Reconhecimento emocional da criança de cinco a sete anos em acolhimento institucional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8949

Palavras-chave:

Acolhimento Institucional; Criança Acolhida; Saúde Mental Infantil; Grupo Operativo; Reconhecimento emocional.

Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar o reconhecimento emocional da criança de cinco a sete anos em acolhimento institucional. Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória, realizada a partir do método de estudo de caso. A coleta de dados ocorreu entre outubro e novembro de 2016, em um Centro de Acolhimento Municipal de um município do sudoeste do Paraná, mediante realização de grupos operativos, em que foram utilizados, como instrumentos de coleta: histórias infantis, carinhas emotivas e desenhos. Evidenciou-se a dificuldade de reconhecimento emocional da criança de cinco a sete anos em acolhimento institucional, sendo que, as mesmas, descrevem as emoções de forma superficial, evidenciando suas dificuldades na associação das emoções com acontecimentos reais de suas vidas, indicando dificuldade de reconhecimento das emoções como próprias. No entanto, ressalta-se que, prevaleceu interesse e identificação das crianças participantes do estudo, com histórias que abordavam emoções negativas (tristeza, raiva e medo). Esse achado foi reforçado durante a elaboração dos desenhos, as crianças reforçaram maior afinidade com as emoções negativas, uma vez que, projetaram majoritariamente, em seus desenhos, figuras que expressavam sentimentos negativos. Este trabalho busca contribuir para os serviços de acolhimento infantil e demais profissionais para a necessidade de criação de momentos de expressão e reconhecimento emocional a fim de proporcionar maior acolhimento aos sofrimentos infantis e possibilidades de re-significações dessas como espaços de promoção de saúde mental infantil.

Biografia do Autor

Gimene Cardozo Braga, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná

Bacharel e Licenciada em Enfermagem pela Universidade Federal de Pelotas. Especialista em Saúde Mental pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde - PREMUS/PUCRS. Mestre em Ciências, área Práticas Sociais em Enfermagem e Saúde.

Ameriane Marquezoti Cortes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná

Enfermeira formada pelo Instituto Federal do Paraná.

Romario Daniel Jantara, Universidade Federal do Rio Grande

Enfermeiro. Discente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande (PPGEnf/FURG).

Micheli de Jesus Ferreira, Universidade de São Paulo

Doutoranda em Enfermagem pelo programa de Doutorado Interunidades da Universidade de São Paulo (USP). Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECO. Docente titular junto ao Departamento de Enfermagem do Instituto Federal do Paraná - IFPR, campus Palmas.

Andressa Farias de Quadros Neckes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná

Enfermeira graduada pelo Instituto Federal do Paraná.

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Publicado

08/10/2020

Como Citar

BRAGA, G. C.; CORTES, A. M.; JANTARA, R. D.; FERREIRA, M. . de J.; NECKES, A. F. de Q. Reconhecimento emocional da criança de cinco a sete anos em acolhimento institucional. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e5699108949, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8949. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8949. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde