Crítica das representações historiográficas sobre o ensino profissional estadual
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8798Palavras-chave:
História do ensino; Ensino profissional; Escola profissional masculina.Resumo
O presente artigo constata a precariedade de pesquisas sobre a história do ensino profissional estadual no que tange à coleta e à crítica de fontes, tomando como exemplo a Escola Profissional Masculina da Capital (São Paulo). Fundada em 1911 para qualificar e nacionalizar a força de trabalho, e dirigida por 23 anos pelo educador Aprigio Gonzaga, sua contribuição continua associada a procedimentos atrasados e empíricos. A criação da Superintendência do Ensino Profissional em 1934 é considerada o marco zero desse ensino por reformulá-lo segundo orientações da Organização Racional do Trabalho. O Inquérito sobre o ensino público paulista, realizado por Fernando de Azevedo, em 1926, foi uma das estratégias responsáveis pelo consenso; por isso ela será objeto de análise deste artigo.
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