Comportamento ingestivo de bovinos em diferentes sistemas de produção – uma revisão sistemática de estudos científicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8705

Palavras-chave:

Bovinocultura de corte; Bovinocultura de leite; Alimentação; Ruminação; Ócio.

Resumo

O estudo do comportamento ingestivo é uma ferramenta importante para a avaliação de dietas e da relação do animal com o sistema de criação. Objetivou-se com este estudo analisar o comportamento ingestivo de bovinos nos sistemas de pastejo e confinado para algumas variáveis em condições experimentais. Utilizando a metodologia de revisão sistemática, foram analisados trabalhos científicos publicados no período de setembro de 2004 a março de 2018, totalizando inicialmente 88 artigos científicos e após aplicação de critérios de seleção, 35 artigos constituíram o banco de informações, com 153 informações e 1079 animais. Observou-se diferença estatística (P < 0,0001) nos parâmetros analisados entre os sistemas de criação. As médias de tempo encontradas, em minutos por dia, para alimentação foram maiores em sistemas a pasto (520,13) do que em sistemas confinados (249,39). Já o tempo dispendido pelos animais em ruminação e ócio foi maior em sistemas confinados (470,28 e 691,86, respectivamente) do que em sistemas a pasto (319,21 e 360,50, respectivamente). Os sistemas de produção possuem influência sobre o comportamento ingestivo dos bovinos. Porém, a dieta que é fornecida nos diferentes sistemas de produção é a principal responsável pela mudança no comportamento dos animais, mostrando-se importante o avanço dos estudos sobre o tema.

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Publicado

04/10/2020

Como Citar

GUIMARÃES, Y. L. F.; DEBORTOLI, E. D. C. .; SANTOS, J. D.; GOPINGER, E. . Comportamento ingestivo de bovinos em diferentes sistemas de produção – uma revisão sistemática de estudos científicos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e4859108705, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8705. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8705. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas