Transexualidade: o brincar relacionado a identidade de gênero

Autores

  • Fernanda Dornelles Universidade Franciscana
  • Larissa Perini Serpa Universidade Franciscana
  • Felix Miguel Nascimento Guazina Universidade Franciscana
  • Cristina Saling Kruel Universidade Franciscana
  • Janaína Pereira Pretto Carlesso Universidade Franciscana

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v8i5.833

Palavras-chave:

Brincar; Criança; Transgênero.

Resumo

O objetivo do presente artigo é apresentar um estudo sobre a transexualidade pela perspectiva do lúdico infantil e como isso afeta a questão da aceitação social e de si mesmo através de análise cinematográfica e estudos bibliográficos. O conceito de brincadeira fundamentado em teorias de Winnicott. Trará questões acerca da identidade de gênero a partir da problemática trazida por Judith Butler em conjunto da definição dos papéis de gênero atribuídos a construções culturais definitivas que são impostas na infância e como isso se aplicaria na vivência de uma criança transexual. Que poderá ser observada através da análise das cenas dos filmes: A Kid Like Jake (2018), Ma Vie En Rose (1997) e Tomboy (2011), em que cada um têm como temática principal uma criança em fase de desenvolvimento oscilando entre os scriptis de gênero. Com a pesquisa de cunho exploratório e abordagem metodológica qualitativa, foi possível concluir que o brincar está diretamente relacionado à dimensão lúdica da criança, meio pelo qual ela acaba demonstrando como compreende o mundo a sua volta. É nessa brincadeira que a criança vai identificar a si mesmo e aos que a rodeiam, fazendo com que a fantasia seja sua forma de expressão.

Referências

Bello, A.T. (2006). Sujeitos infantis masculinos: homens por vir? Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Bento, B. (2011). Na Escola se Aprende que a Diferença faz a Diferença. Estudos Feministas. Santa Catarina, pp. 549-559. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/24327956>. Acesso em: 17 de Out. 2018.

Butler, J. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão identidade. (R.A, Trad.). Rio de janeiro: Civilização Brasileira, pp. 30-40.

Couvreur, B. (Produtor) & Sciamma, C. (Diretor) (2012). Tomboy. [DVD]. França: Canal+.

Felipe, J. (2016). Scripts de gênero na educação infantil. In: Revista Pátio – educação infantil. Ano XIV, n 48 jul/set 2016. P. 5-7. Acesso em: 17 de Out. 2018.

Felipe, J. (2012). Sexualidade na infância: dilemas da formação docente. In: Xavier Filha, C. (Org.). Sexualidades, gênero e diferenças na educação das infâncias. Campo Grande, MS: Ed: UFMS, pp. 47-58. Acesso em: 17 de Out. 2018.

Felipe, J., & Guizzo, B. (2004). Entre batons, esmaltes e fantasias. In: Meyer, Dagmar; Soares, & Rosângela (org.). Corpo, gênero e sexualidade. Porto Alegre: Mediação, pp. 32-40. Acesso em: 17 de Out. 2018.

Felipe, J; Guizzo, B. S.; & Beck, D. Q. (2013). Infâncias, gênero e sexualidade: articulações possíveis. In: Felipe, J; Guizzo, B. S.; Beck, D. Q. Infâncias, gênero e sexualidade nas tramas da cultura e da educação. Canoas: Ed. Ulbra. Acesso em: 17 de Out. 2018.

Gerhardt, T. A.; Silveira, D. T. Métodos de Pesquisa. Ead Série Educação à Distância, Porto Alegre, pp. 31-35, 2009.

Gonçalves, M. C. Scripts de gênero e as Brincadeiras na Educação Infantil. Lume, Porto Alegre, 2017. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/174370>. Acesso em: 22 out. 2018.

Guerra, Judite. Dos “segredos sagrados”: gênero e sexualidade no cotidiano de uma escola infantil. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

Jesus, J. G. Orientações Sobre a Identidade de Gênero: Conceitos e Termos. Ser-tão, Brasília, pp. 1-23, 2012. Disponível em: <http://www.sertao.ufg.br/n/35655-orientacoes-sobre-identidade-de-genero-conceitos-e-termos>. Acesso em: 29 out. 2018.

Parson, J., Spiewak, T., & Bernon, P. (Produtores) & Howard, S (Diretor). (2018). A Kid Like Jake. [DVD] Estados Unidos: Ifc Films.

Penafria, M. - “Análise de Filmes - conceitos e metodologia(s)”. Academia.edu. 2009. Disponível em: <https://www.academia.edu/18338415/An%C3%A1lise_de_Filmes_-_conceitos_e_m etodologia_s_> Acesso em: 17 de Out. 2018.

Pluciennik, G. A.; Lazzari, M. C; Chicaro, M. F. Fundamentos da família como promotora do desenvolvimento infantil: parentalidade em foco. São Paulo: Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal - FMCSV, 2015, pp. 34-47.

Reidel, Marina. A pedagogia do salto alto: histórias de professoras transexuais e travestis na Educação Brasileira. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.

Scotta, C. (Produtor) & Berliner, A. (Diretor). (1997). Ma Vie En Rose. [DVD]. França: REUX.

Winnicott, D. W. O brincar e a realidade. Trad. José Octavio de Aguiar Abreu e Vanede Nobre. Rio de Janeiro: Imago, 1971/1975. pp. 88-152.

Zanette, J. E.; Felipe, J. Dos Enigmas da Infância: Quando a Transexualidade Tensiona os Scripts de Gênero. Lume, Porto Alegre, pp. 19-38, 2016. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/152906>. Acesso em: 22 out. 2018.

Downloads

Publicado

26/02/2019

Como Citar

DORNELLES, F.; SERPA, L. P.; GUAZINA, F. M. N.; KRUEL, C. S.; CARLESSO, J. P. P. Transexualidade: o brincar relacionado a identidade de gênero. Research, Society and Development, [S. l.], v. 8, n. 5, p. e185833, 2019. DOI: 10.33448/rsd-v8i5.833. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/833. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde