Tratamento de fístula buco sinusal – Sequela de ferimento por arma de fogo: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.8941Palavras-chave:
Fístula bucoantral; Seio maxilar; Ferimentos por arma de fogo.Resumo
Introdução: As comunicações buco sinusais são condições nas quais há um acesso direto da cavidade oral, seja essa através do rebordo alveolar ou palato, com o seio maxilar. Quando se encontra revestida por tecido epitelial passa a ser intitulada de fístula buco sinusal. Sua etiologia pode provir das exodontias, patologias em palato, periápice e seio maxilar, infecções, osteonecrose e trauma. Os sinais e sintomas que são observados vão desde passagem de ar e fluidos do nariz para a boca, e vice-versa, até sinusites agudas ou crônicas, podendo em alguns casos apresentarem-se assintomáticos. Seu diagnóstico é alcançado com o exame físico/clínico, associado aos exames de imagem. Comumente o tratamento consiste em abordagem cirúrgica, devendo ser esse realizado o mais breve possível, sendo as técnicas cirúrgicas e os tipos de retalhos utilizados variam de acordo com o tipo de comunicação. Relato de caso: Paciente vítima de ferimento por arma de fogo há cerca de 04 anos, evoluindo com comunicação buco sinusal de dimensões aproximadas de 02cm por 01cm (comprimento X largura), atingindo rebordo alveolar. O tratamento realizado foi através da cirurgia para correção/fechamento de fístula buco sinusal em ambiente hospitalar com a associação de três técnicas. Discussão: As técnicas cirúrgicas utilizadas para o fechamento das comunicações e fístulas buco sinusais são basicamente três as mais utilizadas, cada uma apresentando vantagens e desvantagens, bem como melhor indicação para cada caso. O coxim adiposo da bochecha é considerado a técnica mais utilizada, apresentando como desvantagem, a possível diminuição do fundo de vestíbulo, dificultando assim reabilitações protéticas posteriores, tal como o retalho vestibular. Os retalhos palatais têm maior indicação quando as comunicações são mais extensas, suas desvantagens incluem a área cruenta exposta no palato quando o retalho necessita ser rodado. Conclusão: O caso relatado se distingue dos demais encontrados na literatura atual devido a associação das técnicas cirúrgicas utilizadas para o fechamento de fístulas buco sinusais, e pelos benefícios que a associação dessas trouxe ao paciente.
Referências
Abuabara, A., Cortez, A. L. V., Passeri, L. A., de Moraes, M., & Moreira, R. W. F. (2006). Evaluation of different treatments for oroantral/oronasal communications: experience of 112 cases. International Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 35(2), 155–158. https://doi:10.1016/j.ijom.2005.04.024.
Andrade de Souza, K. S., Milani, C. M., Thomé, C. A. (2014). Surgical treatment of a large oroantral fistula: Case report. Odonto; 22(43-44), 93-100.
Bittencourt, K. P., & Pereira, J. C. (2017). Comunicação Buco Sinusal Diagnóstico e Tratamento: Uma Revisão Da Literatura. Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do grau em odontologia. Curso de Odontologia da Universidade Tiradentes. Aracaju – SE, maio.
Caetano, R. M., Jogaib, J. C., Netto, A. G., Oliveira, C. D., Junqueira, J. L. C., & Buscatti, M. Y. (2011). Avaliação da presença de extensões anteriores dos seios maxilares por meio de tomografia computadorizada por feixe cônico. Cadernos UniFOA. Volta Redonda, Ano VI, n. 17.
igueiredo Filho, A. O., Aguiar, P. L., Santana, B. de M., Nogueira, E. F. de C., Araújo, F. A da C., & Vasconcellos, R. J de H. (2020). Opções cirúrgicas no tratamento da fístula oroantral / comunicação: Série de casos. Research, Society and Development , 9 (10), e6139109039. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9039
Freitas, T. M. C., Farias, J. G., Mendonça, R. G., Alves, M. F., Ramos, R. P., & Câncio, A. V. (2003). Oroantral fistulas: diagnosis and management purposes – Case report. Rev Bras Otorrinolaringol. 69(6), 838-44.
Gusman, D. J. R., Passos, J. P. T., Araújo, N. J., Novaes, V. C. N., Bertão, J. M., Macarini, V. C., & Almeida, J. M. (2017). Fechamento de Fístula Bucoantral: Relato de Caso Clínico. Revista Funec Científica – Odontologia. 1(1), 33-45.
Macedo, R. A. de P., Pereira, V. B. S., Barros, A. V. M., Rodrigues, É. D. R., Santos, K. R., Vasconcelos, B. C. do E., & Barbirato, D. S. (2020). Fechamento cirúrgico da comunicação oroantral com L-PRF: relato de caso. Research, Society and Development, 9 (10), e2359108502. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8502.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. Santa Maria, RS:UFSM, NTE.
Poeschl, P. W., Baumann, A., Russmueller, G., Poeschl, E., Klug, C., & Ewers, R. (2009). Closure of Oroantral Communications With Bichat’s Buccal Fat Pad. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 67(7), 1460–1466. doi:10.1016/j.joms.2009.03.049.
Rocha, C. B. S., Cavalcante, M. B., Uchôa, C. P., Silva, E. D. O., Marcelina, I. M. P. (2020). Bichat ball for the treatment of buco-sinusal fistula: case report. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe 20(1), 34-38.
Tucunduva, M. J. A. P. S., Bolzan, J. D., Ferreira, T. L. D., Baladi, M. G., & Freitas, C. F. (2013). Variações da anatomia da cavidade nasal e dos seios paranasais - relato de caso. Rev. Odontol. Univ. Cid. São Paulo, 25(1), 83-7.
Veras Filho, R. O., Giovanella, F., Karsburg, R. M., & Torriani, A. M. (2010). Oroantral communication closure using a pedicled buccal fat pad graft – Case Report. Rev. odonto ciênc. 25(1), 100-103.
Visscher, S. H., van Minnen, B., & Bos, R. R. M. (2010). Closure of Oroantral Communications Using Biodegradable Polyurethane Foam: A Feasibility Study. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 68(2), 281–286. doi:10.1016/j.joms.2009.07.019.
Yalçın, S., Öncü, B., Emes, Y., Atalay, B., & Aktaş, İ. (2011). Surgical Treatment of Oroantral Fistulas: A Clinical Study of 23 Cases. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 69(2), 333–339. doi:10.1016/j.joms.2010.02.061.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Ana Carolina Fraga Fernandes; Geraldo Luiz Griza; Eleonor Álvaro Garbin Junior; Natasha Magro Ernica; Ricardo Augusto Conci; Marcela Chiqueto Araújo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
