A permanência escolar na Educação de Jovens e Adultos (EJA) do campo: o caso do assentamento 25 de Maio, Madalena, Ceará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9171Palavras-chave:
EJA do campo; Assentamento rural; Permanência escolar.Resumo
Este estudo volta-se a Educação de Jovens e Adultos do campo e tem como objetivo analisar os aspectos que tem contribuído para a permanência escolar no assentamento rural 25 de Maio, observando a luta por Educação do Campo no contexto da reforma agrária. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva e explicativa, orientada pelo método dialético. Para a coleta de materiais em campo utilizou-se à entrevista semiestruturada, observação participante e análise documental. Constatou-se que a permanência escolar no campo está relacionada às categorias gestão escolar, prática docente e prática pedagógica. A Secretaria Municipal de Educação é responsável pela organização do ensino, acompanhamento pedagógico e oferta da EJA no interior deste assentamento. Os professores realizam um trabalho de base que consiste em visitas domiciliares, mas falta apoio pedagógico da escola. Constatou-se que a maioria dos educandos são trabalhadores rurais, com faixa etária de 32 a 50 anos de idade, os mesmos permaneceram na EJA com objetivo de concluírem seu processo de escolarização e obterem a certificação. Este estudo permite refletir sobre os desafios da EJA em áreas assentadas atentando para a permanência escolar no campo e traz apontamentos para pesquisas futuras.
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