Aspectos históricos e desafios atuais das políticas de Educação Física: um levantamento dos programas e ações brasileiras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9265

Palavras-chave:

Política pública; Colaboração intersetorial; Saúde; Esporte; Educação; Ensino.

Resumo

As políticas de Educação Física (EF) no Brasil têm sido pouco exploradas e discutidas. Saúde, educação e esporte são áreas do conhecimento sustentadas pela EF. No entanto, não foi abordado em conjunto, como é a proposta da área EF. O objetivo foi apresentar um panorama dos principais aspectos históricos das políticas de EF, sistematizando seus aspectos técnicos e operacionais e desvelando os desafios do Brasil. A pesquisa fez uma extração de dados, que se caracterizou como uma análise de política no processo de informação organizacional e operacional. Além disso, uma revisão bibliográfica foi aplicada para subsidiar a discussão. Os próprios programas públicos no Brasil estão estabelecidos de 1995 a 2017, e a maioria deles prioriza um estrato específico da população para desenvolver ações e, geralmente, abrange o território nacional. As ações em sua maioria são estabelecidas em períodos determinados, e não se caracterizam com uma construção temporal. Por fim, o Brasil tem grande atuação na avaliação e monitoramento das políticas em torno da EF. Para futura aplicação uma alternativa é a unificação de setores políticos para favorecer ambientes e práticas que atendam às demandas atuais da sociedade, promovendo uma formação profissional continuada e multidisciplinar e articulando ações para além do setor público.

Referências

Antikainen, I., & Ellis, R. (2011). A RE-AIM evaluation of theory based physical activity interventions. Journal of Sports and Exercise Psychology. 33(2), 198–214.

Belza, B. A. S. I. A., Toobert, D. J., & Glasgow, R. E. (2007). RE-AIM for program planning: Overview and applications. Washington, DC: National Council on Aging, 165.

Beni, S., Fletcher, T., & Ní Chróinín, D. (2017). Meaningful experiences in physical education and youth sport: A review of the literature. Quest, 69(3), 291-312.

Bracht, W. (1995). Mas, afinal, o que estamos perguntando com a pergunta "o que é Educação Física". Movimento, 2(2).

Brasil. (1988). Constituição [da] República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal.

Brasil. (2004). Lei nº 10.891, de 9 de julho de 2004. Institui o Bolsa-Atleta, Brasília.

Brasil. (2010). Manual de Orientação: Elaboração de Portarias no Ministério da Saúde. Ministério da Saúde. Retrieved from http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ma nual_de_orientacao_elaboracao_portarias.pdf

Brasil. (2019). Ministério da Educação. UNESCO. Retrieved from http://portal.mec.gov.br/en cceja-2/480-gabinete-do-ministro-1578890832/assessoria-internacional-1377578466/20747-unesco

Brasil. (2013). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária em Saúde. Departamento de Análise de Situação em Saúde. Avaliação de efetividade de programas de educação física no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 182 p.

Brasil. (1998). Physical Education Professional regulation. Lei n. 9696. UNIÃO, D. O. D.

Brasil. (2013). Portaria, nº 67, de 4 de abril de 2013. Estabelece procedimentos para seleção de atletas no âmbito do Programa Atleta Pódio, assim como estabelece modelo e critérios gerais para a elaboração do Plano Esportivo, ambos instituídos pela Lei nº 12.395, de 2011.Brasília.

Brito, F. A., Benedetti, T. R. B., Tomicki, C., Konrad, L. M., Sandreschi, P. F., Manta, S. W., & Almeida, F. (2018). Tradução e adaptação do Check List RE-AIM para a realidade Brasileira. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 23, 1-8.

DaCosta, L. P., Terra, R., Pinto, L. M. M., & Rodrigues, R. P. (2008). Legados de megaeventos esportivos. Brasília: Ministério do Esporte.

Delgado, S. C., Marín, B. M., & Sanchez, J. R. (2011). Métodos de investigación y análisis de datos em ciencisa sociales y de la salud. Madri: Pirámeide.

Fontenele, R. M., Sousa, A. I., Rasche, A. S., Souza, M. H. D. N., & Medeiros, D. C. D. (2017). Construção e validação participativa do modelo lógico do Programa Saúde na Escola. Saúde em Debate, 41, 167-179.

Fox, S. M. & Haskell, W. L. (1968). Physical activity and the prevention of coronary heart disease. Bulletin of the New York Academy of Medicine, 44(8), 950-965.

Glasgow, R. E., Vogt, T. M., & Boles, S. M. (1999). Evaluating the public health impact of health promotion interventions: the REAIM framework. American Journal of Public Health, 89(9), 1322–1327.

Grando, D., & Madrid, S. C. O. (2017). Programa Segundo Tempo, Programa Mais Educação e o incentivo ao esporte: um legado para as políticas públicas de esporte e lazer. Caderno de Educação Física e Esporte, 15(2), 37-48.

Haddad, W., & Demshy, T. (1995). Education policy-planning process: an applied framework. Paris, UNESCO.

Hills, A. P., Dengel, D. R., & Lubans, D. R. (2015). Supporting Public Health Priorities: Recommendations for Physical Education and Physical Activity Promotion in Schools. Progress in Cardiovascular Diseases, 57(4), 368–374.

Houlihan, B. (2005). Public sector sport policy. International Review for the Sociology of Sport. 40(2), 163-185.

Jenkin, C. R., Eime, R. M., Westerbeek, H., & van Uffelen, J. G. Z. (2018). Sport for Adults Aged 50+ Years: Participation Benefits and Barriers. Journal of Aging and Physical Activity, 26(3), 363–371.

Jewett, R., Sabiston, C. M., Brunet, J., O'Loughlin, E. K., Scarapicchia, T., & O'Loughlin, J. (2014). School sport participation during adolescence and mental health in early adulthood. Journal of adolescent health, 55(5), 640-644.

Klijn, E. H., & Koppenjan, J. F. (2000). Public management and policy networks: foundations of a network approach to governance. Public Management an International Journal of Research and Theory, 2(2), 135-158.

Koh, K. T., Ong, S. W., & Camiré, M. (2016). Implementation of a values training program in physical education and sport: perspectives from teachers, coaches, students, and athletes. Physical Education and Sport Pedagogy, 21(3), 295-312.

Lovisolo, H. (1995). Mas, afinal, o que é Educação Física? a favor da mediação e contra os radicalismos. Movimento, 2(2).

Mazzei, L. C., Barros Meira, T. D., Bastos, F. D. C., Silveria Böhme, M. T., & Bosscher, V. D. (2015). High performance sport in Brazil: structure and policies comparison with the international context. Gestión y Política Pública, volumen temático 2015, pp 83-111.

Mazzei, L. C., & Rocco Júnior, A. J. (2017). Um ensaio sobre a Gestão do Esporte: Um momento para a sua afirmação no Brasil. Revista de Gestão e Negócios do Esporte, 2(1), 96-109.

Oja, P., Titze, S., Kokko, S., Kujala, U. M., Heinonen, A., Kelly, P., ... & Foster, C. (2015). Health benefits of different sport disciplines for adults: systematic review of observational and intervention studies with meta-analysis. British Journal of Sports Medicine, 49(7), 434-440.

Reis, R. E., Moraes, M., Figuerôa, K. M., de Almeida, B. S., & Mezzadri, F. M. (2015). Dez Anos Do Programa Federal “Bolsa Atleta”: uma descrição das modalidades paralímpicas (2005-2014). Pensar En Movimiento: Revista de Ciencias del Ejercicio y la Salud, 13(2), 1-18.

Rutter, H., Savona, N., Glonti, K., Bibby, J., Cummins, S., Finegood, D. T., & Petticrew, M. (2017). The need for a complex systems model of evidence for public health. The Lancet, 390(10112), 2602-2604.

Santos, A. L. P. D. (2018). The Educational Program of the Olympic Games-Rio 2016. The International Journal of Sport and Society, 9(2), 19-35.

Secchi, L. (2014). Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. (2nd ed.), São Paulo: Cengage Learning.

Sousa, E. S. D., Noronha, V., Ribeiro, C. A., Teixeira, D. M. D., Fernandes, D. M., & Venâncio, M. A. D. (2010). Sistema de monitoramento & avaliação dos programas Esporte e Lazer da Cidade e Segundo Tempo do Ministério do Esporte.

Tubino, M. J. G (2002). 500 Anos de Legislação esportiva Brasileira: do Brasil Colônia ao Início do Século XXI. Rio de Janeiro: Shape.

Downloads

Publicado

27/10/2020

Como Citar

CHRISTOFOLETTI, M.; QUINAUD , R. T.; BORSZCZ , F. K. .; LUCAS , R. D. de .; BENEDETTI , T. R. B. .; STAREPRAVO , F. A. .; NASCIMENTO, J. V. do . Aspectos históricos e desafios atuais das políticas de Educação Física: um levantamento dos programas e ações brasileiras. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e9409109265, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.9265. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9265. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde