Auditoria interna para a estratificação do problema da qualidade das equipes de enfermagem na COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8381Palavras-chave:
Auditoria de enfermagem; COVID-19; Admissão e escalonamento de pessoal; Cuidados críticos; Pesquisa em administração de enfermagem.Resumo
Objetivo: descrever o gerenciamento da rotina do trabalho do dia a dia para análise da qualidade das equipes de enfermagem, por meio de uma auditoria interna, para determinar as não conformidades no cuidado ao doente grave com a COVID-19. Método: trata-se de um relato de experiência da aplicação do modelo de gerenciamento da rotina do trabalho do dia a dia, na auditoria interna da UTI de um hospital universitário, no Rio de Janeiro. O estudo contou com quatro fases, a coleta de dados foi realizada por meio de entrevista com formulário, por uma enfermeira especialista no modelo de gestão da qualidade total japonês. Foi empregado o ciclo de Plan, Do, Check e Act (PCDA), a análise descritiva e a análise de Pareto. Resultados: mesmo após a supervisão das equipes interprofissionais de enfermagem pelas coordenadoras da assistência de enfermagem, 94% das equipes não modificaram seu comportamento e estavam em não conformidades, avaliadas pelas evoluções de enfermagem, aprazamento das prescrições médicas, roteiro de passagem de plantão e notificações de eventos adversos sensíveis à assistência de enfermagem. Considerações finais: apesar do controle de qualidade da assistência de enfermagem pelas enfermeiras gerentes ser efetivo, a auditoria interna mostrou que, direta ou indiretamente, as anomalias tinham relação com: a supervisão direta de enfermagem com uso ininterrupto de Equipamento de Proteção Individual (EPI); uso de estratégias de comunicação inefetivas; falta de rigor no processo de avaliação da admissão de novos profissionais de enfermagem; procedimentos operacionais padrões em desconformidade e a péssima capacitação realizada na admissão das equipes interprofissionais para atuar no tratamento da COVID-19 na UTI.
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