.

Barros, A. J., & Hirakata, V. N. (2003). Alternatives for logistic regression in cross-sectional studies: an empirical comparison of models that directly estimate the prevalence ratio. BMC medical research methodology, 3(1), 21.

Beyea, S., & Nichll, L. H. (1998). Writing an integrative review. AORN journal, 67(4), 877-881.

Camara, M. B., Aidar, F. J., Matos, D. G. D., Gomes, A. A. B., Barros, N. D. A., Souza, R. F. D., ... & Cabral, B. G. A. T. (2016). Associação entre desmineralização óssea, atividade física e padrões antropométricos. Motricidade, 12(3), 45-55.

Carrasco, M., Martínez, I., & Navarro, M. D. (2015). Daily physical activity and bone mineral density in older women. Revista brasileira de medicina do esporte, 21(1), 22-26.

Chan, D. C., Chang, C. B., Han, D. S., Hong, C. H., Hwang, J. S., Tsai, K. S., & Yang, R. S. (2018). Effects of exercise improves muscle strength and fat mass in patients with high fracture risk: a randomized control trial. Journal of the Formosan Medical Association, 117(7), 572-582.

Cohen, T. (1988). Como enfrentar a osteoporose ou o enfraquecimento dos ossos. Icone.

Cook, J. A. (2009). The challenges faced in the design, conduct and analysis of surgical randomised controlled trials. Trials, 10(1), 1-9.

Cortez, A. C. L., Silva, C. R. L., Silva, R. C. L., & Dantas, E. H. M. (2019). Aspectos gerais sobre a transição demográfica e epidemiológica da população brasileira. Enfermagem Brasil, 18(5), 700-709.

Coutinho, E. S. F., & Cunha, G. M. D. (2005). Conceitos básicos de epidemiologia e estatística para a leitura de ensaios clínicos controlados. Brazilian Journal of Psychiatry, 27(2), 146-151.

Dalsky, G. P., Stocke, K. S., Ehsani, A. A., SLATOPOLSKY, E., LEE, W. C., & BIRGE Jr, S. J. (1988). Weight-bearing exercise training and lumbar bone mineral content in postmenopausal women. Annals of internal medicine, 108(6), 824-828.

De Kam, D., Smulders, E., Weerdesteyn, V., & Smits-Engelsman, B. C. M. (2009). Exercise interventions to reduce fall-related fractures and their risk factors in individuals with low bone density: a systematic review of randomized controlled trials. Osteoporosis International, 20(12), 2111-2125.

De Oliveira, M. A. P., & Parente, R. C. M. (2010). Entendendo ensaios clínicos randomizados. Brazilian Journal of Videoendoscopic Surgery, 3(4), 176-180.

dos Santos, V. R., Christofaro, D. G. D., Gomes, I. C., Júnior, I. F. F., & Gobbo, L. A. (2018). Relação entre obesidade, sarcopenia, obesidade sarcopênica e densidade mineral óssea em idosos com 80 anos ou mais. Revista brasileira de ortopedia, 53(3), 300-305.

Duan, Y., Turner, C. H., Kim, B. T., & Seeman, E. (2001). Sexual dimorphism in vertebral fragility is more the result of gender differences in age‐related bone gain than bone loss. Journal of Bone and Mineral Research, 16(12), 2267-2275.

Federação Internacional da Osteoporose (IOF) (2020). Osteoporosis & Musculoskeletal Disorders – Osteoporosis. https://www.iofbonehealth.org/osteoporosis

Fukada, E., & Yasuda, I. (1957). On the piezoelectric effect of bone. Journal of the physical society of Japan, 12(10), 1158-1162.

Garcia, P. A., Dias, J. M. D., Reis, R. L. D., & Dias, R. C. (2016). Multifactorial assessment of the risk of falls in low bone density older women. Fisioterapia em Movimento, 29(3), 439-448.

Gusmão, C. V. B. D., & Belangero, W. D. (2009). Como a célula óssea reconhece o estímulo mecânico?. Revista Brasileira de Ortopedia, 44(4), 299-305.

Hakestad, K. A., Torstveit, M. K., Nordsletten, L., & Risberg, M. A. (2015). Effect of exercises with weight vests and a patient education programme for women with osteopenia and a healed wrist fracture: a randomized, controlled trial of the OsteoACTIVE programme. BMC musculoskeletal disorders, 16(1), 352.

Karam, N., Lavoie, J. F., St-Jacques, B., Bouhanik, S., Franco, A., Ladoul, N., & Moreau, A. (2019). Bone-specific overexpression of PITX1 induces senile osteoporosis in mice through deficient self-renewal of mesenchymal progenitors and Wnt pathway inhibition. Scientific reports, 9(1), 1-15.

Khan, K., McKay, H. A., Kannus, P., Bailey, D. A., Wark, J. D., & Bennell, K. L. (2001). Physical activity and bone health: Human Kinetics. Champaign, IL.

Mazocco, L., & Chagas, P. (2017). Associação entre o índice de massa corporal e osteoporose em mulheres da região noroeste do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Reumatologia, 57(4), 299-305.

Menkes, A., Mazel, S., Redmond, R. A., Koffler, K., Libanati, C. R., Gundberg, C. M., ... & Hurley, B. F. (1993). Strength training increases regional bone mineral density and bone remodeling in middle-aged and older men. Journal of Applied Physiology, 74(5), 2478-2484.

Mirza, F., & Canalis, E. (2015). Secondary osteoporosis: pathophysiology and management. European journal of endocrinology/European Federation of Endocrine Societies, 173(3), R131.

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., Altman, D. G., & Prisma Group. (2009). Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PLoS med, 6(7), e1000097.

Navega, M. T., Aveiro, M. C., & Oishi, J. (2017). A influência de um programa de atividade física na qualidade de vida de mulheres com osteoporose. Fisioterapia em Movimento, 19(4).

Nawrat-Szołtysik, A. J., Polak, A., Małecki, A., Piejko, L., Grzybowska-Ganszczyk, D., Kręcichwost, M., & Opara, J. (2018). Effect of physical activity on the sequelae of osteoporosis in female residents of residential care facilities. Advances in Clinical and Experimental Medicine, 27(5), 633-642.

Nilsson, M., Ohlsson, C., Mellström, D., & Lorentzon, M. (2009). Previous sport activity during childhood and adolescence is associated with increased cortical bone size in young adult men. Journal of bone and mineral research, 24(1), 125-133.

Omram, A.R. (1971). The epidemiological transition: a theory of the epidemiology of population change. Milbank Memorial Fund Quarterly,49(4):509-583.

Organização das Nações Unidas – ONU (2019). Divisão de População da ONU, 2019. Disponível em: https://nacoesunidas.org/populacao-mundial-deve-chegar-a-97-bilhoes-de-pessoas-em-2050-diz-relatorio-da-onu/

Plataforma Sucupira (2019). Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br

Raymond, C. J., Bosch, T. A., Bush, F. K., Chow, L. S., & Dengel, D. R. (2017). Accuracy and reliability of assessing lateral compartmental leg composition using DXA. Medicine and science in sports and exercise, 49(4), 833.

Santin-Medeiros, F., Santos-Lozano, A., Rey-López, J. P., & Garatachea, N. (2015). Effects of eight months of whole body vibration training on hip bone mass in older women. Nutrición Hospitalaria, 31(4), 1654-1659.

Santos, C. M. D. C., Pimenta, C. A. D. M., & Nobre, M. R. C. (2007). A estratégia PICO para a construção da pergunta de pesquisa e busca de evidências. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 15(3), 508-511.

Santos, M. L. D., & Borges, G. F. (2010). Exercício físico no tratamento e prevenção de idosos com osteoporose: uma revisão sistemática. Fisioterapia em movimento, 23(2), 289-299.

Schramm, J. M. D. A., Oliveira, A. F. D., Leite, I. D. C., Valente, J. G., Gadelha, Â. M. J., Portela, M. C., & Campos, M. R. (2004). Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 9, 897-908.

Scott, A., Khan, K. M., Duronio, V., & Hart, D. A. (2008). Mechanotransduction in human bone. Sports Medicine, 38(2), 139-160.

Simkin, A., & Ayalon, J. (1995). Osteoporoza: zapobieganie i zwalczanie ruchem. Wydawn. Siel.

SJR - SCImago Journal Rank. (2019). Disponível em: https://www.scimagojr.com/

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2017). Disponível em: https://www.sbemsp.org.br/imprensa/releases/127-conheca-os-numeros-da-osteoporose

Stenholm, S., Tiainen, K., Rantanen, T., Sainio, P., Heliövaara, M., Impivaara, O., & Koskinen, S. (2012). Long‐term determinants of muscle strength decline: prospective evidence from the 22‐year mini‐Finland follow‐up survey. Journal of the American Geriatrics Society, 60(1), 77-85.

Swanenburg, J., de Bruin, E. D., Stauffacher, M., Mulder, T., & Uebelhart, D. (2007). Effects of exercise and nutrition on postural balance and risk of falling in elderly people with decreased bone mineral density: randomized controlled trial pilot study. Clinical rehabilitation, 21(6), 523-534.

Tani G. Educação física: por uma política de publicação visando à qualidade dos periódicos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte 2007;29(1).

Vasconcelos, A. M. N., & Gomes, M. M. F. (2012). Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 21(4), 539-548.

Yazbek, M. A., & Marques Neto, J. F. (2008). Osteoporose e outras doenças osteometabólicas no idoso. Einstein, 6(1 sup), S74-S8.

Downloads

Publicado

15/09/2020

Como Citar

CORTEZ, A. C. L.; PERNAMBUCO, C. S.; MASI, F. D. .; NOLETO, M. A. .; ABREU, M. A. de .; DANTAS, E. H. M. . Evidências científicas acerca dos efeitos do exercício físico na densidade mineral óssea de idosos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e987998276, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.8276. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8276. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão