Construção da escala de violência psicológica contra estudantes universitários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9216

Palavras-chave:

Elaboração de instrumentos psicológicos; Violência psicológica; Ensino superior.

Resumo

Apesar de ser menos notificado, o abuso psicológico de professores contra estudantes existentes e traz sérios danos à vítima. Considerando a falta de estudos e o reconhecimento da qualidade dos instrumentos que visam verificar e avaliar um determinado fenômeno, este estudo teve como objetivo desenvolver a Escala de Violência Psicológica contra Estudantes Universitários (EVIPSI) que mede os comportamentos violentos exibidos pelos professores contra estudantes universitários. Este estudo adotou o modelo de elaboração segundo o construto de Pasquali com base em três procedimentos (teóricos, empíricos e analíticos). A versão final da escala foi organizada em 28 itens, divididos em duas dimensões: ações hostis do (s) professor (es) ao aluno; e estresse estudantil em relação à (s) professora (s). O processo de validação de conteúdo ocorreu durante o procedimento teórico, que em associação com outras categorias de validação, cumprindo os procedimentos empíricos e analíticos possam obter uma validação efetiva da escala elaborada.

Biografia do Autor

Aline Cavalcante Santana, Universidade Federal de Pernambuco

Estudante de Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, interessada em investigar principalmente as temáticas ligadas a Orientação de Carreira, Psicologia Organizacional e do Trabalho e Educação.

Gabriela Costa Pires, Universidade Federal de Pernambuco

Estudante de Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, interessada em investigar principalmente temáticas relacionadas a Neuropsicologia, Psicologia Hospitalar e saúde mental.

Umbelina do Rego Leite, Universidade Federal de Pernambuco

Professora Adjunta da Universidade Federal de Pernambuco, doutora pela Universidade de Brasília, PSTO - Programa de Pós-graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, com interesse de pesquisa são principalmente nos seguintes temas: perspectiva de tempo e avaliação psicológica.

Referências

Abramovay, M. & Rua, M. G. (2002). Violências nas escolas. Brasília: UNESCO. Recuperado em 27 de janeiro de 2018, de http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001257/125791porb.pdf.

Al-Thani, M. A. & Khaled, S. M. (2018). “Toxic pleasures”: A study of eating out behavior in Arab female university students and its associations with psychological distress and disordered eating. Eating Behaviors - Volume 31, 125-130, Recuperado em 26 de outubro de 2020 de https://doi.org/10.1016/j.eatbeh.2018.08.008.

Alckmin-Carvalho, F., Rafihi-Ferreira, R. E. & Melo, M. H. da S.. (2017). Bullying and behavior problems reported by victims and teachers: Brazilian findings. Psico, 48(1), 31-39. https://dx.doi.org/10.15448/1980-8623.2017.1.23916.

American Professional Society on the Abuse of Children. APSAC (1995). Guidelines for psychosocial evaluation of suspected psychological maltreatment in children and adolescents. Chicago. Recuperado em 28 de janeiro de 2018, de https://apsac.memberclicks.net/assets/documents/PracticeGuidelines/psychosocial%20evaluation%20of%20suspected%20psychosocial%20maltreatment.pdf.

Anser, M. A. C. I., Joly, M. C. R. A, & Vendramini, C. M. A.. (2003). Avaliação do conceito de violência no ambiente escolar: visão do professor. Psicologia: teoria e prática, 5(2), 67-81. Recuperado em 24 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872003000200007&lng=pt&tlng=pt.

Aquino, J. R. G. (1996). Confrontos na sala de aula: uma leitura institucional da relação professor-aluno. São Paulo: Summus.

Avanci, J., Assis, S. C., Santos, N. C. dos & Oliveira, R. V. C. (2005). Escala de violência psicológica contra adolescentes. Rev Saúde Pública, 39, 702-708, 2005. Recuperado em 23 de dezembro de 2017 de http://www.revistas.usp.br/rsp/article/viewFile/31927/33914/.

Azzi, R. G., Lima, E., Araújo, E., & Corrêa, W. G.. (2015). Relações agressivas entre alunos do Ensino Médio analisadas a partir do modelo de agressão social. Psicologia Ensino & Formação, 6(1), 121-138. Recuperado em 24 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-20612015000100008&lng=pt&tlng=pt.

Ba-Saddik, A.S.S. & Hattab, A.S. (2012). Emotional abuse towards children by schoolteachers in Aden Governorate, Yemen: A cross-sectional study. BMC Public Health 12, 647. Recuperado em 26 de outubro de 2020 de https://doi.org/10.1186/1471-2458-12-647

Baldry, A. C., Pacilli, N. G., Pagliaro, S. (2015). She's not a person...she's just a woman! Infra-humanization and intimate partner violence. J Interpers Violence; 30(9): 1567-82, 2015.

Bradley, M. S. (2015). Gender and the Acceptance of Retaliatory Violence Among Acquaintance, Dating, and Marital Relationships. Violence Vict - Volume 30, 377-92.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. (2002). Notificação de maus-tratos contra crianças e adolescentes pelos profissionais de saúde: um passo a mais na cidadania em saúde. Brasília: Ministério da Saúde. Recuperado em 11 de dezembro de 2017 de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/notificacao_maustratos_criancas_adolescentes.pdf.

Caproni Neto, Henrique Luiz, & Saraiva, Luiz Alex Silva. (2013). Violência simbólica nas trajetórias profissionais de homens gays de Juiz de Fora. Revista Psicologia Política, 13(26), 93-110. Recuperado em 29 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2013000100007&lng=pt&tlng=pt.

Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2020). Burnout Syndrome Assessment Scale in University Students: construction and validity evidence. Research, Society and Development, 9(7), e171974013. Recuperado em 21 de outubro de 2020, de https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4013.

Carrasco-Aguilar, C. L. et al. (2016). Concepciones de infancia en una escuela con altos índices de violencia escolar de estudiantes a profesores. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 14 (2), pp. 1145-1159. Recuperado em 28 de janeiro de 2018, de http://revistaumanizales.cinde.org.co/rlcsnj/index.php/Revista-Latinoamericana/article/view/2597/721.

Costa, L. F. & Penso, M. A. (2013). A percepção de profissionais sobre o atendimento a adolescentes ofensores sexuais. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 16(2), 227-240. Recuperado em 27 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172013000200007&lng=pt&tlng=pt.

Cruz, G. V. & Pereira, W. R. (2013). Diferentes configurações da violência nas relações pedagógicas entre docentes e discentes do ensino superior. Revista Brasileira de Enfermagem, 66(2), 241-250. Recuperado em 28 de janeiro de 2018 de https://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672013000200014.

Ferraz, R. de C. S. N. & Ristum, M. (2012). A violência psicológica na relação entre professor e aluno com dificuldades de aprendizagem. Psicol. educ, - Volume 34, 104-126. Recuperado em 28 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752012000100007.

Galvão, Taís Freire, Pansani, Thais de Souza Andrade, & Harrad, David. (2015). Principais itens para relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises: A recomendação PRISMA. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(2), 335-342. Recuperado em 26 de outubro de 2020 de https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000200017

Gomes, A. F. C. & Azevêdo, A. V. dos S. (2014). Punição corporal e problemas comportamentais em adolescentes. Contextos Clínicos - Volume 7, 76-85. https://dx.doi.org/10.4013/ctc.2014.71.07.

Hauck Filho, N., Salvador-Silva, R. & Teixeira, M. A. P. (2015). Análise psicométrica Preliminar de um Instrumento para Avaliar Traços de Psicopatia. Psico-UFS: Bragança Paulista - Volume 20, 333-348.

Insfrán, F. F. N. (2011). Grupos de reflexão na escola: contribuições da abordagem centrada na pessoa para psicologia escolar. Revista do NUFEN - Volume 3, 92-118. Recuperado em 24 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912011000100006&lng=pt&tlng=pt.

Itani, A. (1998). A violência no imaginário dos agentes educativos. Cadernos Cedes, São Paulo, v. 47, n.19, p. 36-50. Recuperado em 27 de janeiro de 2018, de http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v19n47/v1947a04.pdf.

Jeong, B. et al. (2015). The Psychometric Properties of the Korean Version of the Verbal Abuse Questionnaire in University Students. Psychiatry Investigation- Volume 12, n. 2, 190-196. Recuperado em 26 de outubro de 2020 de https://doi.org/10.4306/pi.2015.12.2.190

Lee, J. H. (2015). Prevalence and predictors of self-reported student maltreatment by teachers in South Korea. Child Abuse & Neglect - Volume 46, 113-120. Recuperado em 26 de outubro de 2020 de https://doi.org/10.1016/j.chiabu.2015.03.009

Leidig, M W. (1992). The continuum of violence against women: psychological and physical consequences. J Am Coll Health; 40(4): 149-55.

Kairys, S. W., Johnson, C. F. & Committee on Child Abuse and Neglect. (2002). The psychological maltreatment of children-technical report. American Academy of Pediatrics, 109,1-3. Recuperado em 28 de janeiro de 2018, de http://pediatrics.aappublications.org/content/109/4/e68.

Machado, T. B., & Bottoli, C. (2011). Como os professores percebem a violência intrafamiliar. Barbaroi, (34), 38-59. Recuperado em 27 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-65782011000100004&lng=pt&tlng=pt.

Masath, F.B., Hermenau, K., Nkuba, M. & Hecker, T. (2020). Reducing violent discipline by teachers using Interaction Competencies with Children for Teachers (ICC-T): study protocol for a matched cluster randomized controlled trial in Tanzanian public primary schools. Trials 21, 4. https://doi.org/10.1186/s13063-019-3828-z

Melo, M. C. B. de, Barros, E. N. de & Almeida, A. M. L. G. de. (2011) A Representação da violência em adolescentes de escolas da rede pública de ensino do Município do Jaboatão dos Guararapes. Ciênc. Saúde Colet, 16(10): 4211-4221. Recuperado em 28 de janeiro de 2018, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011001100026.

Moraes, C. L. & Reichenheim, M. E. (2002). Crosscultural measurement equivalence of the Revised Conflict Tactics Scales (CTS2) Portuguese version used to identify violence within couples. Cadernos de Saúde Pública, 18, 783-796.

Moraes, R. D. de. (2005). Prazer e sofrimento no trabalho docente: estudo com professoras de ensino fundamental em processo de formação superior. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 5(1), 159-183. Recuperado em 24 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572005000100007&lng=pt&tlng=pt.

Nearchou, F. (2018). Resilience following emotional abuse by teachers: Insights from a cross-sectional study with Greek students. Child Abuse & Neglect - Volume 78, 96-106. Recuperado em 26 de outubro de 2020, de https://doi.org/10.1016/j.chiabu.2017.10.012

Pasquali, L. (2010). Instrumentação Psicológica: Fundamentos e Práticas. In: Pasquali, L. (Org.), Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas (pp. 165-198). Porto Alegre: Artmed.

Peguero, A. A. (2011). Violence, schools, and dropping out: racial and ethnic disparities in the educational consequence of student victimization. J Interpers Violence, 26(18), 3753-72. Recuperado em 28 de janeiro de 2018, de http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0886260511403764.

Pereira, P. C. , & Williams, L. C. de A. (2008). A concepção de educadores sobre violência doméstica e desempenho escolar. Psicologia Escolar e Educacional, 12(1), 139-152. Recuperado em 27 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572008000100010&lng=pt&tlng=pt.

Perrenoud, P. (2000). Dez novas competências para ensinar. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artmed.

Ramstedt, M., Leifman, H., Müller, D., Sundin, E. & Norström, T. (2013). Reducing youth violence related to student parties: Findings from a community intervention project in Stockholm. Drug Alcohol Rev, 32(6), 561-5. Recuperado em 28 de janeiro de 2018, de http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-23992424.

Salgado, F. S., Bazon, M. R., & Komatsu, A. V.. (2017). Maus-tratos entre adolescentes do sexo feminino no ensino privado e público. Gerais : Revista Interinstitucional de Psicologia, 10(2), 250-263. Recuperado em 27 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202017000200010&lng=pt&tlng=pt.

Schreiber, F. C. de C, & Antunes, M. C. (2015). Cyberbullying: do virtual ao psicológico. Boletim - Academia Paulista de Psicologia, 35(88), 109-125. Recuperado em 27 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2015000100008&lng=pt&tlng=pt.

Ssenyonga, J., Hermenau, K., Nkuba, M. & T. Hecker (2018). Reducing violence against children by implementing the preventative intervention Interaction Competencies with Children for Teachers (ICC-T): study protocol for a cluster randomized controlled trial in Southwestern Uganda. Trials 19, 435. Recuperado em 26 de outubro de 2020 de https://doi.org/10.1186/s13063-018-2827-9

Silva, H. H., & Castro, L. V. de. (2008). Formação docente e violência na escola. Psicologia da Educação, (26), 47-66. Recuperado em 24 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752008000100004&lng=pt&tlng=pt.

Silva, R. M. da, Costa, A. L. S., Mussi, F. C., Lopes, V. C., Batista, K. de M., & Santos, O. P. dos. (2019). Health alterations in nursing students after a year from admission to the undergraduate course. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 53, e03450. Epub July 15, 2019. Recuperado em 26 de outubro de 2020 de https://doi.org/10.1590/s1980-220x2018008103450

Silverman, J G; Raj, A; Mucci, L A; Hathaway, J E. (2001). Dating violence against adolescent girls and associated substance use, unhealthy weight control, sexual risk behavior, pregnancy, and suicidality. JAMA; 286(5): 572-9.

Stelko-Pereira, A. C., Williams, L. C. de A., & Freitas, L. C. (2010). Validade e consistência interna do Questionário de Investigação de Prevalência de Violência Escolar: versão estudantes. Avaliação Psicológica, 9(3), 403-411. Recuperado em 27 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712010000300007&lng=pt&tlng=pt.

Stephan, F., Almeida, A. A. de, Salgado, F. S., Senra, L. X., & Lourenço, Lélio Moura. (2013). Bullying e aspectos psicossociais: estudo bibliométrico. Temas em Psicologia, 21(1), 245-258. Recuperado em 28 de janeiro de 2018, de https://dx.doi.org/10.9788/TP2013.1-17.

Trienta, F. T., Farias Filho, J. R., Sant'Anna, A. P & Rabelo, L. M. (2012). Metodologia de pesquisa bibliográfica com a utilização de método multicritério de apoio à decisão.

Vagostello, L., Oliveira, A. de S., Silva, A. M. da, Donofrio, V. & Moreno, T. C. M. (2006). Práticas de escolas públicas e privadas diante da violência doméstica em São Paulo. Psic: revista da Vetor Editora, 7(1), 87-94. Recuperado em 27 de janeiro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-73142006000100011&lng=pt&tlng=pt.

Yamada, L. T. (2009). O horror e o grotesco na psicologia – A avaliação da psicopatia através da escala Hare PCL-R (Psychopathy Cheklist Revised) (Dissertação de Mestrado). Departamento de Psicologia, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Downloads

Publicado

31/10/2020

Como Citar

SANTANA, A. C. .; PIRES, G. C. .; LEITE, U. do R. . Construção da escala de violência psicológica contra estudantes universitários. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e049119216, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9216. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9216. Acesso em: 11 ago. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde