Respostas inflamatórias, enzimas do metabolismo energético, status oxidativo na infecção por Clostridium perfringens em frangos de corte
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9320Palavras-chave:
Antioxidante; ATP; Aves; Clostridiose; Patogênese.Resumo
O objetivo deste estudo foi determinar se a infecção por Clostridium perfringens interfere negativamente no status oxidante / antioxidante e na atividade das enzimas do metabolismo energético (creatina quinase (CK), adenilato quinase (AK) e piruvato quinase (PK)), bem como no desempenho zootécnico de frangos de corte. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três tratamentos, com cinco repetições por tratamento e 10 aves por repetições: T1: grupo não infectado; T2: grupo infectado com C. perfringens; T3: grupo infectado com C. perfringens e dieta basal com promotores de crescimento (antibiótico e coccidiostático). Aos 21 dias de idade, as aves foram infectadas experimentalmente por via oral com 4,0 x 108 UFC/mL de C. perfringens. Em momentos estratégicos do período experimental, foram coletados dados zootécnicos e amostras de sangue. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos em termos de ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar. Aos 20 dias, as contagens de heterófilos foram significativamente menores nas aves do grupo T3 do que nas outras. Foi observada uma redução significativa no número de leucócitos totais, devido ao menor número de linfócitos nos grupos T2 e T3 no dia 34. As contagens de neutrófilos e monócitos foram significativamente menores no grupo T3 do que no grupo T1 no dia 34. No dia 42, houve níveis significativamente menores de proteína total e globulina nas aves do T3 em relação ao T1. No dia 27, a atividade da PK foi significativamente maior nos grupos T2 e T3; comportamento semelhante observado no dia 34 quando as atividades de CK e PK em T2 e T3 foram significativamente maiores em relação ao T1. A atividade de AK foi significativamente maior no soro das aves do T3 em comparação aos outros grupos aos 34 dias. Aos 41 dias, as atividades de CK e PK foram significativamente maiores apenas nas aves do grupo T3 em comparação com os outros grupos. Os níveis de espécies reativas ao oxigênio e lipoperoxidação, bem como a atividade da glutationa S-transferase, foram significativamente menores nas aves do grupo T3 em relação com os outros grupos aos 20 dias de idade. Após um desafio com C. perfringens, houve flutuações no comportamento dos biomarcadores de estresse oxidativo; em particular, aos 41 dias de idade, as aves do T2 apresentaram níveis elevados de lipoperoxidação, diferente do que foi observado em aves do T3 que consumiram ração com promotores de crescimento. Estes resultados preliminares sugerem que a clostridiose afeta a atividade sérica de enzimas da rede de fosfotransferência, o que exige alterações enzimáticas compensatórias na tentativa de manter a homeostase energética. Além disso, a infecção reduz o número de células inflamatórias e causa desequilíbrio no status oxidante/antioxidante que pode contribuir para a fisiopatologia da doença.
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