Avaliação do processo de ensino e aprendizagem na educação profissional técnica de nível médio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9226

Palavras-chave:

Avaliação; Educação profissional; Juventude; Diversidade.

Resumo

O objetivo desta pesquisa é analisar a avaliação na Educação Profissional Técnica de Nível Médio considerando a diversidade identitária do perfil dos estudantes. A presente pesquisa bibliográfica e documental utiliza a metodologia de abordagem qualitativa. Para tanto, foi realizada busca detalhada da produção científica na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e no Portal de Periódicos da CAPES, priorizando publicações sobre a avaliação na educação profissional. Também contemplou a análise documental dos projetos pedagógicos dos cursos da Educação Profissional Técnica de Nível Médio. A partir da organização das informações e conhecimentos dos materiais analisados identificamos três categorias de análise: as funções da avaliação; os instrumentos avaliativos; os critérios avaliativos. Entre os referenciais teóricos com os quais dialogamos destacam-se: André & Passos, Sposito, Souza & Silva, Vianna, Dayrell, Carrano & Maia, Dayrell, Depresbiteris, Hadji, entre outros. Os resultados apontam que a avaliação da aprendizagem deve possibilitar que o professor tenha o máximo de informações sobre o desenvolvimento dos alunos, constituindo-se uma estratégia norteadora do processo, por meio das diversas funções que ela assume no contexto escolar. Além de consistir em instrumentos e critérios diversos, contribui para atender o perfil dos estudantes da educação profissional, constitutivo de múltiplos fatores decorrentes das condições de vida e das diferentes experiências que vivenciam em seus contextos sociais e escolares.

Biografia do Autor

Tânia Regina Raitz, Universidade do Vale do Itajaí

Possui graduação em Ciencias Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (1986), mestrado em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (1994) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003). É técnico de atividades especiais - Sistema Nacional de Emprego - SINE/SC e professora nos cursos de graduação e do Mestrado em Educação da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI. É líder do grupo de pesquisa Educação e Trabalho no Mestrado em Educação da Univali. Desenvolveu estudos pós-doutorais na Universidade de Barcelona, na cidade de Barcelona-Espanha. Tem experiência na área de Sociologia e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação e trabalho; identidade e trabalho; trajetórias profissionais e sentidos do trabalho e da educação; juventude, educação e trabalho; jovens e educação profissional; jovens e escolha profissional; orientação profissional ou vocacional; identidade e memória; identidades profissionais e trabalho; experiências com o desemprego juvenil; práticas educativas e trabalho docente; Trabalho e saúde do trabalhador docente; formação profissional e organizações educativas; transições acadêmicas e laboriais.

Verônica Gesser, Universidade do Vale do Itajaí

Pos-Doutorado em Educação: Currícullo e Ensino - pela Barry University, FLORIDA, USA (Fianciamento:CAPES).. Doutora em Educação - Currículo e ensino - pela Florida International University, USA. Mestrado em Educação (Currículo) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Líder do Grupo de pesquisa de Políticas e Práticas de Currículo e Gestão cadastrado no CNPQ. Diretora da Escola de Educação (Centro de Educação) da UNIVALI . Professora e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Educação (Mestrado e Doutorado) da Universidade do Vale do Itajaí. Ampla experiência na área de Educação Básica e Superior, com ênfase em: Politicas Publicas, Teoria Geral de Planejamento e Desenvolvimento Curricular. Suas pesquisas estão focadas nos temas: Políticas Públicas, Currículo, e Avaliação Educacional. Faz parte do Banco de Avaliadores do INEP, atuando ativamente nos Atos e Processos Regulatórios de Avaliação do Ensino Superior da Educação Brasileira, tanto na modalidades presenciais quanto na Educação à Distância

Referências

Andre, M. E. D. A., & Passos, L. F. (2018). Avaliação escolar: desafios e perspectivas. Ensinar a Ensinar: didática para a escola fundamental e média. In de Castro, A. D., & de Carvalho, A. M. P. (Orgs). Ensinar a ensinar: didática para a escola fundamental e média. São Paulo: Cengage Learning Editores.

Araújo, A. J. N., Chein, F., & Pinto, C. C. D. X. (2018). Ensino profissionalizante, desempenho escolar e inserção produtiva: Uma análise com dados do ENEM. Pesquisa e Planejamento Econômico, 48 (1) 131-160.

Barber-Madden, R., & Saber, B. A. (2010). A situação dos jovens no mundo. In Barber-Madden, R., & Santos, T. D. F. (Orgs). A Juventude brasileira no contexto atual e no cenário futuro. Brasília: UNFPA.

Brasil (2020a). Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Relatório do 3º ciclo de monitoramento das metas do Plano Nacional de Educação – 2020 [recurso eletrônico]. – Brasília : Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Brasil (2020b). Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Censo da Educação Básica 2019: Resumo Técnico. Brasília.

Brasil (2015). Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Plano Nacional de Educação PNE 2014-2024: Linha de Base. Brasília.

Braga, P. C. P. (2016). Desenvolvimento de Objeto Educacional Para Testar a Alfabetização Digital de Estudantes de um Curso Técnico em Informática Subsequente EaD. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil.

Campolin, L. D. C. (2019). A avaliação da aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica. Dissertação de mestrado, Instituto Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

Carrano, P. C. R. (2010).O ensino médio na transição da juventude para a vida adulta. In Ferreira, C. A. et al.(Orgs). Juventude e iniciação científica: políticas públicas para o ensino médio. Rio de Janeiro: EPSJV, UFPR.

Confederação Nacional da Industria (2016). Pesquisa: “Os Jovens, a educação e o ensino técnico”.34 slides: Disponível: https://bucket-gw-cni-static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/37/52/37523e35-1cfa-401b-b451-5237cbe683dd/pesquisa_jovens_educacao_profissional.pdf. Acesso: 19 jun. 2020.

Dayrell, J., Carrano, P., & Maia, C. L. (2014). Juventude e ensino médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: UFMG.

Dayrell, J. (2009). Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG.

Dayrell, J. (2007). A escola" faz" as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Educ. Soc, 28, (100) 1105-1128.

Dayrell, J.(2006). Juventude, produção cultural e Educação de Jovens e Adultos. In: Soares, L.; Giovanetti, M. A.; Gomes, N. L. (Orgs). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica.

Dayrell, J.(2003). O jovem como sujeito social. Revista brasileira de educação, (24), 40-52.

Depresbiteris, L. (2011). Avaliação da aprendizagem: casos comentados. Pinhais: Editora Melo.

Depresbiteris, L. (2001). Avaliando competências na escola de alguns ou na escola de todos?.Boletim Técnico do SENAC. 27 (3), 36-47.

Fernandes, D. (2007) .A avaliação das aprendizagens no Sistema Educativo Português. Educação e Pesquisa, 33 (3), 581-600.

Fernandes, D. (2005). Avaliação alternativa: perspectivas teóricas e práticas de apoio. In Livro do 3.ºCongresso Internacional Sobre Avaliação na Educação. Futuro Eventos, 2005.

Gomes, M. K. V. (2013). A noção de competência no contexto dos currículos da EPT: uma visão da comunidade escolar dos cursos técnicos subsequentes do IFTO (Campus Palmas). Dissertação mestrado Educação, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.

Gonçalves, M. O.da S., Friedmann, C. V. P., & Puggian, C. (2013). Uma Experiência de Avaliação e de Aprendizagem em matemática com estudantes da educação de jovens e adultos no ensino médio regular noturno. Revista Meta: Avaliação, 5 (14),158-170.

Groppo, L. A. (2004). Dialética das juventudes modernas e contemporâneas. Revista de Educação do COGEIME, 3 (25), 9-22.

Hadji, C. ( 2001). Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, Ed.

Hadji, C. (1994). A avaliação, regras do jogo: das instituições aos instrumentos. Portugal: Porto Editora.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: educação: 2018. Rio de Janeiro.

Instituto Federal de Santa Catarina. Projetos Pedagógicos de Cursos da Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Recuperado de https://sig.ifsc.edu.br/sigrh/public/colegiados/filtro_busca.jsf.

Leão, G., Dayrell, J. T., & Reis, J. B. Dos. (2011). Juventude, projetos de vida e ensino médio. Educação & Sociedade, 32 (117), 1067-1084.

Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013 (2013). Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude-SINAJUVE. Diário Oficial da União.

Luckesi, C. C. C. (2011). Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez.

Ludke, M.; André, M. (2013). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. Rio de Janeiro: E.P.U.

Krasilchik, M. (2018) As relações pessoais na escola e a Krasilchik, M. As relações pessoais na escola e a avaliação. In de Castro, A. D., & de Carvalho, A. M. P. (Orgs). Ensinar a ensinar: didática para a escola fundamental e média. São Paulo: Cengage Learning Editores.

Mendonça, A. G. (2014). Avaliação da aprendizagem no ensino técnico de nível médio: desafios e perspectivas. 2014. 141 f. 2014. Dissertação mestrado, Universidade Estadual de Londrina, Pr, Paraná, Brasil.

Moreira, L. M., & Lopes, T. I. B. (2019). Aprendizagem baseada em problemas (ABP): proposta de modelo pedagógico e avaliação da efetividade na educação profissional. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica. 1 (16), 1-10.

Moura, D. H. (2010). A relação entre a educação profissional e a educação básica na CONAE 2010: possibilidades e limites para a construção do novo plano nacional de educação. Educ. Soc., Campinas, 31 (112), 875-894.

Panorama da Educação: destaques do Education at a Glance (EAG) 2020 (2020) [recurso eletrônico]. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Paixão, R. B., Rabelo, A. A. L., & Bruni, A. L. (2019). Avaliação do Docente pelo Discente no Âmbito do Ensino Técnico Integrado: evidências de validade da Escala SIR-II. Revista Meta: Avaliação, 11 (31),154-176.

Plataforma Nilo Peçanha. ( 2019). Rede Federal de Educação profissional Científica e Tecnológica. SETEC/MEC. Recuperado de http://plataformanilopecanha.mec.gov.br.

Perrenoud, P. (1999). Avaliação: da excelência à regularização das aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre, Artmed.

Raitz, T. R. (2003). Jovens, trabalho e educação: rede de significados dos processos identitários na Ilha de Santa Catarina. Tese doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

Santos, E. M. da L. (2013). A autoformação docente no ensino técnico-profissional na interface com a prática pedagógica: significados e potencialidades. Dissertação mestrado, Universidade do Vale dos Sinos, São Leopoldo, RS, Brasil.

Santos, R. de O. (2016). Análise do perfil dos docentes e das práticas pedagógicas nos cursos técnicos em radiologia. Dissertação mestrado, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Schwartzmann, S. (2016) .Educação Média profissional no Brasil: situações e caminhos. São Paulo: Fundação Santillana.

Sposito, M. P., Souza, R., & Silva, F. A. (2018). A pesquisa sobre jovens no Brasil: traçando novos desafios a partir de dados quantitativos. Educação e Pesquisa, 44, 1-24.

de Souza Serra, I. M. R., & Araujo, E. F. M. (2018). A Prática Profissional do Curso Técnico em Alimentos da UEMA: Potencializando o Ambiente Virtual de Aprendizagem Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, 1 (14), 7016.

Suzuki, N. Y.I. (2016). Qual o efeito da reforma da educação profissional sobre a formação dos jovens no curso técnico em Eletrotécnica?: estudo de caso no IFMT–Campus Cuiabá. Dissertação mestrado Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil.

Terribili Filho, A., & Chirinea, A. M. (2015). A Imprecisão Avaliativa na Correção de Provas Escritas Decorrente da Falta de Critérios Pre-Definidos. Revista Meta: Avaliação, 7 (20), 265-293.

Veiga, I. P. A. (2004). Educacã̧o básica: projeto político-pedagógico; Educação superior: projeto político pedagógico. Papirus Editora.

Vianna, H. M. (2014). Contribuições de Heraldo Vianna para a avaliação educacional. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, 25 (60), 14-35.

Vianna, H. M. (2009). Fundamentos de um programa de avaliação educacional. Revista Meta: Avaliação,1 (1), 11-27.

Wachowicz, L. A. (2000). A dialética da avaliação da aprendizagem na pedagogia diferenciada. In Castanho, S., & Castanho, S. (Orgs). O que há de novo na educação superior: do projeto pedagógico à prática transformadora. Campinas: Papirus.

Downloads

Publicado

18/10/2020

Como Citar

RAYMUNDO, G. M. C. .; RAITZ, T. R.; GESSER, V. . Avaliação do processo de ensino e aprendizagem na educação profissional técnica de nível médio . Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e7749109226, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.9226. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9226. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais